SC Braga 3-3 Sporting CP: Duelo histórico marca arranque do campeonato

    A CRÓNICA: DUPLA SUBSTITUIÇÃO TARDIA VALE EMPATE AO SC BRAGA

    O histórico entre estes clubes é inegável, sendo um dos maiores clássicos de Portugal. Desta vez, acabou por se realizar na primeira jornada para iniciar o campeonato da melhor maneira.

    Por um lado, a estreia da nova era do Sporting Clube de Braga com Artur Jorge no comando e do outro, um Sporting liderado por Rúben Amorim que procurava entrar de pé direito no ano da possível reconquista do título.

    Depois de um pontapé de livre lateral afastado pela defesa dos minhotos, a equipa do Sporting conseguiu recuperar a bola e após um passe brilhante de Matheus Nunes, Pedro Porro conseguiu entrar na grande área e encontrar Pedro Gonçalves, que concluiu a jogada ao inaugurar o marcador.

    Os minhotos não demoraram muito para dar uma resposta. Já no minuto 14, o capitão Ricardo Horta encontrou um buraco na linha defensiva dos leões e consequentemente Simon Banza dominou e colocou o esférico para além do esforço de Adán. Estava assim feito o empate do encontro, 1-1.

    Se o encontro já se começava a tornar eletrizante, ainda mais se tornou dois minutos depois. Matheus Nunes teve um papel importante no primeiro golo e voltou a ter novamente, desta vez a encontrar Nuno Santos na entrada da área que, de maneira surpreendente, desferiu um remate potente para o fundo das redes sem qualquer hipótese para a defesa de Matheus.

    Saltando para o minuto 34, após uma combinação entre Ricardo Horta e Banza, os bracarenses empataram o jogo, porém, Banza estava ligeiramente adiantado e viu o que seria o segundo golo ser anulado.

    O fora de jogo abalou os adeptos da equipa da casa, todavia, a desfeita seria corrigida após um passe de régua e esquadro de Nuno Sequeira para a cabeça de Niakaté e o central, não vacilou. O SC Braga empata o encontro novamente, desta vez no cair da primeira parte.

    Na segunda parte, os minhotos entraram de forma mais compacta defensivamente e forçaram Rúben Amorim a fazer três substituições no minuto 60. Pouco depois, o novo ataque sportinguista ia conquistar uma grande penalidade. Contudo, com acesso ao VAR, declararam que não havia motivo.

    Rúben Amorim voltou a fazer uma substituição para a equipa se tornar mais ofensiva e acabou por resultar. No minuto 83, Rochinha acabado de entrar iria colocar a bola nos pés de Edwards para fazer o 2-3.

    O golo de Edwards silenciava os adeptos minhotos, mas após uma dupla substituição de ouro, Álvaro Djaló e Abel Ruiz entraram no minuto 84 e um assistiu o outro para empatar a partida no cair do pano.

    Terminava assim um dos melhores jogos dos últimos anos da Liga, que sem dúvida fará parte dos livros de história.

     

    A FIGURA

    SC Braga x Sporting CP
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Artur Jorge – O técnico esteve muito bem nas substituições feitas durante o jogo que permitiram um grande jogo no arranque da temporada, nomeadamente Abel Ruíz e Alvaro Djaló, na qual o primeiro acabou por fazer o terceiro golo. Na estreia ao comando dos arsenalistas, Artur Jorge teve uma atitude positiva e mostrou que os guerreiros estão pronto para a nova temporada.

     

    O FORA DE JOGO 

    SC Braga x Sporting CP
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Matheus – A exibição do guardião minhoto acabou por não ser a melhor, sofrendo os três golos sem grande oposição, com destaque pela negativa no chapéu que sofreu de Nuno Santos entre algumas abordagens menos apropriadas e saídas com bola.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    Na sua nova era como treinador principal, Artur Jorge apostou na formação 4-4-2 para o primeiro jogo da temporada e colocou três reforços a jogar de início: Victor Gomez, Niakaté e Banza. O jovem central ex-Metz, que marcou o segundo golo, acompanhou Tormena na linha defensiva bracarense. Al Musrati, tal como na época passada, assumiu os desenhos ofensivos arsenalistas, a receber a bola muitas vezes entre os centrais. André Horta surgiu mais solto e ofensivo, a apoiar Vitinha e Banza na frente. As opções de chegar à baliza ora passaram pela zona central, colocando em Banza ou em Vitinha, ora passava pelas alas.

    Na segunda parte, os guerreiros do minho defenderam mais fechados, dificultando o crescimento leonino. Conseguiu também crescer mais no terreno e ter mais oportunidades de aniquilar as redes adversárias,  num ambiente frenético que era fundamental. O grande caudal ofensivo arsenalista na segunda parte e as ameaças constantes à baliza leonina, acabaram por resultar no empate.

     

    11 INICIAIS E PONTUAÇÕES

    Matheus (4)

    Victor Gomez (5)

    Tormena (7)

    Niakaté (7)

    Sequeira (7)

    Al Musrati (7)

    André Horta (6)

    Ricardo Horta (7)

    Banza (8)

    Iuri Medeiros (6)

    Vitinha (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Fabiano (7)

    Rodrigo Gomes (6)

    Abel Ruiz (7)

    Alvaro Djaló (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    Na procura pela conquista do título, Rúben Amorim começa a nova temporada com um 3-4-3. Depois da confirmação da convocatória de Adán, na antevisão, foi mesmo titular. Os reforços Morita e Trincão saltaram para o onze. Morita e Matheus Nunes foram quem lideraram o meio campo, com o brasileiro a ser mais ofensivo e o japonês a ficar mais por trás. O Sporting procurou muitas vezes arranjar espaços livres na ambição do golo. Assim surgiram os dois primeiros golos. Nuno Santos e Pedro Porro eram opções muito procuradas. Surgiam abertos nas alas e garantiam a largura, e eram muitas vezes importantes nas ameaças leoninas.

    Na segunda parte, o Braga defendia mais fechado e o Sporting jogava com mais calma, e tinha vida mais difícil. Rúben Amorim apostou em três alterações de uma assentada para mudar o rumo do jogo. A progressão era visível, com Edwards a desequilibrar muito e Ugarte a responder de forma positiva. Na transição defensiva, Nuno Santos e Pedro Porro ajudavam os três centrais. De destacar também a exibição de Adán. O experiente leonino, depois de vir de lesão, travou grande parte das ameaças arsenalistas.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Adán (7)

    Matheus Reis (6)

    Coates (7)

    Gonçalo Inácio (5)

    Morita (6)

    Matheus Nunes (8)

    Nuno Santos (7)

    Pedro Porro (8)

    Trincão (7)

    Paulinho (6)

    Pedro Gonçalves (6)

    SUBS UTILIZADOS

    St. Juste (6)

    Ugarte (6)

    Edwards (7)

    Rochinha (5)

    Esgaio (5)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Sporting CP

    BnR: Na segunda parte teve uma abordagem um bocado mais ofensiva, ao tirar Paulinho e colocar Marcus Edwards e Rochinha, e pouco tempo depois surgiu até o terceiro golo da equipa. Depois disso acabou por sofrer o terceiro golo por parte do Braga, diria que foi pela abordagem que tomou ou sente que a equipa poderia ter feito outra coisa para evitar o golo do empate?

    Rúben Amorim: É a tal coisa. O que nós fizemos foi buscar o terceiro golo, voltamos a colocar um lateral, não baixamos a equipa, queríamos e temos de ganhar. Estar empatado para nós é perder pontos. Não foi por isso, foi uma tentativa de não sofrer tanto por aquele lado, repor a nossa linha defensiva a que estamos mais habituados e, portanto, claramente que se pode fazer essa observação. Se tivéssemos um jogador mais avançado, se calhar pressionava mais, eu não acredito nisso, porque eu faço uma avaliação mais global e sei que isto pode acontecer, não devia acontecer mas a ideia foi apostar enquanto estamos a ganhar, faltavam cerca de 3 minutos para os 90 quando sofremos o golo, estávamos a tentar fechar a equipa é a procura de ganhar o jogo, como fizemos dezenas de vezes principalmente no primeiro ano. Faltou-nos a estrelinha que tanto vocês falaram.

    SC Braga

    BnR: Na conferência de imprensa de antevisão, revelou que o desempenho da pré-epoca deixou a equipa confortável. Realmente demonstrou uma grande atitude frente ao Sporting. Acha que o facto de ter esta atitude, frente a uma equipa como o sporting, provoca já um maior conforto e confiança para a temporada?

    Artur Jorge: Não entendam por aquilo que eu costumo dizer, que estou completamente satisfeito ou que para mim foi o melhor resultado do mundo. Não digo que estou satisfeito com aquilo que foi a prestação da equipa, mas quero mais. Aliás queria ganhar o jogo, fizemos tudo para poder tentar ganhar o jogo, e esse é que é o conforto. Isso de ter os jogadores que trabalham diariamente dentro destes padrões de qualidade e exigência.

     

    Rescaldo com opinião de Leonardo Pereira e Marcos Brea

     

     

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