Há VAR e VAR – Há marcar e não marcar

    Sou pela verdade desportiva. Que isso fique claro! Sou pelo VAR utilizado em todos os jogos e em todas as competições. Agora têm que rapidamente se definir as regras de utilização e critérios dos mesmos, e aplicar-se igualmente em todos os terrenos de jogo. O clima de suspeição que se está a gerar à volta do Video-Árbitro não é bom para os profissionais da arbitragem, não é bom para os adeptos que ficam com os nervos em franja e sempre inseguros sobre este sistema, e não é bom para os jogadores que veem o ritmo de jogo quebrado e perdem a frieza necessária para o jogo.

    Estes volte-faces constantes nas decisões e nos golos enervam e dão uma instabilidade tremenda. É necessário rapidamente se juntarem os intervenientes no processo e limar arestas sobre o mesmo. É necessário que não existam “apagões ou falhas”, que bandeiras não interrompam a vista do mesmo e que em dois campos diferentes não existam dois pesos e duas medidas.

    Há ainda um longo caminho a percorrer para colocar o sistema no ponto ideal, mas agora, para a credibilidade do futebol português, é necessário existirem algumas reuniões pedagógicas para explicar como isto funciona. No campeonato inglês, um jogador era constantemente expulso pela arbitragem e o Conselho de arbitragem inglesa reuniu-se com a equipa, com o jogador e com os árbitros envolvidos e, pedagogicamente, percebeu-se que as decisões estavam bem tomadas, o jogador tinha era um péssimo tempo de entrada (ainda não estava habituado ao ritmo frenético do campeonato inglês) e foi aconselhado a rever e a treinar isso. Até ao final da época não teve mais nenhuma expulsão. Em Portugal isto seria impensável! Mas é este o caminho certo! Não ganhar com falsidade e tentar tornar o nosso campeonato mais competitivo e “espectacular”!

    No Sporting-Feirense, o VAR teve a capacidade de enerVAR todos os adeptos presentes no Estádio de Alvalade
    Fonte: www.osangueleonino.blogspot.com

    O que se passa agora é que a dúvida sobre o Video-Árbitro é demasiado grande para que ele possa fazer o seu trabalho.

    Um Vídeo-Árbitro eficaz tem um nível de 98,9% de exatidão das decisões e o seu tempo médio de revisão anda na casa dos vinte segundos. Ainda longe está Portugal destes valores. Nas primeiras dezassete jornadas, em 41 “casos”, 28 decisões repuseram a verdade desportiva.

    Neste momento, os quatro momentos protocolados para a utilização do VAR são: golos, lances de penálti, cartões vermelhos e casos de identidade trocada, ainda têm um longo caminho a percorrer até serem perfeitamente entendidos por todos os intervenientes no processo.

    No último jogo no Dragão, o VAR não esteve bem. E não há que ter medo de o dizer… EnerVAR, foi a palavra de ordem. Se numa altura em que só a vitória fosse possível para uma equipa e um penaálti não fosse assinalado… o que iria ser escrito e dito quer pela comunicação social ou pelos nossos rivais?

    Foto de Capa: http://refereetip.blogspot.pt

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    Pedro Miguel Silva
    Pedro Miguel Silvahttp://www.bolanarede.pt
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