É legítimo que haja quem não queira o atual presidente do Sporting CP no comando dos destinos do clube (eu também não o queria lá). Como também é legítimo quem não gostasse do anterior presidente.
O que não entendo é os que, por não gostarem do senhor, venham para os grupos com ofensas gratuitas ao mesmo. Só mostra que não têm uma critica formada, devidamente fundamentada que vá contra o trabalho que a atual direção está a fazer. E o tipo de critica cujo único objetivo é o escárnio mostra apenas um ódio pessoal que ao comum sportinguista pouco interessa. E, aliás, isso só dá mais força ao atual presidente ao torná-lo um mártir desta Guerra comunicacional. Todos sabem o quanto o ser humano gosta de defender os oprimidos. Por isso, acho melhor reformularem a vossa estratégia, se o objetivo for retirar força ao atual líder para futuros atos eleitorais.
Podem vir com a conversa muito batida de que as vitórias disfarçam muitas coisas más. Mas eu pergunto: o que é que interessa aos sportinguistas? – Pois, vitórias. E de que é que se alimenta o clube? – Isso, vitórias. “Ah, mas se não estiver bem financeiramente, de pouco importa ganhar”. E eu pergunto mais uma vez, os patrocínios e os investimentos são angariados com que principal fundamento? Um clube que ganhe, certo? Apesar de não ser o único.
“Sporting reverte medida dos tempos de Bruno de Carvalho”
“Foi em 2013 que o antigo presidente anunciou a retirada do número 12, em homenagem ao público que é visto como o 12.º jogador.”https://t.co/ESOjbSwXC8
— Wui🇵🇹 (@ruiclassic) July 27, 2022
Podemos gostar mais ou menos da forma como o actual presidente iniciou o seu processo de candidatura à liderança do clube, podemos não gostar da sua forma de comunicação, podemos nem ter conhecimentos de coisas que se vão passando nos corredores de Alvalade que outros tenham propriedade para falar, mas a verdade é que o Sporting aparenta estar bem.
Pelo menos não está pior do que os outros, e é esse o indicador com que temos de nos nivelar. Os concorrentes também fazem de nós o que somos, e é observando os seus indicadores que poderemos perceber se estamos bem para o mercado onde competimos e nos rodeia.
Um líder não tem de saber fazer tudo bem, ou ser bom a tudo. Tem é de saber delegar cada tarefa e departamento a quem seja o melhor em cada um dos campos de intervenção. Para já, nisso parece estar a sair-se bem.
Falta saber se ele vai conseguir capitalizar este bom momento do clube para o fazer crescer, ou ao invés, faz o mesmo que os presidentes de 1999/2000 para a frente fizeram. Ou seja, em cima de vitórias veio a quase ruína do clube.
Tirando o episódio que originou a mudança de liderança, eu arrisco a dizer que Bruno e Varandas se complementam e foram importantes com as suas formas antagónicas de liderança associadas aos diferentes momentos que cada um encontrou no clube.
O momento em que Bruno de Carvalho entrou no clube precisava de uma liderança disruptiva, revolucionária. Só assim conseguiríamos fazer a “limpeza” nos contratos e as negociações que conseguimos. Depois disso conseguido, precisaríamos de uma liderança mais “low profile”, sem constantes guerras e mais virada para alianças (das boas, não das de negociatas para prejudicar terceiros). E, para isso, o perfil do Bruno não dava. Teria de vir outro. Veio Varandas e, para já, não está a funcionar mal.
À sua maneira, cada um deles contribuiu para o momento que o clube vive neste momento, e querendo ou não, independentemente de “gostos” e nomes, todos os Sportinguistas têm de concordar que estamos melhor neste tempo de Varandas que em muitos anos anteriores e deveriam estar a aproveitar esta fase deixando de lado ofensas gratuitas mesmo que não gostem de quem está a liderar o clube. Pode não ser o vosso presidente, mas é o vosso clube.
depois do drama bocejo do varandas e não ter andado aos saltos nos festejos do futsal, o proximo drama são as equipas escolhidas para os jogos de pre temporada@diogomlbernardo @bancadadeleao @castrojr76
— Rui” rigaboss” Relvas (@rigaboss2) June 26, 2022
Podem dizer que estas duas personalidades são o oposto uma da outra, mas têm pelo menos uma coisa em comum – O Sporting. E se conseguirmos abstrair-nos de sentimentos negativos por um ou outro facilmente perceberemos que ambos tiveram/têm um papel importante no que o clube é hoje.
Bem sei que é preferível criticar, encontrar os pontos negativos, mas tentem ver os méritos de cada um e chegarão à conclusão de que não faz nenhum sentido a guerra que ainda se mantém entre duas facções dentro do clube que no fundo querem a mesma coisa – O Sporting a ganhar.
