Regresso a Casa: De geração em geração, na família Conceição

    A rubrica Regresso a Casa estreia nesta quarta-feira e traz ao Bola na Rede o contributo de antigos colaboradores do site, que agora divergem o seu êxito pelos mais variados órgãos de comunicação social

    Costuma dizer-se que “filho de peixe sabe nadar” e a família Conceição parece ser o exemplo perfeito da aplicação desse provérbio à prática. No comando técnico da equipa do FC Porto, Sérgio Conceição vê quatro dos seus cinco filhos jogar e, como não podia deixar de ser, o mais novo parece estar a seguir o exemplo e tem dado mostras, nas redes sociais, de também ter gosto por bola.

    Estamos agora habituados a vê-lo no banco azul e branco, ou a fazer da geleira o banco em boa parte das ocasiões, mas não nos esquecemos de que Sérgio Conceição já deu cartas do lado de dentro das quatro linhas. Fez grande parte da formação em Coimbra, ao serviço da Académica, mas cedo chegou ao Porto, para começar a sua história de Dragão ao peito. E conseguiu mesmo inscrever o seu nome em alguns dos momentos mais marcantes do clube: esteve em duas das épocas que terminaram com a conquista do pentacampeonato, marca atingida em 1999 e exclusiva no campeonato português e fez parte da equipa vencedora da Liga dos Campeões, em 2003/2004.

    O Sérgio é Dragão. Ponto. O Sérgio personifica o azul, o branco, o indomável e o imortal. O Sérgio personifica o “Ser Porto”, expressão tão frequentemente utilizada. Por isso mesmo, foi recebido de braços abertos no regresso a casa, ainda que para um lugar diferente daquele a que habituou os adeptos. Mas para além treinador, o Sérgio é pai e o gene da bola passou para os filhos.

    “Filho de peixe sabe nadar” e, no comando técnico da equipa do FC Porto, Sérgio Conceição vê quatro dos seus cinco filhos jogar
    O sangue azul e branco corre nas veias da família Conceição
    Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

    Dos quatro que já jogam, apenas dois estão diretamente ligados ao FC Porto: o Moisés e o Francisco. E a massa adepta parece ter transportado para eles o carinho que tem pelo pai. Moisés Conceição é um avançado que esta época esteve ao serviço do Leixões S.C., entre a equipa de juniores e os sub-23, e nos jogos que disputou assinou três golos. Mas no seu percurso, mais concretamente em 2017/2018, vestiu de dragão ao peito, tendo marcado quatro golos em 17 partidas. E a ligação aos azuis e brancos permaneceu, permaneceu ao ponto de até os adeptos continuarem atentos ao seu percurso.

    Já Francisco é, atualmente, jogador da formação do FC Porto. Depois de ter começado no Sporting CP, está na segunda temporada no Dragão e é um dos nomes mais sonantes de entre as jovens promessas do clube. É também avançado, com cinco golos marcados nos 22 jogos desta época e já tem sido chamado aos trabalhos da equipa principal.

    Quanto a Sérgio e Rodrigo, apesar da ligação familiar, nunca jogaram de azul e branco. Mas ainda assim, estão a construir as suas carreiras no mundo do futebol e aparecem frequentemente ao lado do pai, com demonstrações de apoio ao trabalho que está a desenvolver. Como disse atrás, Sérgio é Porto e os adeptos não esquecem isso.Mesmo quando os resultados não são os esperados e a contestação aparece, é inquestionável a ligação que tem com o emblema que representa. “Filho de peixe sabe nadar” e, no comando técnico da equipa do FC Porto, Sérgio Conceição vê quatro dos seus cinco filhos jogar. E de geração em geração, não seria de estranhar que, num futuro próximo, o talento de um novo Conceição emergisse no relvado do Dragão.

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    Joana Quintas
    Joana Quintashttp://www.bolanarede.pt
    O gosto pela escrita e a paixão pelo desporto, particularmente pelo futebol, tornaram claro que o jornalismo desportivo seria o caminho a seguir. A Joana é licenciada em Ciências da Comunicação, gosta de estar atenta ao que a rodeia e tem, por norma, sempre uma palavra a dizer sobre tudo.                                                                                                                                                 A Joana não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.