SC Braga 1-0 FC Porto: Vitória bracarense permite festejos adiados

    A CRÓNICA: GRANDE EXIBIÇÃO DOS BRACARENSES PÕE FIM A DRAGÃO INVICTO

    Em dia que podia ser feliz para os visitantes, a Capital do Minho recebia com um fantástico ambiente o encontro entre o FC Porto e o SC Braga. Os dragões entravam motivados mas defrontavam uma equipa que, estando a conseguir fazer uma época incrível, não ia facilitar aos azuis e brancos.

    Perto do título, o FC Porto ambicioso, procurava adiantar-se no marcador logo no início do encontro. O primeiro lance de perigo chegou fruto de uma jogada a primeiro toque, mas Matheus fazia muito bem a sua função. As linhas azuis e brancas estavam conectadas e o meio-campo dos dragões fazia um bom trabalho na progressão ofensiva com destaque para Vitinha que procurava muitas vezes surgir sozinho no espaço central para desequilibrar a equipa da casa e alcançar a vantagem.

    Apesar de ser inicialmente o FC Porto a controlar o jogo, o Braga mostrava que não entrava a dormir e garantia vida difícil aos homens dianteiros visitantes. Os visitados tinham dificuldade em progredir no terreno com alta pressão por parte dos invictos.

    Os Guerreiros do Minho conseguiam depois de algum tempo subir no terreno e afirmar o seu modelo de jogo. Depois de um período equilibrado cheirava a golo com os minhotos a estar muito perto da vantagem depois de um grande remate aos ferros e outro a embater em Diogo Costa.

    Ricardo Horta era o homem que mais ameaçava mas o destaque vai também para a juventude das alas, Yan Couto e Rodrigo Gomes. Defensivamente, o Braga estava confiante com um super Matheus muito bem fora e entre os postes.

    Aos poucos as ameaças minhotas surgiam e era mesmo a equipa da casa a chegar à vantagem já na segunda parte com um contra-ataque aniquilador que resultou em golo do homem das ameaças, Ricardo Horta, depois de um passe que tirou o guardião azul e branco do caminho.

    O Porto não deitava a toalha ao chão e continuava a luta por outro rumo no marcador. Mas os minhotos davam tudo. Tinham as linhas juntas nos momentos defensivos, fechando espaços aos azuis e brancos. Mesmo assim, por vezes o Porto chegava perto da baliza mas sem conseguir marcar.

    O encontro terminava com a vitória do SC Braga por uma bola a zero, colocando um ponto final a um FC Porto invicto e adiando os possíveis festejos do título de campeão nacional da Primeira Liga.

    A FIGURA

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Ricardo Horta – Numa grande exibição de toda a equipa bracarense, Ricardo Horta é o homem do jogo por ter sido o homem que fez a diferença no marcador mas também por ter aparecido em momentos perigosos em mais ocasiões. Foi um grande desequilibrado e sem dúvida um dos homens que mais motivou a vitória.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Evanilson – Apesar de também sofrer com a saída logo no intervalo, Evanilson teve dificuldade em desenhar situações perigosos que se deveu também à grande exibição da defensiva bracarense. O jogador azul e branco pouco se destacou durante os 45 minutos que esteve em campo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    Carlos Carvalhal apostou num conhecido 3-5-2 para enfrentar os dragões. O setor defensivo é ocupado pelos três homens conhecidos, Paulo Oliveira, David Carmo e Tormena. A ala é confiada a nomes muito jovens mas que têm provado a qualidade, com Yan Couto do lado direito e Rodrigo Gomes do lado esquerdo. Castro, Al Musrati e André Horta comandam o meio campo e as ligações bracarenses para Ricardo Horta e Abel Ruiz, os homens mais adiantados. A tática minhota aos poucos provava ser uma boa aposta, com alguns lances perigosos frente a um Porto motivado.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Matheus (8)

    Yan Couto (7)

    Tormena (7)

    Paulo Oliveira (6)

    David Carmo (8)

    Al Musrati (7)

    Castro (6)

    Abel Ruiz (7)

    André Horta (7)

    Ricardo Horta (9)

    Rodrigo Gomes (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Francisco Moura (6)

    Fabiano (5)

    Vitinha (7)

    Lucas Mineiro (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Num terreno muito difícil, Sérgio Conceição procurava chegar mais perto do título com a aposta na tática 4-4-2. Mais uma vez, Pepê era o nome escolhido para o lado direito da defensiva azul e branca. Grujic era também aposta para o meio-campo a ser mais fixo e Vitinha mais solto a procurar desmarcação. Na frente a opção passava pelo acostumado Taremi e Evanilson.

    Depois do golo sofrido, o técnico dos dragões não poupava as alterações e procurava arranjar forma de dar outro rumo ao resultado. Depois de João Mário ter entrado, Wendell, Galeno e Toni Martinez entravam de uma vez.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (7)

    Zaidu (6)

    Pepe (7)

    Mbemba (6)

    Pepê (6)

    Fábio Vieira (7)

    Marko Grujic (6)

    Vitor Ferreira (7)

    Otávio (7)

    Evanilson (5)

    Mehdi Taremi (5)

    SUBS UTILIZADOS

    João Mário (7)

    Galeno (6)

    Wendell (6)

    Toni Martinez (5)

    Francisco Conceição (7)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    SC BRAGA

    BnR: Tinha revelado a importância de os jovens terem a oportunidade de crescer neste jogo. Como se sente em lançar estes jovens e qual é a importância de acabar com um porto invicto com uma equipa tao jovem?

    Carlos Carvalhal: A importância é muito grande, dá consistência ao projeto do SC Braga, este não é um projeto meu, é um projeto do SC Braga. Apostou forte nas instalações, está agora a colher os frutos do trabalho é preciso ter alguma personalidade bem vincada e acreditar mesmo em lançar tantos jovens, mas este é um caminho do SC Braga. Quando fui contratado, foram definidos e acho que nós atingimos em pleno todos os objetivos que nos foram pedidos e este de apostar na juventude é um deles e as vitórias dão consistência à equipa

    FC PORTO

    BnR: Depois do golo do SC Braga, a preocupação passava por alcançar o golo mas também havia uma preocupação que era parar Abel Ruiz, Ricardo Horta e Vitinha mais tarde. Como procurou gerir isso de forma a dar outro rumo ao jogo?

    Sérgio Conceição: Esse equilíbrio tem de haver sempre na equipa, independentemente de no jogo ter mudado a nossa forma de estar quando tínhamos a bola mas esse equilíbrio tem de haver sempre e penso que na parte final com a equipa mais exposta, estávamos mais a pensar em ir à procura do golo do que respeitar esse equilíbrio.

     

    Rescaldo de opinião de Leonardo Pereira

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    Leonardo Pereira
    Leonardo Pereirahttp://www.bolanarede.pt
    O Leonardo é um jovem vimaranense que estuda Comunicação e Jornalismo, e que ambiciona ser jornalista, preferencialmente de desporto. Ele não consegue negar, gosta disto e é isto que quer fazer.