Anteriormente ao abandono da “medianiazinha” que cercava o futebol português, eu já sentia saudades. A pandemia limitou-se – apenas – a despejar um litro de mercúrio em cima de uma ferida, sem aviso prévio. No fundo, em Portugal, a modalidade apresenta síndromes do sketch dos Gato Fedorento que se digna a descrever o quotidiano de um calceteiro: o Sporting Clube de Portugal, por mais que calcete – é assim que se escreve, não é? – nunca ganha.
– “E um dia, prestes a chegar o Natal, o que acontece? Nada de especial, o Sporting CP está fora da luta pelo título. Uma medianiazinha, uma medianiazinha…”
– “E um dia, prestes a chegar ao Natal, o que acontece? Nada de especial, o Sporting CP está fora da luta pelo título. Uma medianiazinha, uma medianiazinha…”
– “E um dia, prestes a chegar a Páscoa, o que acontece? Nada de especial, o Sporting CP está fora da luta pelo título. Uma medianiazinha, uma medianiazinha…”
A conclusão está na cabeça do leitor, não vou bater mais no ceguinho.
Com o mister Jorge Jesus – masque corretamente a pastilha elástica – nada se alterou no que à dilaceração vencedora disse respeito. Contudo, e principalmente no reduto do adepto jovem, cresceu uma modorra de ilusão, uma sensação que possivelmente só aos revolucionários da estirpe de Soares ou Cunhal (entre tantos outros) pertenceu e um cheirinho a arrufo no esquema social e nos códigos que o regem à semelhança do legado deixado, por exemplo, pela Beat Generation.
De forma a combater ou ludibriar as saudades que sente desses tempos que pareciam sentenciar-se com felicidade, são descritos cinco jogos característicos da Era de JJ:
Romão Rodrigues
Romão Rodrigues
Em primeira mão, a informação que considera útil: cruza pensamentos, cabeceia análises sobre futebol e tenta marcar opiniões sobre o universo que o rege. Depois, o que considera acessório: Romão Rodrigues, estudante universitário e apaixonado pelas Letras. O Romão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
Romão Rodrigues
Romão Rodrigues
Em primeira mão, a informação que considera útil: cruza pensamentos, cabeceia análises sobre futebol e tenta marcar opiniões sobre o universo que o rege. Depois, o que considera acessório: Romão Rodrigues, estudante universitário e apaixonado pelas Letras. O Romão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.