Digam o que quiserem o Sporting CP e, em concreto, o seu treinador, Rúben Amorim, são alvos a abater. Como aqui já foi dito, o “sistema tarda, mas não falha”. No entanto, chegamos a um ponto em que a vergonha foi posta de lado no sentido de valer tudo para abater os leões. Apesar de o Sporting CP jogar limpo, a Comunicação Social e os órgãos de disciplina arrastam sempre mais casos e polémicas para o seio do clube.
Na sequência da sua expulsão em Alvalade no jogo frente ao FC Famalicão, poucos dias depois, o Conselho de Disciplina (CD) da FPF não se fez de rogado e penalizou o jovem técnico leonino com 15 dias de suspensão. Este órgão de disciplina disciplina tem mantido uma inédita e rancorosa senda persecutória ao Sporting CP na sequência da derrota judicial sofrida no caso Palhinha.
A raiva é tanta que este CD mal pôde esperar para decretar de “peito cheio” uma sanção pesadíssima a Amorim por proferir as palavras “conseguiram o que queriam”, já que as ofensas ao alegadamente ditas pelo mesmo foram contestadas. A celeridade em aplicar uma sanção com este grau de severidade ao treinador leonino é, de facto, ímpar neste campeonato.
Por outro lado, este CD já nem se preocupa em disfarçar a dualidade de critérios na abordagem a casos susceptíveis de sanção disciplinar. Na mesma semana, assistimos a uma atitude gravíssima do treinador do Rio Ave FC e não foi sancionado com a mesma severidade.
Esta dualidade de critérios do processo disciplinar anda de mão dadas com a dualidade de critérios da arbitragem, resultado da pressão iniciada pelo FC Porto com o seu movimento “Basta”. Parece óbvio que o clube nortenho goza de um estatuto de impunidade no órgão de disciplina da FPF.
Assim, o castigo de Rúben Amorim é uma anedota uma vez comparado com o que se passou durante uma época inteira no banco do FC Porto com Sérgio Conceição e restante entourage a serem useiros e vezeiros em atitudes que envergonham qualquer verdadeiro adepto de futebol. É que não é apenas pela (falta de) qualidade técnica que sujeitos como Sérgio Conceição e até Jorge Jesus não têm lugar nos grandes clubes europeus.
Aliás, nós, Sportinguistas, aguardamos com curiosidade o castigo de Sérgio Conceição, que ainda está por sair, referente ao caso de Portimão. O treinador portista, escondido atrás do seu staff, vociferou insultos e ameaças em tom de provocação a Paulo Sérgio, treinador dos algarvios. Diga-se desde já que muita sorte teve o “treinador sem medo” em terem impedido que Paulo Sérgio, antigo forcado de Vila Franca de Xira, lhe pusesse as mãos em cima.
Voltando a Rúben Amorim, o primeiro jogo em que não pôde comparecer no banco leonino saldou-se numa importante vitória para os Leões frente ao SC Farense no difícil São Luís. O técnico leonino já provou que além de ser um grande treinador é também um líder carismático que com certeza irá usar este castigo para incentivar os seus jogadores.
Sejamos positivos. A tecnologia existente permite a Rúben Amorim dar “à distância” indicações a Emanuel Ferro bem como as palestras aos seus jogadores antes do apito inicial e durante o intervalo. Por outro lado, não sei até que ponto não fará bem substituir a presença de um Rúben que nos últimos jogos tem mostrado impaciência e intranquilidade pela figura mais serena do seu adjunto, Emanuel Ferro, numa fase crucial para a conquista do título.
Uma coisa é certa: no que depender do CD da FPF o Sporting CP não será campeão no fim desta época. Quanto a nós, sportinguistas, apesar de jogarmos com handicap neste campeonato, há que confiar no trabalho feito por esta equipa e respectivo staff técnico que nos trouxe até aqui, algo que os rivais nunca sonharam.
Onde vai um vão todos!