A justiça em Portugal é bastante tardia, quando chega a existir. Bem sei que não é apenas no desporto, mas neste caso vamos apenas falar da justiça desportiva. E, neste ponto específico, impunidade está indelevelmente associado a Sport Lisboa e Benfica.
Impunidade, em bom português, significa Falta de castigo devido ou Tolerância de crimes/desaforos. Ora, é isto que se tem passado nos tempos mais recentes com vários jogadores do Benfica, não só do futebol. Eliseu, Pizzi e Bruno Coelho serão temas abordados nas próximas linhas.
Começando pelo futsal, Bruno Coelho ficou famoso nestas andanças quando esteve envolvido num incidente com Miguel Albuquerque, diretor de futsal do Sporting, em junho de 2016. O jogador do Benfica foi punido com um jogo de suspensão, enquanto o dirigente leonino apanhou 16 meses de suspensão. Mais recentemente, nesta pré-epoca, Bruno Coelho, que gosta muito da arte da “cacetada”, arte que deve ter aprendido com o mestre Gonçalo Alves, deu mais um ar da sua graça. Num jogo de preparação, agrediu um jogador da equipa do Burinhosa, com uma cotovelada na nuca, sem a bola estar presente no lance. Felizmente foi expulso, vamos aguardar agora pelo castigo, se existir. O facto de ter havido uma expulsão já é um upgrade em relação a tempos passados, como os míticos jogos onde Gonçalo Alves jogava mais com os cotovelos do que com os pés.
O primeiro jogo da época de futsal, a Supertaça entre Sporting e Benfica, disputar-se-á no próximo domingo. Veremos se Bruno Coelho, o novo capitão “encarnado” estará castigado ou se ficará, uma vez mais, impune. É bom recordar que Bruno Coelho herdou a braçadeira de capitão de Gonçalo Alves. Passa sempre entre jogadores do mesmo estilo. Afinal, a arte de bem “cotovelar” é muito prezada para os lados da Luz.