Wilson Manafá chegou ao FC Porto proveniente do Portimonense SC, na época transata, a troco de três milhões de euros por 60% do passe. Manafá fez a sua formação no Oliveira do Bairro SC e no Sporting CP onde chegou a ser utilizado na equipa B dos leões. Passou depois pelo SC Beira-Mar, Anadia FC e Varzim SC. É um extremo de raiz onde fez toda a sua formação sendo mais tarde adaptado a defesa lateral.
Sérgio Conceição tem, em Wilson Manafá, um dos seus homens de confiança devido à sua polivalência mas, principalmente, pelo seu total compromisso com a equipa. Pode nem sempre ter exibições muito conseguidas mas deixa sempre tudo em campo e, essa é uma característica que o técnico portista premeia particularmente.
Manafá é rapidíssimo, possui um grande poder de aceleração e resistência e é muito competitivo. Sendo destro, joga com a mesma qualidade na esquerdo e até, por estranho que pareça, tem conseguido melhor rendimento como defesa esquerdo do que como defesa direito. A sua polivalência permite também jogar a extremo, posição essa em que também já foi utilizado pelo técnico portista. Esteve presente em todas as convocatórias desta época o que demonstra a importância que aos poucos foi ganhando no plantel azul e branco. É o tipo de jogador que qualquer treinador gosta de ter porque, mesmo partindo do banco, dá uma segurança imensa ao treinador porque faz quatro posições com bastante qualidade.
É a alternativa a Alex Telles na esquerda e quando o internacional brasileiro atravessou um momento de menos fulgor físico, Manafá disse presente e rubricou excelentes exibições. Na direita ganhou claramente a corrida a Saravia, sendo neste momento a principal opção para o lado direito da defesa portista. Com 25 anos é um valor seguro do plantel portista e prevejo que continue de dragão ao peito por muitos e bons anos.
Analisando o custo/rendimento podemos dizer que Wilson Manafá foi uma boa contratação e um claro indicador que o mercado interno deve ser uma das preferências da política de contratações dos azuis e brancos. Danilo, Marega e Soares são outros três bons exemplos de contratações feitas no mercado interno.
Foto de capa: FC Porto
artigo revisto por: Ana Ferreira