Paços de Ferreira 1-3 Sporting – El Rei D. Leão

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    O Sporting começou melhor, a alinhar com Martins no miolo, a fazer companhia a Adrien e William. Foi este trio que acabou por ditar a pulsação do jogo na Mata Real. Nas alas, Mané e Capel arreliavam a defesa amarela na procura constante de Islam Slimani. Do outro lado, Bebé entrou forte, com vontade de abalar na procura de espaços entre a lateral esquerda e a zona central da defesa leonina.

    O meio-campo do Sporting pautava o jogo, empurrando toda a equipa para a frente enquanto os pacenses procuravam as saídas rápidas. O futebol apoiado do Sporting deu frutos ainda não estava cumprido o primeiro quarto de hora de jogo. Numa tabela perfeita entre William Carvalho e Slimani, o trinco empurrou para o 1-0 com toda a calma do mundo. Ainda se festejava o golo do Sporting e Bebé ameaçou, com um grande remate na zona central. Patrício fechou a porta e negou o empate ao avançado Português ex-Manchester United.

    O Sporting manteve a concentração, com processos simples, “1, 2” interessantes entre meio-campo, alas e Slimani, domínio táctico da partida, interrompido apenas por tentativas esforçadas do Paços de sair no contra. Pouco depois da meia hora de jogo, na sequência de um canto batido por Adrien, a defesa da capital do móvel ficou… imóvel, permitindo a Marcos Rojo duplicar a vantagem para a equipa visitante, cenário mais confortável que a equipa de Jardim levou para o intervalo.

    No período de descanso, Jorge Costa puxou as orelhas aos seus pupilos e estes entraram melhor. Já sem Mané em campo, substituído por Carrilho, por motivos físicos, o Sporting foi descendo um pouco no terreno, dando iniciativa ao adversário, mantendo relativa segurança e apostando na velocidade de Capel para sair no ataque. Já debaixo de um cerradíssimo nevoeiro, o Paços acaba por reduzir através de um remate cruzado do inevitável Bebé, que após várias tentativas conseguiu levar a melhor e bater Rui Patrício.

    Após o golo, e com o resultado aberto, o Sporting tentou reagir e subir as suas linhas mas o Paços estava motivado. O tridente do meio-campo Leonino não teve tanta bola com desejaria e a equipa da casa queria mais. Foi num lance de saída através do pequenino grande André Martins que, com muita calma, deixou para Slimani que por sua vez atrasou para o “fuzilamento” de Adrien Silva. Estava feito o 3-1 que acabaria por ser definitivamente selado momentos depois com o segundo amarelo e expulsão de Felipe Anunciação.

    O médio Português atirou sem hipótese para o 3-1 final Fonte: Zerozero.pt
    O médio Português atirou sem hipótese para o 3-1 final
    Fonte: ZeroZero

    Reduzido a 10 e já com Montero em campo, por troca com (o muitíssimo trabalhador, autor de 2 assistências da noite) Islam Slimani, o Sporting controlou os últimos 20 minutos de jogo com tranquilidade. Falando em “tranquilidade”, o jogo de hoje foi mais uma mensagem clara dos Portugueses de verde e branco para Paulo Bento. Rui Patrício, Cédric, William, Adrien, André Martins e Mané (porque não?!), cabem todos no avião para o Brasil daqui a um par de meses.

    No final da partida, com 60 pontos alcançados, 50 golos marcados no campeonato e com o 3º lugar garantido, o 1º lugar está provavelmente longe demais esta época mas o 3º está longe o suficiente. Devemos estar todos orgulhosos desta equipa, deste treinador, desta direcção e deste clube que nos dá alegrias mais uma vez.

    A Figura: Adrien Silva

    Confesso-me indeciso entre ele e André Martins, que teve, no regresso ao 11, uma exibição ao mais alto nível. Mas foi o nº 23 que marcou o ritmo da partida. Assistiu Rojo na primeira parte e sentenciou o jogo na segunda, quando a coisa podia ter dado para o torto. Paulinho, podes reservar uma camisola “M” para o rapaz.

    O Fora-de-jogo: André Carrillo

    Foi dada ao peruano mais uma oportunidade nos segundos 45 minutos que este acabou por não aproveitar. Altos e baixos, mais baixos do que altos, continuam a marcar o percurso de La Culebra no Sporting. Tanto potencial, tão desaproveitado…

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    Jorge Oliveira
    Jorge Oliveira
    O Jorge é uma espécie de "enviado especial" do Bola na Rede. A viver em Londres, acompanha religiosamente a Liga Inglesa e sofre de longe pelo seu Sporting. A distância não esmorece, porém, a paixão pela bela da bifana, pela imperial gelada, pela queijadinha de Sintra e por tudo o resto que é sinónimo de bola e de Portugal.                                                                                                                                                 O Jorge não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.