O que será a mística?

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    O FC Porto decidiu, dentro da sua estrutura, promover João Pinto, o eterno capitão portista, a adjunto de Luís Gonçalves no futebol azul e branco.

    Numa época em que o retorno da mística foi tão publicitado com o regresso de Nuno Espírito Santo, agora como treinador, esta promoção de João Pinto não fica atrás nessa estratégia da SAD portista de regresso aos triunfos, afastando este jejum que perdura há três anos.

    A promoção de João Pinto a uma posição de maior proximidade ao plantel portista, mostra, na minha opinião, preocupação com o futuro e resultados do clube mas também que é preciso mostrar aos jogadores o que quer dizer e o que significa jogar pelo FC Porto.

    É o elevar de patamar do capitão do Futebol Clube do Porto na final de Viena de ’87, dentro da estrutura dos dragões e só mostra que algo está a mudar. Porém, esta mudança de paradigma não pode partir apenas com a presença de um dos jogadores mais emblemáticos e marcantes da história portista, muito mais terá de mudar. Jorge Nuno Pinto da Costa também tem de mudar o seu estilo de comunicação que, nos últimos anos, tem sido na base de os problemas dos outros não são nossos, como se exemplifica no caso dos vouchers em que Pinto da Costa refere o seguinte: “Não me compete dizer nada, tenho de preocupar é com o FC Porto. Não temos ninguém a representar-nos nas televisões para fomentar esse tipo de discussão e conversa. Acho que isso nada traz de bom ao futebol, nem aos próprios clubes. O que se passa nos outros e as guerras entre comentadores ou dirigentes passam-me ao lado, estou apenas focado em pôr o FC Porto em primeiro lugar“.

    João Pinto carrega também a mística do FC Porto Fonte: FC Porto
    João Pinto carrega também a mística do FC Porto
    Fonte: FC Porto

    Esta foi uma postura a que os portistas não estavam habituados, onde o clube, na figura do seu presidente, se demarca deste tópico e isso, na pele de adepto, não pode acontecer porque mostra indiferença e façamos o exercício ao contrário e este caso acontecia com a oferta a partir do Futebol Clube do Porto e a mostrar que podia ser ilegal. Como reagiriam os outros clubes? Todos sabemos a resposta e, parafraseando José Maria Pedroto, “enquanto fomos bons rapazes, fomos sempre comidos.

    A mística é o não baixar os braços, é o constante espírito de luta e combate (no sentido positivo), é um balneário e estrutura fortíssimos em que todos que chegam ao clube sentem que é um clube diferente e, agora, quem fala pelo clube e dá o peito às balas tornou-se o treinador, o que o desgasta perante a comunicação social e a massa adepta. Os primeiros a defenderem o clube têm de ser os órgãos máximos do clube, são eles que têm essa responsabilidade e que têm essa obrigação portanto, a vinda do eterno capitão é de salutar e faz todo o sentido no contexto em que o FC Porto vive, mas esta mudança tem de começar no topo da hierarquia para que, assim, o clube volte ao caminho da vitória.

    Foto de capa: FC Porto

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    Telmo Martins
    Telmo Martinshttp://www.bolanarede.pt
    Eterno apaixonado por futebol, tem no Porto a sua eterna paixão. A atualidade desportiva faz parte da sua génese, lendo desde muito novo os jornais desportivos cuja leitura o avô lhe incutia. Vê jogos de futebol com o seu pai desde os três meses de idade (de pequenino é que se torce o pepino). Joga futebol e futsal com os amigos sempre que pode. Tem também pelo ciclismo um apreço especial. Fora de Portugal é adepto incondicional do Tottenham Hotspur e do Real Madrid.                                                                                                                                                 O Telmo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.