Em semana de seleções, continua a polémica no futebol português. As virgens ofendidas da Luz descobriram a palavra “boicote” no dicionário e decidiram começar a dar-lhe uso.
A rábula começou na Gala das Quinas de Ouro, no início da semana, onde o Benfica não compareceu. Os encarnados gostam de associar os comunicados a Bruno de Carvalho e ao Sporting, mas pegaram na moda durante esta semana. Começaram na segunda feira, com um documento onde dizem alarvidades como “inequívoca dualidade de critérios da justiça desportiva”, ou “O Benfica continuará o seu projeto de engrandecimento do futebol português”. Não sei qual das duas será mais ridícula… O Benfica queixa-se da “dualidade de critérios da justiça desportiva” mas, pelo contrário, não se queixa da dualidade de critérios que existe dentro das quatro linhas. Aí calam-se e só abrem a boca quando não ganham, através do seu treinador que leva seis milhões às costas para protestar com os árbitros no centro dos campos de futebol.

Fonte: Seleções de Portugal
Depois deste triste episódio das Quinas de Ouro, veio o boicote ao jogo da seleção no Estádio da Luz. Ninguém da estrutura benfiquista esteve presente no seu próprio estádio em apoio à seleção. Não sei se já adivinhavam que o onze escolhido por Fernando Santos ia ter sete jogadores formados no Sporting e nenhum da melhor formação do Dubai, ou se foi apenas porque não houve colinho em Paços de Ferreira. Aliás, a formação do Benfica já vem fazendo boicote ao onze da seleção há muitos anos. Não participo da corrente dos que já dizem que a seleção devia deixar de jogar na Luz. A nossa seleção tem um excelente registo de resultados no Estádio da Luz, e a estupidez dos dirigentes do Benfica não deve ser motivo para uma tomada de decisão tão extrema. Fica o registo dos boicotes, dos comunicados e dos protestos, antes de um mês onde o Benfica vai defrontar os seus dois maiores rivais. Nada é por acaso, e Luís Filipe Vieira e a sua pandilha têm tudo muito bem estudado.
Depois, vem a lengalenga da coação aos árbitros. A música é-nos transmitida por um treinador que vai sempre questionar os árbitros quando não ganha e pelos “comentadores” especialistas do choro e do boicote.