FC Paços de Ferreira 1-2 Vitória SC: Bruno Duarte decide ao cair do pano

    A CRÓNICA: O EMPATE QUE O VAR LEVOU

    Em jogo a contar para a décima terceira jornada da Liga Portuguesa, o FC Paços de Ferreira recebeu o Vitória SC, num encontro entre nono e sétimo classificado, respetivamente.

    A partida iniciou-se e o equilíbrio foi a palavra de ordem desde o início, tendo as duas equipas vontade de pegar no jogo e ter mais bola. A primeira grande oportunidade chega à passagem do minuto sete, Rafa Soares inicia a jogada com um belíssimo túnel a Fernando Fonseca, vira para a direita para João Ferreira, que cruza para a área, onde aparece Rafa a finalizar, contra o guardião pacense.

    Aos 14′ é a vez do Paços de Ferreira criar perigo e chegar mesmo a introduzir a bola na baliza de Varela. Canto à esquerda do ataque pacense, Maracás desvia e Denilson bate o guardião português. Após recorrer ao VAR e cinco minutos de longa espera, João Pinheiro anulou o golo por falta ofensiva.

    Aos 33′, os mesmos intervenientes e o Paços de Ferreira lá chega à vantagem. Canto, desta vez à direita, Maracás desvia ao primeiro poste e Denilson desvia ao segundo para o fundo das redes vitorianas. O avançado brasileiro fez assim o seu primeiro golo na atual época.

    Na segunda parte no Estádio Capital do Móvel houve momentos para um Vitória mais motivado e a conseguir concretizar as ideias do técnico Pepa. Com bastante posse de bola e a criatividade no meio-campo, com louros para Rafa Soares e Marcus Edwards do lado esquerdo do ataque vitoriano.

    Com sucesso, a equipa consegue o tão almejado golo para empatar a partida após Estupinãn se encontrar isolada na área e rematar com uma bala para a baliza de André Ferreira, que tem a tarefa impossível de tentar defender.

    Após o empate e as substituições, é tempo de o Paços de Ferreira encontrar o seu ritmo de jogo e voltar a dar luta às redes de Bruno Varela. No entanto, a equipa vimaranense já estava demasiado inspirada para parar por aqui. Após a assistência ao último golo, Bruno Duarte demonstra-se incompleto sem o golo e tenta a sua sorte no minuto final de jogo (89’) com direito a um festejo louco da bancada de visitante e do banco de suplentes da equipa.

    No tempo restante ainda continuaram a tentar mais um para o Vitória SC, mas as contas fecharam com uma vitória sólida para a equipa orientada por Pepa, regressando finalmente aos triunfos.

     

    A FIGURA

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Marcus Edwards – Esteve a um nível mediano na primeira parte, mas na segunda mostrou toda a sua qualidade. Está nos lances dos dois golos, sendo que fez a assistência para o segundo. Muito bem, expôs as fragilidades de Fernando Fonseca no lado defensivo, acabando por castigar a equipa pacense.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Fernando Fonseca – O jogador português acabou por condenar a equipa do Paços de Ferreira, dado que ambos os golos são do lado do defesa. Demonstrou-se violento ao lado da partida e os erros demonstram-se fatais para a equipa.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PAÇOS DE FERREIRA

    O Paços de Ferreira alinhou no habitual 4-3-3 mas um pouco diferente do jogo com o Marítimo. O técnico Jorge Simão promoveu quatro alterações no onze, fazendo entrar Baixinho, Luiz Carlos, Helder e Denilson, para os lugares de Flávio, Rui Pires, Delgado e João Pedro.

    Em organização ofensiva, a equipa pacense priorizou a saída de bola curta pelos centrais, com Eustáquio a chegar numa fase mais adiantada para pedir a bola. Os centrais deram solução mais por trás e os laterais bem abertos. Luiz Carlos foi variando entre juntar-se a Eustáquio atrás de Nuno Santos ou juntar-se a Nuno Santos à frente de Eustáquio.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    André Ferreira (6)

    Baixinho (5)

    Maracás (5)

    Fernando (6)

    Antunes (6)

    Eustáquio (7)

    Nuno Santos (5)

    Luiz Carlos (6)

    Lucas (5)

    Hélder (6)

    Denilson (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Diaby (5)

    Delgado (5)

    João Pedro (4)

    Zé Uilton (-)

    Ibrahim (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – VITÓRIA SC

    Um onze inicial bastante modificado da parte do técnico português Pepa, face à expulsão de Mumin no último jogo, na visita ao Dragão. Borevkovik enfrenta a titularidade assim como André Amaro na defesa vitoriana, com João Ferreira e Rafa Soares nas alas. O 4-3-3 ainda com Tiago Silva a marcar presença no meio-campo, assim com os habituais André Almeida e Handel. Enquanto homens mais avançados, Estupinãn fica fora das opções (pelo menos no que diz respeito ao onze) e Bruno Duarte é o avançado escolhido, juntando Rochinha e Marcus Edwards na frente de ataque vimaranense. Bruno Varela garante, mais uma vez, a baliza frente às extraordinárias exibições dos últimos jogos.

    Com as substituições ao intervalo e a entrada de Sacko e Estupinãn, a equipa visitante passa a adotar um 4-4-2.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Bruno Varela (6)

    André Amaro (7)

    Borevkovik (6)

    João Ferreira (4)

    Rafa Soares (8)

    Handel (5)

    Tiago Silva (5)

    André Almeida (7)

    Rochinha (6)

    Marcus Edwards (9)

    Bruno Duarte (9)

    SUBS UTILIZADOS

    Sacko (6)

    Estupinãn (8)

    Quaresma (5)

    Janvier (5)

    Alfa (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Paços de Ferreira

    BnR: É o sétimo jogo em que o Paços de Ferreira entra a ganhar e acaba por perder pontos, pergunto-lhe o que acha que tem faltado à equipa.

    Jorge Simão: Uma boa questão. Como é obvio é algo que pensamos e analisamos, mas, à parte do mérito do adversário, há razões que são nossa responsabilidade. Cada jogo tem a sua história e é difícil fazer uma análise completa de todos os jogos. Não consigo dar uma resposta melhor do que essa.

     

    Vitória SC

    BnR: Ao intervalo, o Vitória mudou para 4-4-2, com a saída do Handel e a entrada do Oscar. Depois com a entrada do Quaresma e a mudança do Edwards para a esquerda, a equipa começou a ser mais perigosa e chegou aos dois golos pelo lado esquerdo, sendo que cada um dos pontas de lança marcou um. Pergunto-lhe se podemos dizer que a estratégia para a segunda parte resultou na perfeição?

    Pepa: Os treinadores e o objetivo e a ideia é sempre a mesma: ajudar a equipa. O trabalho feito durante a semana é esse mesmo, ajudá-los e tranquilizar o máximo os jogadores. Às vezes queremos ajudar e não corre tão bem. Aqui a minha função é tranquilizá-los e ajudá-los. O que vimos aqui jogo deu-me gosto de ver sim, por exemplo o Alfa entrou pouco tempo, mas entrou com tudo.

     

    Rescaldo da opinião de Ana Martins e Francisco Silva.

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