Para a posição de Slimani, penso que o campeonato português teve, na época passada, dois bons jogadores: Hassan, que se mantém no SC Braga mas deve ser inatingível financeiramente, devido às exigências de António Salvador, e Léo Bonatini, que já saiu do Estoril para o Al-Hilal, da Arábia Saudita. O brasileiro seria o meu preferido; é realmente uma lástima que tenha escolhido ir já para o futebol asiático, pois encaixaria que nem uma luva nos “verdes e brancos”. Procurando no estrangeiro, o ideal seria um negócio igual ao de Slimani: contratar um jogador desconhecido por 300 mil euros, e fazê-lo crescer no clube para retirar dividendos desportivos e financeiros. Contudo, como isso é um cenário idílico, temos de nos preparar para outros menos fantasistas e mais reais. Como eu também não acredito na vinda de “trutas” como Mario Gómez ou Robin Van Persie, penso que as opções teriam de ser outras.
Os nomes que eu vou apresentar são bastante diversificados; jogadores em diferentes fases da carreira, com diferentes idades e níveis de experiência, e com algumas características diferentes entre si. Na Grécia moram três deles, um dos quais é Dimitar Berbatov, que já passou por Manchester United, Bayer Leverkusen e Monaco, e está a jogar no PAOK Salónica, um clube que vai atuar na Liga Europa. O apelo da Champions, numa equipa que vai lutar pelo título nacional, poderia ser aliciante para um goleador nato como (ainda) é o búlgaro. E, tendo em conta o histórico dos búlgaros em Alvalade (retirando Bojinov desta equação), penso que Berbatov seria uma opção muito boa.
Athanasiadis, grego de 27 anos e colega de Berbatov no PAOK, leva cinco anos seguidos acima dos 15 golos pelo seu clube, e seria um jogador capaz de dar garantias no momento de render Slimani.
Outra hipótese que anda por terras gregas seria Marcus Berg, avançado sueco do Panathinaikos, que nas últimas três épocas marcou 64 golos no futebol helénico. Apesar de os salários poderem ser altos e da necessidade de indemnizar os clubes onde jogam, todos eles seriam excelentes opções para o ataque de Alvalade.
Na liga holandesa, penso que há outra opção a ter em conta. Chama-se Sébastien Haller, e é um francês de apenas 22 anos. Apontou 32 golos na última época e meia ao serviço do Utrecht. O islandês Kolbeinn Sigthorsson, que atua nos franceses do Nantes e defrontou Portugal no Euro’2016, seria outra hipótese de qualidade. Trata-se de um jogador com peso e capaz de desgastar bastante as defesas adversárias, abrindo oportunidade para a finalização de outros colegas de equipa. Ricky Van Wolfswinkel, holandês que deixou saudades em alguns adeptos (eu incluído), está a passar por uma fase pior nas últimas temporadas, mas penso que poderia renascer em Alvalade. Não virá agora, porque acabou de se mudar para o Vitesse, mas futuramente o seu regresso poderá ser equacionado.