Bem vindo a casa, Nani!

    O regresso do Nani é sem qualquer dúvida uma grande notícia para todos os sportinguistas. Num plantel com mais soluções do que o do ano passado mas em que a qualidade não é muito superior, ter um jogador que possa desbloquear certos jogos é muito importante e com este regresso a casa o plantel fica com esta capacidade.

    Esta contratação pode ser o que faltava para a ligação adeptos/clube. Esta ligação, que se vê cada vez mais, saiu muito reforçada depois de ontem e espera-se que a venda de camisolas do clube aumente – já várias pessoas disseram que era aquilo que faltava para comprarem a Gamebox. Como se pode ver, este negócio será, muito provavelmente, totalmente vantajoso para o nosso clube.

    Se é verdade que perdemos um central razoável, em troca recebemos 20 milhões de euros (apenas 13M para o clube) e Nani. Pessoalmente, esta perda do Rojo não me preocupa muito, pois acredito que temos no plantel quem ocupe a posição com uma qualidade próxima; além disso, não sei se iríamos conseguir valorizar muito mais o jogador, considerando o Mundial que fez. A vinda do Nani é mais importante e compensa a perda de Rojo sem qualquer dúvida, pois como já disse atrás irá render mais dinheiro em vendas de lugares anuais e camisolas do que iria render Rojo, e sem os custos que o argentino teria.

    Aqui temos de agradecer a Bruno de Carvalho, que soube lutar pelos interesses do clube; fosse o presidente anterior e acredito que Nani não viria e talvez o United não pagasse os tais 20M.

    Mais uns golos como este serão bem-vindos; pode começar já no próximo dia 31.

    Mas o que pode fazer Nani no Sporting? Para começar, vai dar a tal imprevisibilidade de que já falei acima – faltava um extremo com estas características, apesar de Carrillo também as ter; o problema é que o peruano é muito inconsistente. Mas Nani pode ainda fazer a posição de 10 – como se viu no primeiro jogo desta época do United -, outra posição que está algo deficitária no plantel, ou seja, com este empréstimo ficamos com um ataque mais forte e com um jogador que pode fazer duas posições debilitadas.

    Indo agora para o actual plantel, o Sporting fica com seis extremos – Nani, Mané, Capel, Carrillo, Heldon e Shikabala –, um número muito grande. Na minha opinião, Capel e Heldon deveriam sair, reduzindo assim este número, que teria sempre no plantel da equipa B uma boa base de recruta (Iuri e Podence, por exemplo) caso fosse preciso. Ficaria assim apenas a faltar um “Jardel” que metesse 42 golos na temporada.

    Para terminar, apenas algumas curiosidades de que me fui lembrando. Nani fez a última temporada na primeira época da Puma como fabricante dos equipamentos; regressa agora na primeira temporada da Macron. As cores dos equipamentos são iguais nos dois casos – principal riscado de verde e branco, alternativo verde e amarelo, e a Stromp – apesar de este ano termos um quarto equipamento para a UEFA todo verde. Estas duas temporadas seguem-se ainda à realização de um Mundial. Ambos foram ganhos por países europeus (2006 Itália e 2014 Alemanha), sendo que em ambos os casos estes países venceram o seu quarto mundial.

    Nani, sê bem-vindo neste teu regresso a casa!

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    Rodrigo Fernandes
    Rodrigo Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    O Rodrigo adora desporto desde que se lembra de ser gente. Do Futebol às modalidades ditas amadoras são poucos os desportos de que não gosta. Ele escreve principalmente sobre modalidades, por considerar que merecem ter mais voz. Os Jogos Olímpicos, por ele, eram todos os anos.                                                                                                                                                 O Rodrigo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.