FC Porto dispara pólvora seca na prova milionária

    O ataque do FC Porto tem ficado, em muitos jogos, aquém das expectativas. Este fenómeno tem ocorrido principalmente em jogos a contar para a Liga do Campeões, estando o último jogo frente ao Liverpool muito fresco na memória.

    Apesar da armada portista criar muitas e boas oportunidades de golo, tem pecado muito na decisão, no último passe e no mais essencial, a bola ultrapassar a linha de baliza. O último jogo em Anfield foi um dos bons exemplos, com pelo menos três ocasiões, praticamente de baliza aberta, e não conseguiram concretizar.

    Otávio FC Porto
    Otávio foi o jogador que mais esteve em destaque neste aspeto, depois de ter desperdiçado a melhor oportunidade do encontro a passe de Luis Díaz.
    Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

    Mas este filme já se tinha repetido por duas vezes frente ao AC Milan e uma frente ao Atlético de Madrid, onde é visível a superioridade ofensiva da turma de Sérgio Conceição, mas talvez o nervosismo de jogar na melhor competição do mundo do futebol, impeça que os jogadores consigam marcar golos que teoricamente pareciam fáceis.

    FC Porto marcou apenas três golos em cinco jogos

    O pior desta falta de eficácia é que tem custado pontos que podem pôr em causa a passagem à próxima fase da competição. Somente por uma vez, em casa, frente ao AC Milan, o FC Porto conseguiu os três pontos mesmo depois de muito desperdício.

    Não é de certeza por falta de qualidade que os golos não têm aparecido, pois se formos comparar com as estatísticas do campeonato a média de golos por jogo tem sido dez vezes superior, isto porque os portistas apenas faturaram por três vezes em cinco jogos na prova milionária.

    FC Porto Liverpool FC Taremi
    Taremi tem sido um dos jogadores com dificuldades na frente de ataque do FC Porto: tem 7 golos na Primeira Liga (um golo a cada 134 minutos), mas apenas 1 na Liga dos Campeões (em 413 minutos jogados).
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    A verdade é que este ano os azuis e brancos caíram no “grupo da morte” e já se avizinhava uma missão extremamente complicada de ultrapassar.

    Uma das razões que pode explicar a falta de eficiência é o facto de termos pela frente equipas muito bem preparadas taticamente e com muita experiência europeia e se alinharmos isto com o nervosismo habitual de competir nesta prova, faz com que o medo de falhar seja muitas vezes superior à vontade de ser bem-sucedido.

    O FC Porto irá defrontar o Club Atlético de Madrid no último jogo da fase de grupos, o jogo de todas as decisões, que terá como palco o Estádio de Dragão. É mais que obrigatório vencermos este desafio de forma a carimbar bilhete para os oitavos de final.

    Contudo, para alcançar o objetivo, será necessário manter a mesma pressão alta e a mesma onda ofensiva com uns pequenos retoques, calma na tomada de decisão, no último passe e não ter medos de rematar à baliza. Se os jogadores se concentrarem e confiarem nas suas qualidades os golos vêm por acréscimo.

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    Flávio Fernandes
    Flávio Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    Licenciado em Ciências da Comunicação, o Flávio sempre foi um amante do desporto e um fanático pelo futebol. Com uma passagem pelos quadros de formação do FC Felgueiras 1932, preferiu pendurar as botas mais cedo e ir em busca da sua formação académica. Acompanha assiduamente o futebol internacional e não falha um único jogo do seu grande FC Porto.