O que poderão fazer os “reforços” de Inverno?

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    Com a chegada de Janeiro, chega também o tão aguardado mercado de Inverno, onde as equipas fazem contratações cirúrgicas com vista a melhorar os pontos fracos de cada setor. Este ano, com o Sporting arredado de três dos seus objetivos e com o quarto objetivo praticamente hipotecado, o presidente Bruno de Carvalho afirmou que o clube faria regressar jovens jogadores que tinham dado nas vistas na primeira volta do campeonato, ao serviço de outros clubes da primeira liga onde estavam por empréstimo. Esta promoção e mudança de política de contratações deve-se ao facto de nomes como Markovic, André ou Elias terem significado um grande esforço financeiro, ao mesmo tempo que se revelaram uma grande desilusão. Francisco Geraldes, André Geraldes, Ryan Gauld, Daniel Podence e João Palhinha são os “retornados” que trazem na bagagem o sonho de se estrearem na equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal. O mote para a próxima época está lançado, mas afinal de contas o que serão capazes de fazer estes “meninos” no que resta desta época?

    O jovem Francisco Geraldes é o novo “menino bonito” da formação de Alvalade e há até quem já o apelide de “futuro capitão”. Depois da bestial campanha que fez no Moreirense na primeira fase da época, as expectativas de sócios e adeptos estão especialmente altas, sobretudo se tivermos em conta que chegou para ser a principal alternativa ao elemento mais influente da equipa, Adrien Silva. Com a saída de Elias, Geraldes vai focar para si todas as atenções quando o capitão leonino não estiver disponível, algo que esta época já foi uma grande dor de cabeça que se refletiu (e muito) no rendimento da equipa. Por isso mesmo, é essencial que o jovem português coloque ao serviço do coletivo todas as suas qualidades, de onde se destacam a visão de jogo (muito) acima da média, a capacidade combativa e a forma como lê o jogo e o estagna ou acelera conforme as necessidades. É certo que tem em si todos os ingredientes para ser um jogador muito influente a médio e longo prazo na equipa sportinguista. Agora resta-nos esperar que a sua evolução seja positiva e que Jorge Jesus consiga lapidar da melhor forma este diamante em bruto.

    Francisco Geraldes e Daniel Podence rumaram ao Moreirense e regressaram a ‘casa’ juntos depois de fazerem história no clube de Moreira de Cónegos Fonte: Instagram de Francisco Geraldes
    Francisco Geraldes e Daniel Podence rumaram ao Moreirense e regressaram a ‘casa’ juntos, depois de fazerem história no clube de Moreira de Cónegos
    Fonte: Instagram de Francisco Geraldes

    Quem também acompanhou Geraldes no seu regresso a Alvalade foi Daniel Podence. Apesar de ter deixado boas referências na pré-época, a opção final foi a de o emprestar ao Moreirense para ganhar experiência e ritmo competitivo. As boas exibições e a importância que teve no processo ofensivo da equipa de Augusto Inácio levaram a que o seu passaporte de regresso chegasse mais cedo que o previsto. Podence pode jogar a extremo (e é aí que está habituado a jogar) mas também tem qualidade para jogar como segundo avançado. Esta época essa tem sido uma das posições mais carenciadas, tanto que por ela já passaram várias jogadores “à experiência”. Por isso mesmo, em caso de não haver Bryan Ruiz, que tem sido o “bombeiro de serviço” para essa posição, é sempre possível utilizar o jogador português. Contudo, a falta de rendimento de Markovic (que entretanto abandonou o clube) e a inconstância de Joel Campbell levaram a que fosse obrigatório encontrar uma solução que servisse os interesses da equipa mas que também significasse concorrência para Gelson Martins. A sua capacidade desequilibradora (fruto da velocidade que imprime ao jogo) é a sua principal arma e, apesar de ainda ter pontos que precisam de ser trabalhados, se a sua evolução for boa, poderá vir a ser uma pedra no sapato das defesas adversárias.

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    Cláudia Figueiredo
    Cláudia Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    Sportinguista devota desde que se conhece, o futebol é o seu desporto de eleição. Quando jogava, era médio-ofensivo de posição, mas agora prefere a bancada. A menos, é claro, que a convidem para uma peladinha entre amigos.                                                                                                                                                 A Cláudia escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.