GD Estoril-Praia 1-3 FC Porto: Duas partes, duas histórias, um vencedor

    Começou a 15 de janeiro, acabou a 21 do mês seguinte. Um rescaldo com 37 dias entre o apito inicial e o final dos 90 minutos.

    1.ª Parte

    Com a possibilidade de abandonar a zona de despromoção, o Estoril-Praia recebeu o Futebol Clube do Porto: duas equipas em pólos opostos da tabela classificada e com objetivos bem diferentes, mas com uma clara e concreta ambição de vencer o jogo e de conquistar os três pontos.

    Com onzes algo surpreendentes e inovadores, destacava-se, à entrada do jogo, de um lado, a ausência de Moreira -estreia de Renan Ribeiro- e a titularidade de Bruno Gomes, lançado para o lugar do lesionado Kléber. Por outro, o facto de Marcano começar o jogo no banco (Diego Reyes foi a escolha inicial) e o dado curioso de o Porto começar o jogo com três laterais direitos, dois deles adaptados a outras posições: Maxi Pereira, Ricardo e Layún.

    O jogo começou bem, com duas equipas viradas para o futebol ofensivo e à procura dos três preciosos pontos. Bola cá, bola lá, e as bancadas animavam-se com o bom futebol praticado.

    Assim sendo, a primeira oportunidade não tardou a chegar: aos cinco minutos de jogo, Bruno Gomes rematou para defesa fácil de José Sá. Mesmo não tendo sido uma clara oportunidade de golo, estava provado que o Estoril não temia a equipa adversária.

    A resposta do Porto foi imediata com Marega a ser lançado na velocidade. Com sangue frio, Renan mostrou que iria ser uma das figuras do primeiro tempo: o brasileiro saiu de entre os postes e enfrentou o avançado maliano, disputando a bola a meio dos seus 50 metros e afastando-a pela linha lateral.

    Logo de seguida, novamente o avançado portista tentou levar a melhor. Porém, o guarda redes estorilista defendeu a dois tempos. Estava aberto o duelo entre estes dois jogadores.

    Contudo, a surpresa estava para vir. Num livre lateral, junto ao canto, Eduardo, médio canarinho, brilhou: num livro batido de forma exímia, o brasileiro não deu hipóteses a José Sá e inaugurou assim o marcador.

    Do outro lado, o guardião canarinho continuava a brilhar: na ressaca de um livre, a bola foi lançada para o isolado Ricardo que, no segundo poste, tentou assistir
    Aboubakar. Renan, atento, travou a ocasião com uma bela defesa.

    Marega, o mais inconformado dos dragões, numa investida do lado direito, tentou assistir Layún. O mexicano atrapalhou-se com a bola e a mesma acabou por sobrar para o guarda-redes da casa.

    O jogo continuava bem quente. Kyriakou, um dos jogadores em destaque da primeira parte, teve também uma oportunidade de golo. Num livre marcado por Eduardo, em que a bola foi aliviada pela defensiva portista, o cipriota aproveitou o aglomerado de jogadores na grande área adversária e, sem cerimónias, rematou à baliza, com a bola a passar a escassos centímetros da baliza portista.

    Antes do intervalo, houve ainda tempo para Aboubakar tentar “molhar o bico”. O camaronês cabeceou à barra da baliza de Renan, num canto batido por Alex Telles do lado direito.

    Apesar das largas emoções decorridas no primeiro tempo, a maior veio logo após o apito do árbitro. Os adeptos portistas começaram a invadir o relvado, alegando que a sua segurança estava em risco. De facto, não havia condições para a presença dos mesmos no topo norte do Estádio António Coimbra da Mota. A polícia tentou acalmar os ânimos das pessoas que procuravam garantir a sua segurança.

    Os adeptos portistas temiam e tudo fizeram para garantir a segurança
    Fonte: Bola na Rede

    Sem nenhuma resposta à altura das condicionantes, o jogo acabou mesmo por ser adiado devido ao facto de a segurança não estar garantida.

    Se, para o FC Porto, o facto deste adiamento se traduzir num menor espaço no calendário para a realização destes segundos 45 minutos, por outro lado, segundo os Regulamento Disciplinar da LPFP, art. 94, 1. Quando um jogo oficial não se efetuar ou não se concluir em virtude de o estádio não se encontrar em condições regulamentares por facto imputável ao clube que o indica, é este punido com a sanção de derrota., o Estoril Praia podia ser severamente sancionado com este problema.

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    Guilherme Anastácio
    Guilherme Anastáciohttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social e tem o sonho de ser um jornalista de eleição. O Sporting Clube de de Portugal é uma das maiores paixões que Guilherme tem, porém, é ao mote do lema da moda “Support your local team”que acompanha a equipa do Estoril-Praia. Sendo natural de Cascais, desde pequeno que apoia a equipa da linha e que é presença assídua no António Coimbra da Mota.                                                                                                                                                 O Guilherme escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.