O mestre, o aprendiz e o “wanna be”

    atodososdesportistas

    Como todos temos testemunhado, o futebol português está repleto de histórias: umas “do arco-da-velha”, outras nem tanto…

    Ainda assim, nos últimos dois anos temos assistido a uma aproximação desportiva dos 3 grandes de Portugal, depois de um grande interregno de um clube que merece estar na ribalta: o Sporting Clube de Portugal, instituição pela qual eu tenho um apreço enorme e que tanto me apraz ver no topo da tabela classificativa (excluindo quando está à frente do Porto, como é óbvio).

    Esta aproximação dos três grandes revela algo que está intimamente ligado com os resultados desportivos de um grande clube: os 3 têm 1 líder que sabe o que faz. Porém, depois daquele medíocre e patético debate da passada segunda feira, entre um irracional ex-operário da Benfica TV que se diz independente (falo daquele faccioso, incendiário e crápula do Pedro Guerra – ou “Fernando Santos”, como se intitula quando liga para programas a fazer-se passar por outros-) e o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, só posso tirar como ilação principal 3 coisas: realmente Bruno de Carvalho está muito, mas muito… verdinho. E são várias as razões para esta afirmação, a saber:

    • Aceitar ir ao programa desportivo de Portugal com o pior painel de comentadores;
    • Aceitar sentar-se na mesma mesa que Pedro Guerra (esse o pior de todos, a par de Rui Gomes da Silva);
    • Deixar-se ir nas cantigas do “comentador” benfiquista e tornar um suposto programa onde ia responder a perguntar num programa onde o nível de azeite e de peixeirada foi acima de um reality show digno daquela estação.

    Partindo deste princípio, o leitor pode já começar a associar o título do texto aos três presidentes, mas antes de mais vamos lá ver uma coisa: todos os presidentes estão encobertos de “histórias” (algumas provadas, outras não) e por isso nem vale a pena a teoria da conspiração de que no norte são todos corruptos e no sul são uns coitadinhos do sistema!

    • “O mestre”: Pinto da Costa – acusado de um sem número de acções judiciais, a verdade é que já são 33 anos de presidência e nunca nada foi provado judicialmente (“escutas ilegais” ou “apitos dourados”, até serem provados sem ser pelos famosos “leaks” ou “youtubes”, de nada valem). No alto dos seus 58 títulos de Dragão ao peito (só no futebol…), pode congratular-se de ser o dirigente desportivo com mais títulos do mundo e, arrisco-me a dizer, um dos que goza maior longevidade num cargo de presidência, sendo unanime que é o melhor, quer entre os adeptos portistas quer entre os adeptos que sabem ver futebol e admiram o trabalho deste grande presidente, internacionalmente reconhecido pelos maiores clubes do mundo;
    • “O aprendiz”: Luís Filipe Vieira – com cerca de 12 anos de casa, o começo no Benfica foi parecido com o que Bruno de Carvalho fez no Sporting: falsas promessas (300 mil sócios, vencer finais europeias ou acabar com a hegemonia do Porto) logo no primeiro mandato. Vai a caminho do terceiro e com o tempo conseguiu “secar” os clubes da zona de Lisboa (incluindo Sporting) e assumir-se como o único rival à altura do Porto durante largos anos. Nisto, se falei de acusações feitas a Pinto da Costa, tenho forçosamente de falar dos seus homogéneos: Luís Filipe Vieira tem acusações de fraude desde os tempos do Alverca, acusações de porte e transporte de drogas e ainda aliciamento de árbitros com jantares (a nova famosa “caixinha Eusébio”), apoio a claques ilegais com ligações a suspeitas de homicídios e drogas ou até mesmo protocolos com clubes-fantasmas. Dizendo o que disse o seu homologo Portista mas por outras palavras: até prova judicial em contrário, é inocente.
    • O “Wanna be”: Bruno de Carvalho – tal como sucedeu com Luís Filipe Vieira no seu primeiro mandato, é tudo a “espingardar”, com uma falta de classe e elegância brutal. Acusado de ser um péssimo gestor no passado e com mistérios como o fecho de todas as suas empresas privadas, ligações a clubes que não existem ou mau relacionamento com jogadores devido a falsas promessas (tudo acusações que se podem ler, nada provado como os anteriores!), a verdade é que Bruno de Carvalho ressuscitou o Leão adormecido e trouxe o bom nome do Sporting de volta onde merece. Mas, talvez ainda por estar demasiado verdinho (como ele gosta tanto da cor…), o presidente Bruno de Carvalho ainda não conseguiu desligar o “chip” do adepto Bruno. Com tiradas e comunicados risíveis e de baixo nível desde que chegou ao clube de Alvalade, o presidente caiu no goto do ridículo quando se deixou ir nas lenga-lengas de Pedro Guerra. Demonstrou uma falta de pulso firme brutal e ainda fugiu das verdadeiras questões que os adeptos leoninos que realmente querem saber do clube queriam ver esclarecidas, e nas perguntas que lhe eram feitas, a frase que mais se ouviu foi: “está no comunicado, leia o comunicado”. Vangloria-se de ter renovado com perolas como William, Gelson ou Matheus, garantindo que estes tinham propostas “milionárias” para sair e quiseram ficar (alguém acredita nisto? Qualquer clube grande que os quisesse era pagar e… levar. O amor ao clube não existe quando o cifrão fala mais alto, ou só contam os jogadores que trocaram o “amor ao benfica ou porto” pelo Mónaco, Zenit, etc?), não falando do ano e meio que teve para renovar com o actual jogador do Sporting a par de William (Carrillo) ou do negócio claramente falhado de Rojo.
    Bruno de Carvalho
    Bruno de Carvalho, na imagem, é, segundo José Maria Monteiro, o presidente mais fraco dos 3 grandes
    Fonte: Facebook Oficial do Sporting Clube de Portugal

    Bruno de Carvalho, com cerca de 2 anos de presidência (e com um trabalho brilhante ao reerguer o clube!), ainda é um Leão bebé no meio de uma Águia que voa mais alto e de um Dragão que ainda os consegue ver mais de cima (mas já não tão mais alto do que a águia…), e está a criar guerras que nunca conseguirá ganhar, pois onde ele pensa que é inovador, já os rivais sabem essa estratégia há pelo menos 2 anos.

    Com isto, e em jeito de conclusão, penso que, num curto prazo de tempo, teremos os 3 grandes a competir ano após ano pelo título nacional, numa “guerra” até ao fim e sem grande oscilações, como as que se têm visto nestes anos que passaram, basta que “alguns” ganhem experiência e parem de pôr o pézinho na poça e outros se distraiam e se deixem ser apanhados.

    O futebol é cíclico, como tudo na vida. E espero que o próximo ciclo do desporto-rei chegue a Portugal com grande desportivismo, qualidade das gerações vindouras (que não falta!) e, acima de tudo, com menos casos e muitas mais tecnologias que cada vez mais trarão ao futebol a diminuição do erro humano e desconfiança dos adeptos!

    Fotografia de Capa: Facebook Oficial do Futebol Clube do Porto

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