A CRÓNICA: SUPERIORIDADE LEONINA NÃO FOI SUFICIENTE PARA O “BIS” DE BRUNO LOURENÇO
Os axadrezados receberam os leões no Estádio do Bessa para a sétima jornada. Apesar da boa fase do Boavista, o Sporting, depois de uma entrada adormecida no campeonato, teve boas exibições nos últimos encontros que fizeram afiar os dentes do leão, o que não ia permitir que as panteras corressem livremente em prado aberto.
Início da partida e rédeas tomadas pelos leões. A largura e a boa pressão foram fatores importantes que colocaram a equipa verde e branca em superioridade no jogo. Apesar de ter sido o Sporting a ascender mais vezes e com mais perigo no terreno, foi o Boavista a fazer o primeiro remate com algum perigo aos 12 minutos. Originado pelos pés de Bozenik, o remate foi parar às mãos de Adán.
A constante ascensão leonina podia ter mesmo ditado a vantagem, mas o golo do Sporting foi anulado pelo VAR. O Boavista não cresceu muito no terreno, mas o aviso ficou feito por Bruno Lourenço à passagem do minuto 28, com um remate à barra na cara do guarda-redes espanhol. Se o ascendente leonino não desfazia o nulo, o mérito foi da defesa axadrezada, que teve sob controlo as garras afiadas do leão.
Se o Sporting não aproveitou as oportunidades, as panteras apanharam o Sporting em contrapé e aproveitaram para desfazer o nulo com um remate de Bruno Lourenço que podia agradar às galerias de arte.
Voltados do descanso, os leões subiram ao relvado com fome de sair da cidade invicta com outro resultado. Se Nuno Santos queria mais depois de enviar a bola ao poste, a sua assistência para o golo de Marcus Edwards fala por si. Um cruzamento de “letra” viajou até à cabeça do jovem inglês que cabeceou para o fundo das redes e fez encantar a vibrante mancha verde presente.
Mais uma vez apanhado em contrapé, o Sporting penou, com Ricardo Esgaio a cometer penálti sobre Martim Tavares. O homem do primeiro golo, Bruno Lourenço, não cedeu e levou novamente os axadrezados para a frente do marcador.
Já num ambiente liderado pelos adeptos da casa, o Boavista soube sofrer até ao último suspiro e conseguiu mesmo vencer o Sporting. Os axadrezados continuam num ótimo momento na época e ocupam agora o quarto lugar.
A FIGURA
Bruno Lourenço – O atacante foi o homem que marcou os dois golos do Boavista que conduziram à vitória dos axadrezados. Ainda teve uma oportunidade que podia ter originado golo aos 28 minutos, mas enviou a bola à barra. Perante a superioridade leonina, Bruno Lourenço foi quem permitiu que os três pontos ficassem na cidade do Porto.
O FORA DE JOGO
Ricardo Esgaio – O defesa dos leões entrou para o lugar de Coates e, para além de não ter nenhum momento extraordinário, cometeu falta sobre Martim Tavares dentro da grande área, lance que deu origem ao golo de Bruno Lourenço que deu a vitória aos axadrezados.
ANÁLISE TÁTICA – BOAVISTA FC
“Equipa que ganha não mexe”. Petit avançou para a partida frente aos leões com o mesmo 11 que usou na vitória em Arouca e o mesmo sistema tático: 3-4-3. No momento ofensivo, a linha defensiva era composta por Cannon, Sasso e Rodrigo Abascal, mas nas transições defensivas Malheiro e Bruno Onyemaechi juntavam-se para criar uma linha de cinco homens. Pressionados constantemente pelos axadrezados, a turma de Petit foi muito compacta a defender o que dificultou as transições defensivas muitas vezes criadas. Nos momentos ofensivos, o Boavista soube ser inteligente e apanhou o Sporting em contrapé, o que acabou por resultar na vitória da turma de Petit.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
César (6)
Cannon (7)
Sasso (6)
Rodrigo Abascal (5)
Malheiro (6)
Sebastian Perez (6)
Makouta (6)
Bruno Onyemaechi (5)
Bruno Lourenço (9)
Bozenik (7)
Gorré (6)
SUBS UTILIZADOS
Salvador Agra (6)
Mangas (6)
Martim Tavares (6)
Ibrahima (-)
Robson Reis (-)
ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP
A turma de Rúben Amorim alinhou com o sistema tático 3-4-3 com estratégias muito ofensivas e dinâmicas. A utilização da largura do sistema tático, através de Pedro Porro e Nuno Santos, permitiu ao Sporting ascender bastantes vezes no terreno e ameaçar a baliza de César. Sem bola, os leões exerceram uma boa pressão que, em vários momentos, não permitia ao Boavista sair do seu meio-campo.
Em alguns momentos, os verdes e brancos foram apanhados em contrapé, como foi o caso do ataque que deu origem ao golo de Bruno Lourenço quase em cima do intervalo, e o lance que levou ao penálti e ao segundo golo do Boavista.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Adán (6)
Gonçalo Inácio (5)
Coates (6)
Matheus Reis (7)
Pedro Porro (6)
Morita (7)
Ugarte (6)
Nuno Santos (8)
Trincão (6)
Edwards (8)
Pedro Gonçalves (6)
SUBS UTILIZADOS
Ricardo Esgaio (3)
Paulinho (5)
Arthur Gomes (5)
Rochinha (-)