Sporting CP é eliminado da Taça de Portugal pelo Varzim SC e já não sofria tantos golos desde a época do 7.º lugar
Se o Sporting CP conseguiu continuar a carburar no aspecto ofensivo, mesmo com a saída de Pablo Sarabia, com 24 golos marcados até ao momento em 13 jogos (Liga Portuguesa, Liga dos Campeões e Taça de Portugal, que vão ser os termos de comparação nesta peça em alguns momentos, com a época anterior), a verdade é que a defesa leonina apresenta o pior registo de golos sofridos desde o início da era Amorim com 19 golos sofridos.
Se, outrora, era este um dos ex-libris da turma de Alvalade, neste momento é um dos pilares mais frágeis da formação, e os motivos, vai ser o que vamos tentar desvendar a partir de agora.
Passemos então a bola para o sector defensivo leonino.
Entre os postes
Antonio Adán, apesar de erros pontuais, creio que continua a ser uma aposta válida para guardar as redes verde e brancas. Algumas foram as dúvidas levantadas sobre a sua (ainda) qualidade após os dois erros na visita a Marselha, dúvidas essas que creio que foram silenciadas após a enormíssima exibição do espanhol no reduto do CD Santa Clara, sendo mesmo considerado o homem-do-jogo.
Dono já de uma vasta experiência, apresenta ainda ótimos reflexos, estiradas monumentais, contudo, a pecar por alguma displicência na abordagem a alguns lances. Quanto à sua sombra, Franco Israel, por aquilo que já demonstrou, parece-me ainda acusar demasiado o peso da camisola, a responsabilidade e a falta de experiência, motivo pelo qual acho que seja uma opção muito curta para aquilo que são os serviços mínimos.
A “maldita” linha central
Se há três posições que têm sido alvos de uma “maldição” de qualquer forma que seja, essas têm sido a das três do eixo defensivo. Se até à pouco tempo havia uma estabilidade nessa linha defensiva, com Coates ao centro, acompanhado por G. Inácio e M. Reis, um de cada lado, atualmente o mesmo não acontece.
Por essas três posições (quer por lesões, quer por opções técnicas), já passaram até ao momento sete jogadores, contando a par dos três atletas que referi anteriormente, ainda com St. Juste, Luís Neto, Marsá e R. Esgaio.
Analisando o tempo de jogado por cada um até ao momento, notamos que há uma verdadeira inconsistência naquelas que são as opções aos três principais (ainda não está contabilizado o tempo de jogo deste último Domingo contra o Varzim SC), que passo a enumerar: St. Juste – 327 minutos; Luís Neto – 292 minutos; José Marsà – 172 minutos; Matheus Reis – 1069 minutos; Seba Coates – 916 minutos; Gonçalo Inácio – 984 minutos.
Daqui podemos retirar, que apesar do enorme assombro que têm sido as lesões nos defesas centrais do Sporting, não existem opções viáveis no banco para poder corrigir estas eventualidades, quer por falta de qualidade, quer por predisposição para lesões.