Contra todos os prognósticos dos “suprassumos” do futebol português, os Leões continuam em primeiro lugar do campeonato em pleno mês de Janeiro. Se um Sporting CP líder chateia; um Sporting CP líder, unido e a praticar bom futebol torna-se preocupante.
As vozes “papagueantes” ao serviço dos clubes rivais não tardaram em tentar difundir a ideia de que o Sporting CP tem sido beneficiado “como sempre”, como se o clube leonino tivesse sido muitas vezes campeão nas últimas décadas. Não fomos por culpa própria, todavia, a História é pródiga em relembrar-nos que o Sporting CP foi prejudicado nos momentos decisivos de cada campeonato em que foi principal candidato ao título.
Nós, Sportinguistas, estamos bem cientes que há um interesse em destruir ou pelo menos retirar o estatuto de “Grande” ao Sporting CP no sentido de uma bipolarização do futebol português com o FC Porto a norte e SL Benfica no sul. Afinal, é mais vantajoso dividir entre dois clubes as receitas provenientes dos direitos televisivos, das presenças na Liga dos Campeões.
Não é por acaso que, sobretudo após o célebre ataque de Alcochete, se tem tentado incutir no seio dos sócios e adeptos a ideia de que o Sporting CP é uma casa a arder, que não tem espírito vencedor, a sua formação não presta, etc. Felizmente, e para mal de muitos, o Sporting CP foi e é um clube grande com milhares de adeptos espalhados por Portugal e pelo Mundo.
Muito concretamente no que diz respeito à presente época, parece óbvio que o “sistema”, já sem qualquer descaramento, tem feito de tudo para condicionar os leões de Rúben Amorim.
Após a recepção ao FC Porto em Alvalade, o técnico dos Leões afirmou de modo peremptório: “O que me revoltou foi a dualidade de critérios, mas estamos sempre a aprender”.
Ao fim de tantos anos ao serviço de SL Benfica durante os quais nunca viu um cartão vermelho, Rúben Amorim, agora treinador do Sporting CP, está a aprender, como disse, as diferenças de tratamento que os profissionais (desde jogadores a dirigentes desportivos) do Sporting CP sofrem na pele.