Aproxima-se, a passos largos e a um ritmo vertiginoso, o dérbi de 22 de abril entre o Sporting Clube de Portugal e o Sport Lisboa e Benfica. Um jogo de paixão exacerbada, de nervos à flor da pele e arrebatador do ponto de vista emocional.
É o dia em que, ao acordar, o pensamento não está no trabalho que está por fazer ou no despertador que está por desligar, mas está na camisola que está por vestir, no cachecol que está por colocar ao pescoço e no leão que vamos envergar ao peito com todo o orgulho e toda a paixão. É aquele dia em que tudo fica para trás em prol do clube e em prol da vitória.
O dia no trabalho não será produtivo, pois o pensamento, invariavelmente, estará no jogo. Estará nas opções que achamos que o treinador deve tomar, nos amigos com quem vamos ver o jogo, na redondinha que sonhamos ver entrar na baliza do adversário ou na letra do “Mundo Sabe Que”, que vamos entoar a plenos pulmões de cachecol bem erguido. O dérbi entre o Sporting e o Benfica é o jogo de futebol por excelência em Portugal. É aquele jogo que, em caso de derrota, torna o dia seguinte num inferno pelo gozo dos amigos ou colegas de trabalho ou que, em caso de vitória, torna o dia seguinte num paraíso em que vamos de peito feito gozar com essas mesmas pessoas, apenas satisfeitos pela vitória do nosso clube.
E quem são as pessoas mais importantes para realizar este desejo dos adeptos? O treinador e os jogadores. Quanto a Jorge Jesus, espero que tome as melhores decisões possíveis. Prefiro ver Paulo Oliveira a Ruben Semedo, prefiro Jefferson a lateral esquerdo em relação a Bruno César, mas o treinador é que sabe. Espero que voltemos a ver um Jorge Jesus hiperativo no banco, com berros para toda a gente e a toda a hora. Esse é o melhor JJ, o treinador que mexe com a cabeça dos jogadores e com os nervos de toda a gente no estádio.