Todos estamos a conviver com o vírus de forma diferente. Uns muito preocupados na proteção de si e dos seus, levando alguns ao limite de preferirem privar-se de visitar os seus entes queridos durante meses a fio apenas com o intuito de os proteger. Já outros consideram que isto é um exagero, uma farsa vendida pela comunicação social.
Todos terão as suas razões, umas mais plausíveis que outras, mas a verdade é que, acreditemos ou não, o vírus mudou os nossos comportamentos, a forma de convivermos em sociedade.
Consequentemente também o futebol foi afectado, tendo agora de sobreviver sem público nos estádios e a incerteza de a qualquer momento verem o próximo jogo adiado.
O Sporting CP, por não lhe ser possível isolar-se do mundo, está a sofrer as consequências destes novos tempos, e como não poderia deixar de ser, é uma das equipas mais afectadas com atletas infectados. Digo isto, porque o clube de Alvalade vive sob o jugo do cúmulo da lei de Murphy. Ou seja, Quando tem que correr algo mal, corre, e no pior momento possível.
A meu ver, nestas condições, não deveria ser permitido disputar-se o campeonato, porque neste momento estamos na incerteza de que haja um próximo jogo, se teremos jogadores para o disputar ou mesmo se conseguiremos terminar o campeonato.
E isso existe porque quem governa não tem a coragem de tomar uma atitude definitiva e então permite que se jogue para satisfazer os patrocinadores, porque a “economia” não pode parar, mas sobrecarregam o futebol de restrições para querer mostrar que estão preocupados com a saúde dos contribuintes. O problema é que é difícil agradar a Deus e o Diabo ao mesmo tempo, pelo que mais tarde ou mais cedo terão que decidir que o futebol, como outros espectáculos de entretenimento, terá o público de volta às bancadas. Porque o vírus não vai desaparecer, e a tendência não é melhorar, pelo menos nos próximos meses.
O Sporting CP já teve um dos seus jogos adiado pelo facto de ter atletas infectados pelo vírus e isso continuará a acontecer. Ou melhor, só não acontecerá se não testarem os jogadores ou mentirem quanto aos resultados dos testes. Ou podem isolar os jogadores em retiros e estágios. (e mesmo assim, sempre haverá movimentação de pessoas, nem que seja a senhora da limpeza, o cozinheiro, etc…)
Para se perceber que nada disto faz sentido, vemos pessoas no banco de suplentes, bancadas com máscaras, vemos jogadores a cumprimentar-se com cotoveladas (já antes o faziam durante os jogos mas com outro intuito), mas depois vemos atletas a chocar uns contra os outros, a respeitarem ofegantes para cima do adversários, a festejarem golos todos abraçados. Podem dizer que pode ser apenas para ilustrar a responsabilidade de cada um se proteger, mas então a outra parte mostra o quê?