Wenderson Galeno iniciou a época no banco de suplentes, mas as suas boas exibições no segundo tempo “obrigaram” Conceição a repensar esta opção.
Uma assistência para o golo da vitória frente ao FC Vizela e um golo, uma assistência e dois penáltis no clássico frente ao Sporting CP, foram os argumentos do brasileiro para reclamar o direito a algo mais.
Após a pesada derrota frente ao Rio Ave, o míster alterou algumas peças, o sistema de jogo e o extremo ganhou a titularidade em todos os jogos até hoje. Retribuiu a aposta logo no confronto frente ao Gil Vicente com um golo, mas nos jogos a seguir, a contar para a Champions League e Campeonato não voltou a ter qualquer influência direta no resultado final.
🇵🇹 89′ | Porto 3-0 Sporting
Galeno em 64 minutos de #LigaBwin 22/23:
🔸 1 golo
🔸 2 assistências
🔸 1 penálti sofrido#LigaBwin #LigaPortugalBwin #FCPSCP pic.twitter.com/tiSMXe3rTd— GoalPoint (@_Goalpoint) August 20, 2022
Galeno é um jogador rápido, com técnica, bom remate colocado de fora de área e consegue auxiliar o lateral do mesmo corredor, nas missões defensivas, muito por culpa da sua excelente evolução em Braga.
Contudo, ainda lhe faltam alguns pequenos pormenores a melhorar, um dos principais é a tomada de decisão no último terço do terreno. As suas mudanças de velocidade desmontam qualquer defesa adversária, mas quando chega a altura de rematar ou assistir um colega, 60% a 70% das vezes Galeno tende a optar pela opção errada.
O jogador precisa de treinar esse aspeto assim como ganhar mais confiança tanto nas decisões como na partida para o confronto de um para um com o adversário, necessita de arriscar mais vezes e só assim o poderemos ver a ser mais decisivo a favor dos Dragões.
Galeno é um jogador muito forte no drible, mas são vários os lances que não dão em nada pela sua má tomada de decisão. Este é um exemplopic.twitter.com/UKXkKSqTpS
— Filósofo De Jogo (@FilosofoJogo) September 16, 2022
Se recuarmos um pouco no passado recente azul e branco podemos encontrar uma comparação muito bem conseguida da parte de Sérgio Conceição, relativamente à primeira época de Luis Díaz, “Lembro-me do Luis Díaz, que quando chegou cá não era titular absoluto, mas aqui também ninguém tem selo de titular.
Os reforços que temos no banco não são suplentes, são reforços.” Ou seja, Galeno tem margem de progressão para se tornar tão decisivo quanto o colombiano foi, pois tanto um como outro nestes inícios apresentaram as mesmas debilidades que com o tempo podem ser aperfeiçoadas de forma a poderem dar o seu melhor contributo em prol do coletivo.