CD Trofense 1-3 UD Vilafranquense: 45 minutos bastaram

A CRÓNICA: PRIMEIRA PARTE FORTE DOS VISITANTES E SEGURANÇA DE FACCHINI FOI SUFICIENTE

O Vilafraquense deslocou-se à Trofa, e regressou aos triunfos de forma convincente com uma vitória por 1-3. Depois de 45 minutos de alta rotação e elevada pressão, a equipa de Vila Franca de Xira deu-se à organização na segunda metade e segurou a vantagem. 45 minutos que bastaram para os visitantes somarem a quinta vitória no campeonato. O CD Trofense, por outro lado, arrecada a sétima derrota.

O início revelou-se algo atribulado para a turma da casa. A saída à três do CD Trofense foi muito bem condicionada pelos forasteiros, que acionavam uma pressão forte, agressiva e bem organizada, e as dificuldades foram evidentes para construir jogo. Do lado do Vilafranquense, tudo a correr bem: com bola demonstravam assertividade e intencionalidade, sem ela evitavam quaisquer tipo de perigos do adversário.

Tanta intencionalidade e pressão que acabaria por trazer frutos. Logo ao minuto 16, Menaour Belkheir aproveitou um ressalto dentro da área e, bem enquadrado perante Rodrigo Moura, não vacilou naquele que foi o primeiro sobressalto na área dos homens da casa.

Depois do primeiro golo a toada não se alterou e o CD Trofense, não coincidiu a vontade com a qualidade e o discernimento necessário para alterar o rumo dos acontecimentos, ao passo que, numa transição ofensiva os forasteiros ampliaram o marcador.

Nuno Rodrigues, após uma bela intervenção de Rodrigo Moura, aproveitou para atirar a contar, num remate em jeito que deixaria os visitantes com (ainda) mais conforto no jogo. 0-2 no final do primeiro tempo e o Vilafranquense dava o tónico para o que seria o resto do jogo.

Segunda parte assimétrica. Se o Vilafraquense tinha iniciado a primeira parte com tudo, no começo da segunda, foi o CD Trofense a dar uma réplica. Depois do recém entrado Diedhiou ter permitido uma grande intervenção a Facchini, João Paulo não perdoou na sequência de um canto. 10 minutos de asfixia total para os forasteiros, que se observavam, constantamente, invadidos pela quantidade de homens vermelhos no seu terço defensivo.

Após o golo, o Vilafraquense estabilizou e aproveitou a ineficácia do CD Trofense para voltar à ‘estaca dois’. 1-3 com Fati – saltou do banco ao minuto 60  – a fazer o golo da tranquilidade forasteira.

Até final, Facchini defendeu tudo e permitiu segurar a vantagem de dois golos aos homens de Vila Franca de Xira.

 

A FIGURA

Fonte: Vilafraquense

Adriano Facchini – Impressionante a quantidade de defesas que o experiente guarda redes conseguiu fazer. Depois do golo sofrido advinhava-se dificuldades, mas Facchini conseguiu segurar a equipa ao marcador.

 

 

O FORA DE JOGO

Primeira parte do CD Trofense – 45 minutos autenticamente desoladores para os homens da casa. Seja por impreparação, ou pela agressividade/alta pressão do oponente, a verdade é que o CD Trofense teve um dos piores 45 minutos da época diante o Vilafranquense.

 

ANÁLISE TÁTICA – CD TROFENSE

Francisco Chaló voltou a utilizar o onze que empatou diante a Académica, jogando no habitual 3-4-3. Priveligiando uma primeira fase de construção entre os centrais, a equipa da Trofa teve muita dificuldade em ligar jogo com o setor intermediário, forçando – muitas vezes sem nexo – a bola longa, onde a equipa do Vilafranquense sentiu-se sempre confortável pela autoridade que os centrais demonstraram no jogo aéreo.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Rodrigo Moura (6)

Rodrigo Ferreira (4)

Ange Mutsinsi (5)

Simão Martins (6)

João Paulo (7)

Tiago André (6)

Vasco Rocha (6)

Matheus Índio (6)

Elias Achouri (5)

Bruno Almeida (6)

Bruno Moreira (4)

 

SUBS UTILIZADOS

Beni (6)

Barthélémy Diedhiou (6)

 

ANÁLISE TÁTICA – VILAFRANQUENSE

A equipa orientada por Leandro Monteiro (Filipe Gouveia estava castigado) alinhou com várias substituições em virtude da derrota perante o Casa Pia. Filipe Melo, Idrissa Dioh, Nuno Rodrigues e Belkheir foram as novidades, sendo que os dois últimos foram fundamentais no plano que Filipe Gouveia trouxe para a partida.

Em termos estruturais, o Vilafranquense atuou em 3-4-3, com especial preponderância para criar superioridade numérica nas laterais do CD Trofense e no half space, ou seja, entre o lateral e o central.

Defensivamente, a equipa visitante procurou pressionar alto e condicionar a primeira fase de construção do oponente.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Adriano Facchini (8)

Jules Mendy (5)

Filipe Melo (6)

Gabriel Pereira (6)

Idrissa (6)

Léo Cordeiro (6)

Mike Moura (6)

Léo Bahia (6)

Belkheir (7)

Nuno Rodrigues (7)

Wágner (5)

SUBS UTILIZADOS

Eric Veiga (6)

Fati (7)

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

CD Trofense

BnR: Bom dia mister, considerou que o cerne da derrota esteve no facto da equipa não ter conseguido, principalmente no primeiro tempo, ligar setores com tranquilidade, tendo persistido, secalhar de forma exagerada – não sei se concorda – na bola longa.

Francisco Chaló: “Só não concordo com os passes longos. Gosto da pergunta, porque tem teor técnico. A única diferença é que o passe longo do Vilafraquense «morria» no pé, do jogador do Vilafraquense, com o companheiro na frente, virava-se…e vem de encontro com aquilo que dizia. Hoje os jogadores do Vilafraquense eram todos Maradonas. Porquê? Muita passividade nossa, não entramos no jogo como nós queríamos…E dou o exemplo da nossa bola de saída. Nós nunca tivemos capacidade entrelinhas, recepções, passes, passes longos, movimentações, deslocamentos, exageros no transporte de bola, metemos muito na cabine telefónica, não jogamos de forma coletiva”.

 

Vilafraquense

BnR: Bom dia mister, em que medida sentiu que era importante entrar forte no jogo, como se viu, e se considerou que uma das chaves do jogo persistiu na organização defensiva e no momento de pressionar alto o adversário?

Leandro Monteiro: “É uma das variáveis que foram fundamentais para ser um pilar na naquilo que era a nossa estratégia para o jogo. Sabíamos, de antemão, que o CD Trofense também gosta de pressionar, e que se iria sentir um pouco desconfortável em situações com bola, se fosse pressionado alto, sabíamos disso, preparamos isso, e a equipa interpretou muito bem o guião que tínhamos para este jogo”.

Diogo Silva
Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.

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