Sporting CP 1-0 Vitória SC: Coates air-lines faça chuva ou faça sol

    A CRÓNICA: VITÓRIA? SÓ DO SPORTING

    Com tempestade na capital, O Sporting CP recebeu e venceu o Vitória SC por 1-0. O habitual Coates fez o único golo do encontro.

    Numa primeira decidida à lei da bola parada, foi o Sporting CP que criou a primeira ocasião. Pedro Gonçalves surgiu completamente solto na grande área, mas a mancha de Bruno Varela evitou o primeiro para os leões.

    No entanto, foi em pouco mais de 20 segundos que o Vitória SC também quis mostrar serviço em Alvalade. Na sequência de um livre lateral, a bola acabou por sobrar para Händel que, de meia distância, obrigou Adán à intervenção da noite.

    Foi aí que o Sporting CP despertou definitivamente, mas desta vez era a lei do fora de jogo que impedia o primeiro do encontro. Pedro Gonçalves introduziu a bola dentro da baliza, mas Pablo Saravia estava em posição irregular.

    Só a Coates é que ninguém conseguiu invalidar o golo. 1-0 para os leões aos 31 minutos na sequência de um canto.

    Antes do intervalo, destaque ainda para mais um golo anulado, desta vez a Pablo Sarabia.

    A segunda parte acabou por ser bem diferente da primeira, em que o Sporting CP entrou a dominar o jogo, mas acabou mais fechado a conter o suspiro final da equipa vitoriana.

    Logo aos 46 minutos, Matheus Nunes não conseguiu aproveitar uma falha tremenda da defesa adversária. O resultado mantinha-se no 1-0 e os defesas do Vitória SC não tinham regressado do balneário.

    A defesa facilitava, mas o ataque mostrava estar bem vivo. O recém-entrado André Almeida tentou o golo, mas a bola acabou por não sair enquadrada das redes de Adán.

    Paulinho respondeu, no entanto a bola voltava a passar longe das balizas.

    A entrada de Quaresma procurou agitar o jogo, mas o resultado não se alterou e o Sporting CP conseguiu colar-se ao FC Porto no topo da tabela classificativa.

     

    A FIGURA

    Sporting x Vitória
    Fonte: Sebastião Rôxo / Bola na Rede

    Coates – Já não há palavras que descrevam este central com números de ponta de lança. Mais um jogo e mais um golo decisivo de Coates. Um verdadeiro líder em campo e nas bolas paradas que começa a “habituar mal” os adeptos do Sporting CP.

     

    O FORA DE JOGO

    Sporting x Vitória
    Fonte: Sebastião Rôxo / Bola na Rede

    Bruno Duarte – De um jogo para o outro, Bruno Duarte foi do céu ao inferno. Frente ao SL Benfica, assumiu o papel de salvador do Vitória SC na permanência da Taça da Liga e frente ao Sporting CP passou completamente despercebido do jogo. Há dias assim…

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    O Sporting CP apresentou-se num 3-4-3 com Matheus Reis a assumir a posição de lateral esquerdo em vez de Nuno Santos, o que pode ter significado um cuidado defensivo face a Marcus Edwards. Matheus Nunes voltou a formar dupla com João Palhinha e Pablo Saraiva era o extremo que dava a maior profundidade no corredor esquerdo, principalmente na primeira parte. Na segunda parte, vimos Paulinho a aparecer mais no jogo, e os constantes movimentos de profundidade de Sarabia (duas vezes anulados por posição irregular) deixaram de acontecer. As substituições acabaram por não alterar a ideia base imprimida por Rúben Amorim nesta vitória.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Adán (5)

    Feddal (6)

    Coates (8)

    Gonçalo Inácio (6)

    Matheus Reis (5)

    Palhinha (5)

    Matheus Nunes (7)

    Pedro Porro (6)

    Sarabia (7)

    Pedro Gonçalves (5)

    Paulinho (3)

    SUBS UTILIZADOS

    Nuno Santos (5)

    Ugarte (4)

    Ricardo Esgaio   (-)

    Tabata (-)

    Daniel Bragança (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – VITÓRIA SC

    A equipa de Pepa apresentou-se num 4-3-3 com Handel a baixar muito entre os centrais e João Ferreira como lateral mais defensivo. Na segunda parte, a equipa conseguiu duas vezes a linha de fora de jogo e anulou dois golos ao sporting na zona esquerda defensiva.

    Marcus Edwards também apresentou algum condicionamento no corredor direito e foi forçado a vir para terrenos interiores ou para o lado esquerdo (depois da entrada de Quaresma). Em termos gerais, não foi uma equipa focada somente em transições, sendo que Bruno Duarte acabou por ser um homem muito desapoiado na linha de ataque.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Bruno Varela (5)

    João Ferreira (4)

    Borevković (5)

    Mumin (5)

    Helder Sá (5)

    Tiago Silva (4)

    Händel (6)

    André André (4)

    Marcus Edwards (6)

    Rochinha (4)

    Bruno Duarte (3)

    SUBS UTILIZADOS

    Estupiñán(4)

    André Almeida (4)

    Quaresma (5)

    Nicolas Janvier (-)

    Sacko (-)

     

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Sporting CP

    BnR: Hoje vimos Pablo Sarabia a dar a maior profundidade no corredor esquerdo na primeira parte, zona onde o Vitória SC apresentou um lateral mais defensivo como João Ferreira, mas foi nessa zona que dois golos do sporting acabaram por ser anulados. Acredita que a forma como o Paulinho se movimentou na segunda parte (mais ativo e a aparecer no corredor esquerdo) ajudou a colmatar essa falha?

    Rúben Amorim: Não lhe chamaria falha, nós temos movimentações e a equipa trabalha de uma certa maneira. O Pablo também é um jogador inteligente, caiu nas costas entre o lateral e o central, teve fora de jogo por centímetros, mas fez um bom trabalho. É um jogo completamente diferente do que ele estava habituado. Tem de pressionar e trabalhar muito, fazer ruturas. Quando não está lá um, vai lá o Paulinho preencher esse espaço. É continuar a trabalhar que estamos numa boa evolução.

    Vitória SC

    Bola na Rede: Hoje vimos algumas novidades no onze como Handel e João Ferreira, sendo que Handel apareceu muitas vezes a baixar entre os centrais, e João Ferreira como lateral mais defensivo a fechar o corredor direito. Curiosamente foi nessa zona do terreno que o Vitória conseguiu duas vezes a linha de fora de jogo e anulou dois golos ao sporting. Tudo isto foi uma estratégia, que acabou por não resultar tendo em conta as diferentes soluções do Sporting?

    Pepa: É o risco que corremos de jogar subido e alguns fora-de-jogo foram marcados depois, isso causa algum desconforto na nossa linha defensiva. Ao retirarmos espaço na profundidade também abrimos espaço entrelinhas e há ali um momento em que precisamos de ter coragem para aguentar. Sabíamos os riscos que íamos correr. Neste jogo ou baixamos tudo e tiramos a profundidade, mas nós não somos assim, só se nos empurrarem.

     

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    João Castro
    João Castrohttp://www.bolanarede.pt
    O João estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. A sua grande paixão é sem dúvida o jornalismo desportivo, sendo que para ele tudo o que seja um bom jogo de futebol é bem-vindo. Pode-se dizer que esta sua paixão surgiu desde que começou a perceber que o mundo do futebol é muito mais que uma bola a passear na relva.