A comitiva do FC Porto desembarcou em Turim com uma desvantagem de dois golos na bagagem e com a consciência de que quando entrar em campo terá pela frente uma missão espinhosa.
Na passada semana, depois de o FC Barcelona ter tornado possível aquilo que ameaçava entrar no domínio do impossível, criou-se uma ilusão generalizada de que as reviravoltas são um feito mais facilmente alcançável do que possa parecer. No entanto, há que perceber que aquilo que os Blaugrana atingiram já tinha sido tentado, sem glória, por outras 58 equipas.
Portanto, se tudo correr de acordo com a normalidade, o Porto dirá adeus à Liga dos Campeões. E, por mais estranho que possa parecer, é esse o principal trunfo dos azuis e brancos neste jogo de tudo ou nada. Isto é, o mundo do futebol já não espera nada do FC Porto na prova e apenas aguarda serenamente pela confirmação da eliminação portuguesa e pela qualificação italiana. Ninguém, nem mesmo a grande maioria dos adeptos portistas, exige ou acredita que seja possível a tal “remontada” que parece ter virado moda. E, assim, é neste cenário no qual nada há a perder e sem grande pressão que o FC Porto pode, tranquilamente, afinar a sua estratégia e tomar de assalto o Juventus Stadium.
A horas de distância do início da partida, algumas dúvidas de parte a parte. Essas mesmas dúvidas residem, acima de tudo, nos sistemas que cada equipa poderá adotar. Mediante cada sistema, não será difícil adivinhar com que peças cada equipa irá a jogo. No caso dos italianos, a dúvida estará entre o 4x2x3x1, com apenas dois centrais, ou o 3x5x2, com uma defesa a três. No FC Porto, importa perceber se Nuno abdicará de André Silva para adicionar um homem ao meio campo (4x3x3) ou se fará alinhar o jovem português (Jota também é uma opção para essa posição) ao lado de Soares no já mais rodado 4x4x2.
Foto de Capa: FC Porto