FC Porto B 1-1 CD Nacional: «Correia Airlines» decidiu perto do fim

    A CRÓNICA: COMPETÊNCIA PORTISTA NÃO CHEGOU PARA UM FINAL FORTE DO CD NACIONAL

    O CD Nacional viajou ao reduto do FC Porto B e deixou o melhor para o fim, com uma cabeçada de Rui Correia ao minuto 90+1. Um voo que foi decisivo e deu o empate ao CD Nacional nos descontos (1-1).

    Com três alterações cirúrgicas (e fundamentais) em comparação com o jogo do Casa Pia (2-0), a equipa B azul e branca fez o melhor jogo da época, não obstante não tenha sido suficiente para sair do Olival com os três pontos.

    O jogo principiou algo tremido para os azuis e brancos, porém, bastante eficaz. O FC Porto B começou desorientado e «encostados às cordas» mas, assim que teve oportunidade de se organizar ofensivamente e de ter mais tempo com bola conseguiu faturar.

    Foi essencialmente através dos corredores e da associação extremo-lateral, que a equipa da casa conseguiu afrontar a equipa orientada por Costinha, sendo que o momento elucidativo disto mesmo surgiu ao minuto 12.

    Numa jogada muito bem trabalhada entre o trio ofensivo portista, Borges rasgou a defensiva madeirense com um passe para Silvestre Varela, que cruzou de forma perfeita para os pés de Boto que se estreou a marcar esta temporada. 1-0 para os dragões.

    Aberto o marcador, a toada transfigurou-se um pouco, com os azuis e brancos a pegarem na partida. Ora, todavia o golo sofrido, a equipa madeirense não conseguiu dar uma resposta afirmativa, ao passo que as melhores oportunidades do primeiro tempo pertenceram ao FC Porto B, ainda que nenhuma delas tenha sido flagrante.

    Tomás Esteves num remate fora de área, Gonçalo Borges da mesma forma e Boto num cabeceamento representaram as melhores ocasiões de golo para a turma da casa. Apesar disto, o jogo não sofreu quaisquer alterações e foi para o intervalo com o FC Porto B em vantagem (1-0).

    O início do segundo tempo começou com o CD Nacional por cima do encontro, não obstante muito pouco objetivo e prático, ou seja, muita bola e pouco perigo. E agradecia o FC Porto B e António Folha, que via os seus jogadores confortáveis e comprometidos no momento sem bola.

    Das poucas vezes que o CD Nacional gritou ‘presente’ foi ao minuto 57′ num bom remate de João Camacho fora da área, que no entanto teve Ricardo Silva pela frente e seguro entre os postes.

    Até final, e quando tudo parecia terminar com a vitória portista por 1-0, eis que aparece Rui Correia numa cabeçada absolutamente decisiva, que leva a equipa madeirense para casa com um ponto.

    Com este resultado, os portistas somam o segundo empate e têm dois pontos na Segunda Liga, enquanto o CD Nacional soma o primeiro empate, e tem 4 pontos.

     

     

    A FIGURA

    António Folha – Final inglório para o técnico portista. Fez três alterações fundamentais em comparação com o último jogo e, principalmente, mudou o modus operandis da equipa portista. Verificou-se um FC Porto B mais coeso, objetivo, e organizado nos dois lados do campo, tendo tido claramente «dedo» de António Folha.

    Uma nota de destaque também para Rui Correira que foi decisivo com o último golo da partida já perto do fim.

     

    O FORA DE JOGO

    Desconcentração final do FC Porto B – Perto do fim foi quando tudo descambou para o lado portista. O jogo foi quase perfeito para o FC Porto B, não fosse a desconcentração no momento da última bola parada do CD Nacional, que culminou no empate, e na divisão de pontos.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO B

    A equipa comandada por António Folha alinhou no seu 4-3-3 base, fazendo no entanto três alterações aquando comparado com o jogo anterior diante o Casa Pia. O técnico portista fez entrar Koné, Silvestre Varela e Sebastian Boto, fazendo sair Rodrigo Valente, Peglow e Namaso respetivamente.

    Bem organizados ofensivamente, a equipa azul e branca demonstrou-se associativa e criteriosa na primeira fase de construção, construindo jogadas de perigo com relativa facilidade. Por fora, através do movimento dos extremos e da qualidade no cruzamento, o FC Porto B ia conseguindo ferir de forma efetiva a linha defensiva forasteira.

    Defensivamente, os azuis e brancos foram extremamente cautelosos. Os dragões procuraram baixar as linhas, pressionar de forma estratégica e manter-se organizados defensivamente, de modo a evitar oferecer espaços para os criativos do CD Nacional.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ricardo Silva (6)

    Tomás Esteves (6)

    João Marcelo (6)

    Zé Pedro (6)

    João Mendes (5)

    Mor N’Diaye (6)

    Samba Koné (6)

    Bernardo Folha (6)

    Gonçalo Borges (6)

    Sebastian Soto (7)

    Silvestre Varela (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Rodrigo Valente (6)

    João Peglow (5)

    Namaso (5)

    Vasco Sousa (6)

    Romain Correia (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CD NACIONAL

    A equipa orientada por Costinha atuou também em 4-3-3, mantendo exatamente a mesma equipa que derrotou o Vilafranquense por 4-0. A turma forasteira começou forte, e muito asfixiante com as linhas bem subidas, contudo, e com o passar do tempo, os madeirenses foram recuando e organizando-se com maior rigor depois do golo sofrido.

    O 4-3-3, ao intervalo, manteve-se, não obstante com uma alteração importante no posicionamento dos jogadores do meio campo. Isto é, passou de 1-2 no meio campo para um 2-1, com dois médios mais recuados, possibilitando mais soluções e apoio para criar a partir de trás.

     

    11 INICIAL E  PONTUAÇÕES

    Vágner (6)

    Rúben Freitas (6)

    Rafael Vieira (6)

    Rui Correia (8)

    José Gomes (6)

    Danilovic (4)

    Vítor Gonçalves (6)

    Jota (6)

    Marco Matias (5)

    Bruno Gomes (6)

    João Camacho (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Mabrouk Rouai (6)

    Witi Quembo (6)

    André Sousa (5)

    Filipe Chaby (6)

    Dudu (6)

    Foto de capa: FC Porto

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.