Confesso que é com algum desprazer que escrevo o artigo de hoje. Ainda à boleia da palhaçada (prometo que vou tentar pensar num termo melhor) que se passou na fase de grupos da Taça da Liga, o espaço Bola na Rede tornou-se numa espécie de recreio de escola primária de aldeia remota.
Após um merecido facelift ao design do site (parabéns a quem de direito), engane-se o utilizador que, inocentemente, poderá pensar que alguns artigos publicados recentemente foram colocados na categoria errada. Muito se escreve sobre o Sporting na página do FC Porto, demasiado mesmo. Porquê, não sei. Sei duas coisas…:
Sei que, sendo alguém convidado para escrever uma rubrica sobre o seu clube e esse alguém não ser capaz de arranjar nada para dizer sobre o mesmo, das duas uma: ou algo de muito sério se passa com o clube ou então algo de ainda mais grave se passa com o redactor.
Sei que insultar pessoas que perdem tempo (sim, “perdem” neste caso é o verbo mais correcto) a ler e a comentar aquilo que escrevemos é provavelmente a coisa mais atrasada mental a fazer por alguém que, vá-se lá saber porquê, de repente tem um espaço para expressar a sua opinião, e não é capaz de ler e engolir opiniões diferentes das suas – porque desde que angariemos muitos “likes” podemos ser todos o próximo Luís Freitas Lobo.
As minhas desculpas, em nome do Bola na Rede, ao Henrique Buescu e outros que foram menos bem tratados.
Passando à frente.
Esta semana está interessante no que diz respeito ao mercado. Confirma-se a activação da opção de compra de Fredy Montero, até 2018, por um valor a rondar os dois milhões de euros. Shikabala, Dramé e Matias Perez vêm reforçar os plantéis A e B, os dois primeiros a custo zero e Perez por empréstimo. Falando nos dois primeiros, são atletas reconhecidos como extremamente talentosos mas ambos tiveram problemas disciplinares no passado. Matias Perez, de apenas 20 anos e 1,93m de altura, deu nas vistas campeonato sul-americano de sub-20 e estava a ser seguido por muitos clubes, entre os quais Benfica e Porto. Os três novos Leões têm agora a oportunidade de mostrarem aquilo que valem neste Sporting de cara lavada.
Também esta semana, sopraram-se velinhas de parabéns a Augusto Inácio e Paulinho. Enormes Sportinguistas, enormes profissionais. Os meus enormes Parabéns.
E só uma nota final que merece ficar esclarecida. Eu não sou imparcial. Nunca fui. Nunca o afirmei ser. Nunca quis dar a entender que o fosse. Se eu fosse imparcial e de facto me apresentasse como tal, não só estaria a ser eticamente correcto como também responsável pelas as minhas opiniões. Se eu me apresentasse como imparcial e depois publicamente “cuspisse” nesse próprio termo através das minhas opiniões, então poderia ser correctamente apelidado de hipócrita. E se, de facto, fosse um hipócrita, e alguém me chamasse hipócrita, chamar-me hipócrita não seria um insulto, seria uma observação. Uma das boas, por sinal.