No Juventus Stadium, Nuno Espírito Santo fez jus às palavras proferidas na conferência de imprensa de antevisão do jogo: “temos um plano, uma ideia e não vamos renunciar ao nosso jogo”. E foi precisamente isto que se verificou. O FC Porto entrou em campo no seu já habitual 4-3-3, com André Silva a apoiar Tiquinho Soares, partindo da ala direita do ataque.
Do lado da Juventus FC, Massimiliano Allegri revolucionou a defesa relativamente ao encontro da 1ª mão, muito por culpa dos problemas musculares recentemente sentidos por Chiellini e Barzagli. Contudo, foi a ausência de Pjanić, relegado para o banco de suplentes por questões físicas, que mais se fez sentir na equipa de Turim, refletindo-se numa menor competência da mesma ao nível do jogo interior.
Da partida fica, no global, uma ideia marcante: a Juventus FC é, individual e coletivamente, uma equipa mais forte do que o FC Porto.
Logo nos primeiros 10 minutos de jogo, ainda que sem surpresa significativa, a formação italiana foi empurrando o FC Porto para junto da sua área chegando mesmo a criar, sobretudo por intermédio de Dybala, situações de relativo perigo para a baliza à guarda de Iker Casillas.
A equipa azul e branca acabou por conseguir equilibrar um pouco o encontro, mas as principais oportunidades de golo continuavam a pertencer à Juventus FC, quase sempre pelo trio Dybala-Mandžukić-Higuaín. A defesa portista, com particular destaque para Felipe e Marcano, foi impedindo males maiores para a equipa portuguesa.
A Juventus FC apostou frequentemente na procura pelo jogo aéreo dos seus avançados, sobretudo de Mandžukić, e embora os defesas do FC Porto tenham nos duelos individuais o seu ponto mais forte, as dificuldades sentidas foram sempre muitas e, por várias vezes, se sentiu que o golo da formação italiana estaria iminente.
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura: aos 39 minutos de jogo Alex Sandro antecipou-se a Óliver Torres e cabeceou para defesa de Casillas; na recarga Higuaín viu o golo impedido pelos braços de Maxi Pereira. Expulsão justa para o uruguaio e, de penálti, Dybala sentenciou a eliminatória.
Foto de Capa: FC Porto