Gira o disco e toca o mesmo | FC Porto

    Chegado o fim de época, inicia-se badalado período de transferências. Um período no qual os clubes definem as peças que vão servir para a construção do puzzle que será o plantel do FC Porto que atacará a temporada de 2023/2024.

    É tempo de jornais e televisões lançarem tiros certeiros e outros nem tanto, na tentativa de apresentar aos adeptos, de antemão, os desejados reforços dos seus clubes. Vários nomes são lançados para a ribalta, mas poucos seguem o rumo preconizado. É um período envolto em rumores que nem sempre se confirmam, mas há algo que, nesta altura do ano, nunca muda.

    Chegados a Junho, o FC Porto entra numa corrida contra o tempo para encaixar os milhões de que necessita para camuflar o seu exercício financeiro (e acaba por fazer negócios bem abaixo do valor de mercado dos jogadores que transaciona) e os adeptos, o treinador e os potenciais futuros reforços têm que esperar pelo mês Julho para que se comece a verificar alguma atividade no que a entradas diz respeito. Seria de esperar que, após anos de sucesso, o clube fosse capaz de mostrar outra pujança financeira, mas a situação mantém-se periclitante e Sérgio Conceição vai ter que esperar mais umas semanas.

    Enquanto os responsáveis portistas deambulam pelos gabinetes e tentam, com a ajuda de Jorge Mendes, obter a melhor proposta possível por Diogo Costa, importa olhar para o plantel dos dragões e perceber quais as suas principais carências e posições a reforçar.

    Diogo Costa FC Porto
    Fonte: Diogo Cardoso

    Na baliza vai abrir-se a vaga da titularidade e será relevante perceber se Sérgio Conceição confia em Cláudio Ramos ou Samuel Portugal para ocupar o posto ou se obrigará a SAD a ir ao mercado procurar uma solução.

    Nas laterais defensivas, a posição que tem contado com menor qualidade nos últimos anos, fará, provavelmente, sentido reforçar ambas as posições. A prioridade, segundo relatos da imprensa desportiva, parece estar à direita, mas a qualidade apresentada por Wendell e Zaidu, obriga a olhar também à esquerda.

    No centro da defesa, ainda residem muitas dúvidas. Pepe avança para mais uma época, Fábio Cardoso continua a ser uma alternativa segura e espera-se muito de David Carmo depois de uma época de adaptação. Falta saber o que acontecerá com Marcano e se João Marcelo chegará para convencer a equipa técnica a não recorrer ao mercado caso o espanhol abandone o clube.

    No meio-campo, com a saída de Uribe, reside, para além das debilidades laterais, a maior carência do plantel. Grujic e Eustáquio vão permanecer, mas será preciso somar-lhes algo mais para manter a equipa competitiva. Em Portugal só Al Musrati, do SC Braga, poderia ser solução, mas dificilmente o SC Braga facilitará uma transferência do líbio para o dragão.

    FC Porto x Sporting CP
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Daí para a frente, o plantel contempla mais soluções e apesar de vários rumores que ligam jogadores de posições mais avançadas ao FC Porto, acredito que as movimentações de mercado resultarão muito mais de saídas que venham a ocorrer durante o período de mercado.

    Quanto a rumores, a limitada capacidade financeira do clube vai apontando muito mais para dentro e para o mercado interno do que para fora. Nomes como Guga (médio do Rio Ave), Ivan Jaime (extremo do Famalicão) ou Fran Navarro (avançado do Gil Vicente que já estará fechado) têm vindo a ser insistentemente apontados aos azuis e brancos.

    São nomes interessantes, com potencial para dar um passo em frente na carreira e que poderiam encaixar no plantel às ordens de Sérgio Conceição.

    No entanto, para já, gira o disco e toca o mesmo. A porta de entrada no FC Porto está barrada a qualquer jogador até que termine o atual exercício financeiro e enquanto não se verificar um encaixe significativo, os adeptos e o treinador vão ter que esperar.

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    Bernardo Lobo Xavier
    Bernardo Lobo Xavierhttp://www.bolanarede.pt
    Fervoroso adepto do futebol que é, desde o berço, a sua grande paixão. Seja no ecrã de um computador a jogar Football Manager, num sintético a jogar com amigos ou, outrora, como praticante federado ou nos fins-de-semana passados no sofá a ver a Sporttv, anda sempre de braço dado com o desporto rei. Adepto e sócio do FC Porto e presença assídua no Estádio do Dragão. Lá fora sofre, desde tenra idade, pelo FC Barcelona. Guarda, ainda, um carinho muito especial pela Académica de Coimbra, clube do seu pai e da sua terra natal. De entre outros gostos destacam-se o fantástico campeonato norte-americano de basquetebol (NBA) e o circuito mundial de ténis, desporto do qual chegou, também, a ser praticante.