Finalmente, Grujic! | FC Porto

    Relembremos um pouco a reta final da temporada passada: o até então emprestado, Grujic, teria agarrado o lugar, fazia as delícias dos adeptos portistas, entre recuperações de bola e preponderância física não havia, no plantel, alguém com as características do sérvio.

    O lugar no onze era seu, ninguém se atreveria a colocar em causa a importância crescente que começara a ter para Sérgio Conceição.

    Marko Grujic
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Findada a época o jogador foi obrigado a regressar ao clube que o cedeu, da cidade invicta, o FC Liverpool. Mas a história de azul e branco era para continuar, os clubes conseguiram chegar a um acordo e, para euforia dos adeptos, Marko regressaria ao FC Porto, como se esperaria, para agarrar a titularidade desde o início da temporada.

    Foi o que aconteceu? Não.

    O jogador viu-se a par com uma lesão muscular que condicionou o início da época e, consequentemente, a integração definitiva no plantel e no onze.

    E como o treinador nos foi habituando, não há lugares cativos e joga quem corresponde às suas expectativas. O sérvio de 25 anos, até ao início do mês de novembro, contava com apenas 29 minutos de utilização para o campeonato português (curiosamente, na Liga dos Campeões contava com 136 minutos).

    É este o momento para Grujic assumir o lugar no onze?

    Novembro pode e deve ser o mês em que Grujic pontapeia a concorrência para o lugar no 11, vem de dois jogos em que foi evidência em campo e tornou o jogo do FC Porto mais fluído no momento de transição da defesa para o ataque.

    Frente ao AC Milan, foi facilmente o motivo pelo qual a equipa massacrou os italianos durante a primeira parte, a pressão alta que efetuou quando estes tentavam avançar para o ataque de maneira organizada, permitiu-lhe muitos roubos de bola, tal como o fez no momento do golo de Luis Díaz, em que realizou a assistência.

    Contra o Santa Clara para o campeonato, o jogador foi também destaque. É notória a melhoria técnica do jogador, está cada vez mais seguro com a bola e consegue realizar decisões cada vez mais acertadas, permitindo que o flow do jogo não pare quando tem a bola nos pés.

    Marko Grujic é sinónimo de qualidade e agressividade quando está em campo. Um trinco de raiz que está a tornar-se um médio muito completo, sendo também uma boa opção para a posição de 8.

    Aliás, a formação 4-4-2 não é a que mais o favorece, é clara a necessidade de adaptar o jogador ao sistema, visto que era normalmente utilizado num 4-3-3 em que seria um dos melhores trincos a atuar, em Portugal.

    Veremos se esta paragem para as seleções irá prejudicar a sua crescente evolução e lhe custará, de novo, o lugar no 11, uma vez que Uribe (condicionado com uma lesão muscular), aquando do regresso da competição de clubes já estará disponível para jogar sem condicionantes.

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Ricardo Rafael Silva
    Ricardo Rafael Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo Rafael é um jovem estudante de ciências da comunicação e adepto do FC Porto. Olha para o futebol sempre com ar crítico e procura ver o melhor do desporto.