SL Benfica 1-2 FC Porto: Luz azul-e-branca no caminho do título

    Em jogo muito disputado, Porto prevalece e conquista justa vitória.

    A Sexta-feira Santa de 2023 foi abençoada com um Clássico do futebol português, entre um Benfica a transbordar de confiança, a jogar um futebol atrativo e numa série de 10 vitórias consecutivas no campeonato (só sofrera dois golos nesses jogos), e um Porto a realizar uma época de altos e baixos, mas capaz de, como é seu apanágio, mostrar a sua garra nortenha nos momentos decisivos.

    Com um ambiente escaldante nas bancadas deu-se início à partida, com o Porto a apresentar-se num 4-2-3-1 agressivo e pressionante no corredor central, por onde Taremi irrompeu aos 4’ e só um corte fabuloso de António Silva impediu um golo quase certo.

    O Porto entrou melhor, controlando o meio-campo e contra a corrente do jogo, Bah surgiu na ala, cruzou para Gonçalo Ramos cabecear à trave, com a bola a bater nas costas de Diogo Costa e entrar. A equipa que faz mais cruzamentos de bola corrida na Liga (18 por jogo) marcava assim primeiro.

    O Benfica valorizava o ataque pelas alas, para cruzar ou depois virar para dentro onde João Mário, Rafa e Aursnes criavam perigo. Já o Porto atacava mais pelo meio, procurando passes de rutura e a fantasia de Taremi, Galeno e Pepê para criar desequilíbrios.

    Para o plano de jogo correr bem, o aspeto mental é relevante e os portistas, embora dominantes, acusavam mais a pressão. Mas a águia permitiu esse domínio, deixou de atacar e em cima do intervalo sofreu o empate.

    Excelente jogada com Manafá a colocar em Pepê na área, que serviu de peito para Uribe rematar forte e colocado. Logo a seguir, Galeno fez o 2-1, mas o golo foi anulado por fora-de-jogo.

    O Benfica entrou mais pressionante no segundo tempo, mas numa desatenção defensiva imperdoável, Taremi teve tempo para rematar e consumar a reviravolta no marcador.

    Depois, foi o Benfica a ir abaixo mentalmente– os jogadores estavam inseguros, falhavam muitos passes e permitiam mais aproximações do Porto à sua baliza. Provavelmente pela primeira vez na Luz esta época, ouviram-se assobios para a equipa da casa.

    O Porto teve mais engenho para criar perigo e o Benfica, quase só jogando com o coração, terminou o jogo com apenas um remate à baliza.

    O Porto continua assim a senda de bons resultados recentes frente às águias (oito vitórias e uma derrota nos últimos 11 duelos). Infligiu também primeira derrota caseira da época às águias, que não ganham aos dragões na Luz desde 2018.

    Assim, o Benfica terá que suar um pouco mais até ser campeão e o Porto deu um passo importante para garantir o acesso direto à fase de grupos da Liga dos Campeões.

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Pepê (FC Porto): Num jogo sem uma estrela cadente, Pepê foi o jogador mais consistente, com dribles de qualidade e capacidade de levar a equipa para a frente. Coroou a exibição com a assistência para o primeiro golo do Porto.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Aursnes (SL Benfica): Jogo atípico do norueguês, esteve muito apagado. Não conseguiu combinar com os colegas, decidindo-se muitas vezes pelo passe mais simples e perdeu a grande maioria dos duelos que disputou.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    SL Benfica

    O Bola na Rede foi impedido de fazer perguntas ao treinador do SL Benfica, Roger Schmidt.

    FC Porto

    O Bola na Rede foi impedido de fazer perguntas ao treinador do FC Porto, Sérgio Conceição.

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    Afonso Viana Santos
    Afonso Viana Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Desde pequeno que o desporto faz parte da sua vida. Adora as táticas envolvidas no futebol europeu e americano e também é apaixonado por wrestling.