FC Porto | Rigor, versatilidade e espírito para reverter as fragilidades

    Após sete meses de ter sido a escolha do novo Presidente do FC Porto, André Villas-Boas, Vítor Bruno não resistiu à segunda grave crise de resultados e exibições da sua equipa. Fica para a história apenas uma Supertaça conquistada na minha cidade frente a um Sporting campeão, num jogo em que apesar de ter contado muito para o resultado os erros defensivos dos leões, contou muito mais aquela garra e crença de não desistir dos jogadores azuis e brancos que faltou muito em alguns jogos posteriores.

    Para o lugar de Vítor Bruno chegou e já trabalha Martin Anselmi, um novo treinador com as suas ideias e que para ter sucesso terá também de as casar com o ADN do clube. Nunca foi positivo um dos dois lados se sacrificar por completo, a não ser quando um dos lados tem uma identidade e cultura fraquíssima, o que não é o caso do FC Porto nem daquilo que se espera de um treinador de equipa grande.

    banco do FC Porto
    Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

    No entanto, independentemente do treinador viesse, já se tinha verificado que o desempenho dos jogadores e a atitude de muitos contribuiu para o estado da situação em que coletivo azul e branco se encontra. Tal como é preciso duas pessoas para dançar o tango, será necessário que ambos os lados, ou seja, treinador e jogadores sejam profissionais e se entendam no rumo que querem dar a este FC Porto.

    Pois na história de qualquer clube e o FC Porto não foge a este processo, bem pelo contrário, sempre que o coletivo se entende e se articula concretizando tudo em bons resultados, os intervenientes terão um retorno individualmente feliz. Mas neste momento, nada disto será possível se no plantel e estilo de jogo deixado por Vítor Bruno não forem corrigidos quatro dossiês que se revelaram quatro problemas.

    Primeiro:  Ver qual a dupla de centrais experimentada que sofre menos, a melhor deve ser a titular.

    Olhando para o que já foi experimentado por Vítor Bruno na defesa até agora, nenhuma das duplas de centrais é particularmente segura e coesa. Notou-se em todas elas duas coisas, primeiro, claramente a falta de uma referência ou a figura do velho patrão da defesa e aquela articulação indispensável entre os intervenientes. Com a perda do patrão Pepe, líder e um dos melhores centrais que vi, Zé Pedro e Otávio ficaram órfãos. Provavelmente pela antiguidade e espírito de entreajuda, foram a dupla que iniciou a temporada. David Carmo estava de saída.

    Desde a vitória na Supertaça que abriu a época até à derrota de Alvalade, esta foi a única dupla utilizada e depois do desaire nunca mais jogou em conjunto. Deve-se dizer que apesar de ter a média de um golo sofrido por jogo, a dupla Zé Pedro-Otávio teve três jogos seguidos sem consentir qualquer golo (Gil Vicente, Santa Clara e Rio Ave) e só foi infeliz nos jogos com o Sporting (três golos sofridos na Supertaça e dois em Alvalade). Logo de seguida, no triunfo em casa por 2-1 frente ao Farense, Vítor Bruno colocou a titular o reforço Nehuén Pérez ao lado de Otávio, uma dupla breve de apenas um jogo e que só voltou consistentemente dois meses depois.

    Até ao duelo na Bélgica com o Anderlecht, Otávio saiu das opções e a dupla utilizada entre a vitória em Guimarães e triunfo caseiro frente ao Sporting de Braga foi Nehuén Pérez-Zé Pedro. A dupla entre um reforço em adaptação e um jovem da casa teve jogos difíceis em que também mostrou alguma inconsistência e insegurança, a derrota na Noruega com o Bodo/Glimt e o empate caseiro com o Manchester United são um o exemplo disso. No histórico desta época, é uma dupla que só não tem o saldo negativo entre jogos realizados e golos sofridos (sete e sete respetivamente) porque fora utilizada brevemente por seis minutos no duelo caseiro com o Hoffenheim e no triunfo com o Moreirense para a Taça da Liga, não sofrendo qualquer golo em ambos os jogos.

    Nehuén Pérez
    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    Após uma pausa para seleções, o técnico portista apostara numa dupla que ainda não experimentara, para a eliminatória da Taça de Portugal com o Sintrense. A junção do emprestado da Juventus, Tiago Djaló com Nehuén Pérez, prometeu e desiludiu. Apesar de ter funcionado bem durante quatro jogos consecutivos que fora utilizada (vitórias sem golos sofridos com Sintrense, Hoffenheim, AFS e Estoril-Praia), esta é a única dupla que tem o saldo negativo entre jogos disputados e golos sofridos (7 e 8 respetivamente), além de estar associada a uma das partes mais negativas da época azul e branca. As derrotas em Roma com a Lázio, a goleada sofrida na Luz frente ao Benfica e a eliminação da Taça de Portugal em Moreira de Cónegos foram os derradeiros desafios desta dupla.

    Desde então, do empate consentido na Bélgica frente ao Anderlecht até à recente derrota contra o Gil Vicente, que ditou o despedimento de Vítor Bruno, foi sempre a dupla Nehuén Pérez-Otávio a jogar. A opção do argentino com o brasileiro é a que tem mais jogos nas pernas (11) e a única experimentada, até agora, que tem mais jogos disputados do que golos sofridos (+1). Sendo que o FC Porto a partir de agora precisa de maturidade no setor defensivo, entre outros aspetos, para dar a volta à situação em que se encontra, tanto de resultados como de exibições, esta dupla pode continuar a ser a opção do próximo técnico. Tendo jogado mais jogos em conjunto, a dupla Nehuén Pérez-Otávio é a que apresenta mais trabalho para consolidar, apesar de precisar de mais treino e correção. Algumas exibições do brasileiro, como por exemplo a de Barcelos mostram isso.

    No entanto, existe a solução de experimentar o que ainda não o foi. A dupla de Tiago Djaló com Zé Pedro, apenas jogou em conjunto 26 minutos na Vila das Aves e não sofreu qualquer sobressalto. Tal como nunca foi testada a dupla Tiago Djaló com Otávio, sendo que esta seria muito interessante de ver uma putativa combinação. Como o que foi testado até agora não resultou exemplarmente bem, julgo que seria interessante avançar com novas soluções. Um estilo de jogo com defesa a três também pode ser uma solução a testar como já o foi, mas até agora não convence definitivamente.

    Segundo: Consoante os centrais definidos e o seu posicionamento, uma ideia equilibrada da escolha dos laterais, ou seja, um mais defensivo e o outro mais ofensivo, quais os melhores a serem escolhidos para jogar.

    Relacionado com o problema anterior. No plantel atual do FC Porto, embora não exista entre os laterais uma referência que tenha de ser indiscutivelmente titular, existe matéria-prima para que tal realidade se possa verificar. Francisco Moura foi uma excelente aquisição e no meu entender, tem tudo para ser o lateral mais completo dos dragões. Tendo um físico que se destaca por alguma combatividade, um trabalho defensivo que mostra saber intercetar como dividir as bolas e uma capacidade ofensiva interessante em termos de condução, controle de bola e cruzamento, Moura pode continuar a evoluir e ser um lateral muito completo e indispensável nos Dragões.  Wendell já saiu e Zaidu será uma opção de recurso.

    Francisco Moura
    Fonte: João Freitas / Bola na Rede

    Tendo este aspeto completo de saber atacar e defender, a escolha é qual será o colega do outro lado. Entendo que o equilíbrio de uma defesa está também no trabalho dos laterais, o que um oferece, o outro deve oferecer o contrário. Neste caso, se for pedido a Francisco Moura uma postura mais defensiva, creio que João Mário deve ser a opção no lado direito da defesa; sendo pedido ao ex-Famalicão um papel mais ofensivo, talvez a oportunidade deva caber ao jovem Martim Fernandes.

    Terceiro: Jogadores titulares do meio-campo aos extremos, muitos com mais que uma posição, ver qual a posição mais ajustada para a realidade que a equipa atravessa.

    No meu entender, a resposta para este FC Porto do meio-campo para a frente está na desconstrução deste 4-2-3-1 que não está a corresponder ao que uma equipa grande e favorita a ganhar em Portugal deve ser, mas sim na implementação de duas soluções táticas a experimentar durante os jogos e consoante as realidades encontradas. Um 4-3-3 bem articulado com jogadores próximos entre si e num espírito de entreajuda sem esquecer os talentos individuais. A outra solução para momentos de “aflição” em que é preciso “abrir a lata” e arrancar o resultado “a ferros”, um 4-4-2 ou 4-2-2-2 com os dois médios interiores a saberem fechar e percorrer a área no sentido de o adversário não saber como entrar e capazes também de iniciar jogadas que terminem numa oportunidade de golo ou de contra-ataque.

    Em ambas as soluções, considero indispensável a presença de Alan Varela e agora ainda mais com a saída de Nico González. O argentino com a sua capacidade de interceção e resistência, sem dúvida que serve a equipa em ambas as soluções táticas. A única diferença poderia estar nos colegas que o acompanhariam em cada uma delas, mas voltando à saída de Nico, esta era uma putativa realidade que já não se verifica. Num 4-3-3, com a presença de mais jogadores no meio-campo e Varela a jogar como vértice mais recuado do triangulo, Nico González seria naturalmente a peça ideal como número 8. O ex-Barcelona que tem sido uma das grandes figuras pela positiva nesta época, teria a capacidade de ajudar Varela nos movimentos defensivos e de iniciar jogadas de contra-ataque, como tem uma enorme capacidade de passe e visão de jogo suficiente para ajudar o médio mais ofensivo na construção. Com a saída para Manchester, passa a ser Eustáquio o mais habilitado para tal plano. O jovem da casa Rodrigo Mora tem tudo para ser esse médio mais armador. Sem dúvida que esta solução a três no meio-campo, com estes três médios e as suas características seria muito mais frutuosa para os Dragões.

    Rodrigo Mora FC Porto
    Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

    Já numa solução de 4-4-2 ou 4-2-2-2, os perfis de Nico (se ficasse) e Mora já não se encaixariam muito bem, ou mesmo nada bem no caso do jovem formado no Olival. Numa solução a apenas dois no meio-campo interior, indiscutivelmente que Eustáquio é a melhor solução na ajuda a Varela. Embora não tenha a capacidade defensiva do argentino, nem as virtuosidades de Nico González, o médio canadiano tem as mesmas capacidades suficientes, além da raça e resistência, para ser o que melhor serve a equipa neste sistema. Vasco Sousa e o recém-chegado Tomás Pérez eventualmente também serão soluções a testar, mas quer num meio-campo a dois ou a três, para já só justificam serem soluções secundárias com vista a um futuro mais risonho.

    Nos extremos, muita coisa muda com a saída de Wanderson Galeno. Pois, na melhor forma e comprometido era a principal chave. Enquanto estivesse no Dragão, o brasileiro seria indispensável no lado esquerdo do ataque da equipa. A solução de jogar a defesa-esquerdo na ausência de Moura e dando mais oportunidade a outros no ataque, só se justificava mesmo no primeiro cenário, de resto a solução nunca me pareceu a melhor. Um jogador como Galeno, com a sua velocidade, efeito “abre-latas” e capacidade de remate, já para não falar dos golos que marcava, tinha de estar no ataque.

    No entanto, com a venda milionária de Galeno, é Pepê que passa a ser o “indiscutível” no ataque da equipa do FC Porto, mas com umas reticências. Um dos dossiês que tinha de se resolver após a saída de Vítor Bruno, é se Pepê iria continuar. Visto que sim, os seus serviços poderão ganhar agora mais relevância do lado esquerdo por causa da saída de Galeno. Até na eventualidade de Francisco Moura se lesionar, Anselmi poderia arrastar Pepê para trás (o que acho altamente discutível como melhor opção), dando mais possibilidade de tempo de jogo a Gonçalo Borges e ao reforço William Gomes.

    Considero que estas funções de Pepê do lado esquerdo fazem mais sentido em 4-3-3. Na outra solução a 4-4-2 ou 4-2-2-2, o lugar de Pepê nesta equipa será melhor como segundo avançado na ajuda ao ponta de lança, como defesa lateral na ausência de algum dos mesmos e só por fim, no lado direito ou esquerdo do ataque. Embora nesta terceira solução, creio que só será a ideal num 4-4-2 ou num 4-2-2-2, em que o objetivo é profundidade e entendimento com o falso 9. Já numa solução de 4-3-3, com as características que já referi, creio que Fábio Vieira serve melhor a equipa. Apesar de ser mais lento e não ter números tão bons quanto Pepê, o português emprestado pelo Arsenal tem mais visão de jogo, é virtuoso à sua maneira e serve muito bem os colegas. Aqui entender-se-ia muito bem com Mora, através de movimentos interiores na construção de jogadas ofensivas e serviria bem Samu, Pepê ou outro membro do ataque portista através de passes a rasgar.

    Gonçalo Borges e o recém-chegado William Gomes também ficam a ganhar com a saída de Galeno. Ambos terão mais tempo para ajudar a resolver jogos e mostrarem os seus dotes. Aqui a única função de Martin Anselmi em relação a ambos, será perceber se cada um particularmente joga melhor à esquerda ou à direita e se com rendimento regular, terão condições para uma eventual titularidade. André Franco tal como Vasco Sousa no meio-campo, seria opção secundária ou para vender/emprestar, com todo o respeito pelo jogador.

    Quarto: No ataque, ver quais são os avançados que são a alternativa ao ponta de lança titular e quais são os médios armadores e segundos avançados com os quais podem eventualmente fazer parelha ou “tabelinhas”.

    Samu é o grande reforço dos dragões este ano. Já se verificou que pode ser uma máquina goleadora, embora ainda tenha de realizar aprendizagens como uma boa receção de bola e ser melhor de costas para a baliza. Quando acrescentar estes fatores ao seu jogo, não só será um caso ainda bem mais sério, como será o melhor avançado do futebol português aquando da partida de Gyokeres.

    Num sistema de 4-3-3, considero que Samu será muito mais bem servido com alguém virtuoso como Fábio Vieira pela direita através de entendimentos e por alguém como Rodrigo Mora como o armador que o serve. Estes fatores serão tão ou mais importantes para o ataque da equipa do que os cruzamentos feitos pelas laterais para o espanhol. Já num 4-4-2 ou 4-2-2-2, Samu tendo de jogar acompanhado poderá estar numa posição mais fixa e precisará de ser ajudado por alguém mais virtuoso e móvel. Naturalmente que Pepê é o nome que surge à cabeça e naturalmente Mora. Ambos servirão bem o número 9. Embora considere que aqui, numa solução deste tipo, penso que Iván Jaime poderia ter aqui a sua oportunidade de surgir mais regularmente e trazer alguma magia ao ataque da equipa. Mas tal realidade já não se verificará.

    Deniz Gul FC Porto
    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    Deniz Gul com base nas suas características físicas e técnicas, não é uma boa resposta para jogar em conjunto com o espanhol, será sem dúvida melhor como alternativa ao mesmo na posição 9. Uma espécie de “arma secreta”, como foram Juary ou Ernesto Farías no passado, indo ao histórico do FC Porto. Já Danny Namaso tem-se verificado numa solução que não tem sido “nem carne nem peixe”, no meu entender, não tem mostrado ser uma solução para um clube como o FC Porto apesar de poder ser um jogador interessante. Estaria na minha lista de dispensas deste mercado de inverno.

    O positivo de desde a pandemia termos mais substituições é que durante o jogo, mais jogadores têm a possibilidade de se mostrarem, se possível durante mais tempo e os treinadores gerirem o cansaço dos pupilos. Logo, muito de novo pode ser experimentado com tempo de jogo.

    Num plantel ainda algo diverso e que embora tenha falta de referências históricas, existe qualidade suficiente para que estas ideias possam ser postas em prática através da disciplina passada pelo novo técnico, da capacidade transversal de cada jogador e da empatia entre ambos. No fundo, serão o rigor, a versatilidade e o espírito de equipa, sem nunca esquecer a identidade individual que poderão reverter as fragilidades que o FC Porto mostrou até agora.

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