Ser campeão nacional com um registo de 33 partidas de invencibilidade não é para todas as equipas. Mesmo que não tenham conseguido terminar a prova sem derrotas, Rúben Amorim e os seus rapazes conseguiram um feito histórico. Apesar de FC Porto e Benfica já terem sido campeões invictos, a Liga Portuguesa tinha apenas 30 jornadas, tanto em 1972/1973, como em 2010/2011.
O treinador do Sporting CP referiu, na antevisão ao jogo em que o Sporting CP perdeu no Estádio da Luz, que era mais importante preparar a temporada que se avizinha, lançando jogadores com menos tempo de jogo, do que acabar o campeonato sem derrotas. Partilho desta visão, visto que, sendo que o título já não nos foge, é importante dar oportunidades a outros atletas, e até fazer estreias na equipa principal.
Rúben Amorim tem um discurso diferente, um discurso motivador. É um treinador que demonstra que não existem lugares cativos, que qualquer jogador consegue subir à equipa A e que está sempre atento aos escalões de formação. André Paulo e Tomás Silva são exemplos disto que acabei de referir, visto que se estrearam na Liga Portuguesa, na última jornada do campeonato.
Também a homenagem a João Pereira, aquando da sua saída da partida, e a espécie de corredor da morte aos estreantes, já no final e ainda no relvado, revelam o bom ambiente que o balneário leonino vive. É certo que tudo fica mais fácil quando se ganha, mas eu penso que uma das grandes armas deste Sporting CP para a conquista do título foi mesmo o facto de termos uma equipa unida e coesa, e não apenas um grupo de jogadores.
A despedida de um grande Leão. 💚@jpsp47 fez ontem o último jogo da carreira. Deixa-nos muitos orgulhosos que o culminar deste percurso tenha sido com a nossa camisola. Obrigado por tudo, João. 🦁#SportingCP #OndeVaiUmVãoTodos pic.twitter.com/eq2JnvaJzj
— Sporting Clube de Portugal 🏆 (@Sporting_CP) May 20, 2021
A próxima temporada vai ser cheia de dificuldades. O Sporting CP vai jogar a prova milionária europeia, assim como todas as outras nacionais, incluindo o primeiro jogo da época – a Supertaça. O facto de Rúben Amorim querer já testar novas dinâmicas e outros jogadores revela noção e responsabilidade, visto que, na próxima temporada, não existirá tanto tempo para preparar cada jogo.
Artigo revisto por Joana Mendes