FC Paços de Ferreira 0-2 Sporting CP: Santa bola parada

    A CRÓNICA: PARA QUANDO UM SPORTING CP AIRLINES?

    O Sporting CP deslocou-se a Paços de Ferreira e venceu por 0-2, numa partida que sublinhou, mais uma vez, a importância da bola parada no jogo leonino.

    Com este resultado os leões ascendem ao primeiro posto da tabela – a par de FC Porto -, enquanto os pacenses permanecem no 10º lugar da classificativa.

    Os primeiros 45 minutos narraram uma autêntica batalha entre ambas as equipas.

    O Sporting CP, com alguma naturalidade, assumiu cedo as rédeas da partida e também cedo podia ter chegado ao golo, sendo que no primeiro quarto de hora, André Ferreira foi obrigado a duas (boas) internvenções. Coates e Esgaio, após duas bolas paradas, foram os homens responsáveis pelas melhores oportunidades dos forasteiros no primeiro tempo.

    Do lado pacense, que meia hora fantástica! Jorge Simão tinha a lição estudada. Seja no momento sem bola, ou com ela, os jogadores demonstraram um entendimento exímio daquilo que tinham que trabalhar.

    De sublinhar o trabalho do meio campo pacense, que definiu com rigor os timings, seja para pressionar alto, ou então para recuar e encurtar espaço ao ataque leonino.

    Pedro Gonçalves e Sarabia – homens de referência na criação de jogo leonino – foram muito bem tapados, ao passo que ambos tiveram muitas dificuldades em receber entrelinhas e para, consequentemente, virar-se de frente para o jogo. Tudo a zeros ao intervalo.

    Segunda parte, e que reação por parte dos leões. Já se sabe que as bolas paradas – na era de Rúben Amorim – valem ouro, e assim surgiu o primeiro do jogo. Sarabia no canto, Coates de cabeça assiste Inácio, e o central luso encostou para o primeiro da partida. 0-1 para o Sporting CP ao minuto 47!

    Na resposta, os castores procuraram ter mais bola e maior presença no último terço. Contudo, e já com Pedro Gonçalves mais ‘ligado à corrente’, o Sporting CP voltou a marcar, através do «suspeito do costume»: Pote. 0-2 para os leões.

    Até final, o FC Paços Ferreira fez várias aproximações à baliza de Adán, ainda que nenhuma tenha alarmado a forte defensiva leonina, ao passo que, deste modo, o marcador não sofreu quaisquer alterações.

    A FIGURA

    Sebastián Coates João Palhinha Léo Andrade
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Coates – Comprometido defensivamente – ganhou seis dos sete duelos que disputou – acabou por, mais uma vez, ser também decisivo do ponto de vista ofensivo. Desta feita, assistiu Gonçalo Inácio para o golo que desbloqueou a partida.

     

    O FORA DE JOGO

    Sarabia
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Sarabia – Dos jogos mais apagados do internacional espanhol até ao momento. Muitas más decisões no último terço, e alguma incapacidade para encarar a defensiva pacense. Paulinho foi outro elemento leonino que se destacou pela negativa, e pela inoperância ofensiva.

     

    ANÁLISE TÁTICA – PAÇOS DE FERREIRA

    A equipa orientada por Jorge Simão alinhou no seu habitual 4-3-3, que acabou por se transformar num 4-1-4-1 em organização defensiva, com João Pedro como referência na pressão ao portador da bola pacense.

    Compactos na defesa – um meio campo que raramente concedia espaço aos médios do Sporting CP para ligar jogo – a equipa do FC Paços de Ferreira caracterizou-se, também, pela capacidade de, em jogo posicional ofensivo, conseguir ligar setores, com Eustáquio e Nuno Santos preponderantes nesta fase do jogo, e com os alas – bem abertos – sempre predispostos a receber e encarar o 1×1.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    André Ferreira (7)

    Jorge Silva (5)

    Flávio Ramos (6)

    Maracás (6)

    Antunes (6)

    Luiz Carlos (6)

    Eustáquio (7)

    Nuno Santos (6)

    Juan Delgado (6)

    Lucas Silva (5)

    João Pedro (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Hélder Ferreira (6)

    Uilton (5)

    Denilson Jr. (5)

    Ibrahim (5)

    Fernando Fonseca (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    O Sporting CP apresentou-se num 3-4-3 com duas alterações em relação ao jogo da Champions League. Esgaio e Nuno Santos assumiram as alas, e Matheus Reis regressou à posição já conhecida no modelo de Rúben Amorim (terceiro central na esquerda).

    Ora, com algumas dificuldades a ligar o jogo pela zona central do terreno, a equipa leonina procurou atrair os meio-campistas do FC Paços de Ferreira, para depois girar e explorar o jogo exterior. Algo notório na primeira parte, sendo que as principais oportunidades ou foram criadas por Nuno Santos, ou concretizadas por Ricardo Esgaio.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Adán (7)

    Esgaio (6)

    Coates (8)

    Gonçalo Inácio (7)

    Matheus Reis (5)

    Nuno Santos (6)

    Matheus Nunes (6)

    Palhinha (6)

    Sarabia (4)

    Pedro Gonçalves (7)

    Paulinho (3)

    SUBS UTILIZADOS

    Daniel Bragança (6)

    Tabata (5)

    Jovane (6)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Paços de Ferreira

    BnR: Boa noite mister, sentiu que um dos principais pontos positivos que retira do jogo passou pela capacidade da equipa, principalmente no primeiro tempo, de conseguir estancar a zona central do terreno, e de encurtar o espaço aos principais criadores do Sporting CP?

    Jorge Simão: “Sem dúvida, havia dois pontos fundamentais na minha ideia de preparação para este jogo. Passava principalmente por ser bastante pressioanante em dois momentos: no pontapé de baliza do Sporting CP e na organização ofensiva deles, naquela construção a três, e fazer uma pressão alta com os nossos extremos a saltar nos centrais de fora para dentro para condicionar o jogo por dentro. Na primeira parte conseguimos fazer com algum sucesso, na segunda parte aconteceu mais isto quando estivemos a perder por 0-2.”

    Sporting CP

    Não foi possível realizar qualquer questão a Rúben Amorim

    Foto de capa: Liga Portugal

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.