GD Estoril Praia 1-1 FC Porto: Dragões empatam ao cair do pano

    A CRÓNICA: APÓS DERROTA PESADA NA LIGA DOS CAMPEÕES, DRAGÕES NÃO CONSEGUEM VENCER NO CAMPEONATO

    O confronto entre GD Estoril Praia e FC Porto foi sinónimo de “casa cheia” no Estádio António Coimbra da Mota.

    O GD Estoril Praia, a jogar em casa, vinha de uma vitória fora de portas frente ao FC Vizela, por 1-0. O FC Porto, mesmo com uma vitória por 3-0 frente ao GD Chaves na 6.ª jornada do campeonato, vinha de uma derrota dolorosa contra os belgas do Club Brugge KV, por 4-0, na 2.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.

    Era um desafio duplo para ambas as equipas: o FC Porto queria dar uma resposta imediata, demonstrando que deu “a volta por cima”, e o GD Estoril tinha a tarefa de travar este afinco dos dragões e aproveitar o estado anímico dos mesmos para vencer.

    No primeiro quarto de hora, apesar da insistência dos portistas em quererem chegar o mais rapidamente possível ao golo, a equipa da casa conseguia gerir a posse de bola e, algumas vezes, até chegar à área adversária.

    Os dragões mostravam-se apáticos, não conseguiam criar oportunidades de golo concretas: mérito para os canarinhos que se mostravam uma equipa compacta. Aos 30 minutos de jogo, os dragões, que mostravam certas lacunas defensivas, concedem demasiado espaço à equipa da casa que quase chega ao golo, numa dupla-oportunidade, que culmina num remate ao poste.

    Por falar em dupla oportunidade, os visitantes chegam a colocar a bola por duas vezes dentro da baliza adversária, uma por intermédio de Eustáquio e outra por Zaidu, no entanto ambas as ocasiões foram invalidadas pelo árbitro por situação de fora-de-jogo.

    Os dragões dominavam, tinham mais oportunidades, mas não conseguiam chegar ao golo inaugural. Os canarinhos, extremamente calmos e organizados, pareciam esperar pelo momento certo: aos 41 minutos, grande passe de Joãozinho, para Tiago Gouveia, que empurra a bola para dentro da baliza. A equipa da casa inaugurava assim o marcador.

    O início da segunda parte foi marcado por uma entrada avassaladora dos dragões – rápida circulação de bola, pressão e ocasiões – a equipa de Sérgio Conceição mostrava que queria dar a volta ao resultado. Aos 51 minutos, Taremi, num autêntico “tiro”, acerta na barra da baliza. Grande remate do iraniano.

    Os dragões pressionavam, eram mais intensos que o adversário, mas não conseguiam chegar ao golo: mérito dos canarinhos, que, assim como na primeira parte, conseguiam sair a jogar apesar da pressão do FC Porto. Aos 71 minutos, Gabriel Verón sofre falta à entrada da área, Ndiaye é expulso do encontro. Aos 81 minutos, o mesmo Gabriel Verón cabeceia e atira ao poste, para desespero dos adeptos portistas.

    Aos 90 minutos, por intermédio de uma grande penalidade por mão na bola, os dragões conseguem chegar ao empate. Perspetivavam-se momentos aflitivos até ao final do jogo: a equipa visitante pressionava, o adversário contra-atacava, mas já não havia tempo para chegar ao golo. Tudo empatado no Estádio António Coimbra da Mota, num encontro impróprio para cardíacos.

    A FIGURA

    Fonte: Zito Delgado/Bola na Rede

    Francisco Geraldes – Fez uma enorme exibição esta noite! Foi fulcral nas dinâmicas defensivas e ofensivas da equipa. Conduziu a equipa com mestria. Foi, literalmente, o porto seguro dos canarinhos face à pressão portista.

    O FORA DE JOGO

    David Carmo – Algo tímido. Parece que o defesa-central ainda não está entrosado nas dinâmicas da equipa. No jogo de hoje, mostrou algumas lacunas defensivas, principalmente no golo do GD Estoril Praia.

     

    ANÁLISE TÁTICA – GD ESTORIL PRAIA

    A formação de Nelson Veríssimo sustentou-se num 4-3-3. Ao longo da partida, a equipa conseguiu fazer face à pressão do FC Porto, apostando numa boa circulação de bola na primeira fase de construção. A destreza na recuperação de bola foi crucial no jogo de hoje.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Dani Figueira (6)

    Tiago Santos (6)

    Vital (6)

    Pedro Álvaro (6)

    Joãozinho (6)

    Ndiaye (5)

    Francisco Geraldes (9)

    Rodrigo Martins (6)

    João Carvalho (6)

    Tiago Gouveia (8)

    Erison (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Marqués (5)

    Lucas Áfrico (6)

    Siliki (5)

    Tiago Araújo (7)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Sérgio Conceição apresentou um onze diferente do habitual, dando oportunidades a jogadores com poucos minutos, como é o caso de Rodrigo Conceição, Fábio Cardoso e André Franco. Face à ausência de Otávio, um jogador crucial nas dinâmicas dos dragões, Pepê assumiu funções e papéis idênticos que o internacional português costuma exercer. A pressão alta, a rápida recuperação da posse de bola e a linha defensiva subida, caraterísticas habituais da equipa portista, não causaram mossa aos canarinhos no jogo de hoje.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (6)

    Rodrigo Conceição (7)

    Fábio Cardoso (7)

    David Carmo (4)

    Zaidu (5)

    Uribe (6)

    Eustáquio (6)

    André Franco (5)

    Pepê (8)

    Taremi (7)

    Evanilson (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Galeno (7)

    Verón (7)

    Toni Martinez (6)

    Namaso (6)

    Grujic (6)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    GD ESTORIL PRAIA

    BnR: Boa noite, mister. O Estoril mostrou-se uma equipa organizada e compacta, que mesmo com a pressão exercida pelo FC Porto, conseguiu sair a jogar e expor algumas fragilidades do adversário. Manter a calma, na primeira fase de construção, e a destreza na recuperação de bola, foram fatores importantes no jogo de hoje?

    Nélson Veríssimo: Sim, foram fatores fulcrais. Sabíamos que, com a nossa equipa a ter a posse de bola, conseguíamos controlar melhor o jogo. Naturalmente, houve algumas circunstâncias, que nós conseguimos fazer essa ligação de um futebol apoiado a partir da primeira fase de construção, de uma forma muito eficaz, com qualidade. O FC Porto foi nos criando diferentes obstáculos, uma vez que roubávamos a bola, criávamos oportunidades e condicionávamos. Em alguns momentos conseguimos contrariar essa pressão, eles tiveram muito bem na procura dos espaços. Nós enquanto treinadores fazemos a análise, apontamos o caminho e as soluções, mas eles lá dentro têm de procurar identificar os espaços e os melhores caminhos para que a equipa consiga sair de uma forma apoiada.

    FC PORTO

    O treinador do FC Porto não compareceu na sala de imprensa.

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    Felipe Ribeiro
    Felipe Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
    O Felipe é um jovem que estuda Jornalismo na Escola Superior Comunicação Social. Gosta sempre de dar a sua opinião quando de futebol se trata, atentando sempre para os mínimos detalhes que acontecem dentro de campo. É devoto do Porto, daqueles que conta os dias que faltam para o jogo. Vê o futebol como um livro recheado de particularidades únicas, onde várias opiniões diferentes compõem a história.                                                                                                                                                 O Felipe escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.