SC Braga 1-1 Sporting CP (3-4 GP): Leões gelam Braga em jogo “taco-a-taco”

    Foi um duelo de Sporting’s, o de Braga e o de Portugal, na cidade dos arcebispos. Ambas as formações disputavam uma presença na final da Taça da Liga, edição 2019-2020. Novidade na frente de ataque da equipa leonina, atuando Luiz Phillipe a ponta-de-lance, ficando Bas Dost inicialmente no banco de suplentes.

    A primeira parte foi bastante equilibrada no que à posse de bola diz respeito: 50% de posse para cada um dos lados, era aquilo que se as estatísticas nos informavam no final do primeiro tempo. A equipa comandada por Abel Ferreira teve uma entrada mais fulgurante no encontro e marcou logo ao minuto três, após um cruzamento na esquerda do ataque arsenalista por João Novais que encontrou na área sportinguista o “suspeito do costume” Diego Souza, cabeceando para o golo. O guardião brasileiro do Sporting, Renan Ribeiro, nada podia fazer. Estava aberto o marcador na Pedreira.

    A avalanche bracarense dominou os primeiros 15 minutos da partida e empurrou o Sporting para a sua área defensiva. Logo ao minuto seis houve mais um lance perigoso para a equipa minhota, desta vez protagonizado por Wilson Eduardo que apareceu nas costas dos defesas leoninos, mesmo em posição frontal da baliza de Renan. Falhou nem soube muito bem como.

    O SC Braga continuou forte, com uma poderosa toada ofensiva e impediu o Sporting de assentar o seu jogo. Destaque para o pressing alto que a equipa bracarense fez, que bloqueou a primeira fase de construção da formação de Marcel Keizer contando com a ação de Claudemir e Ryller no meio-campo que inibiram praticamente por completo a criatividade de Wendel e, sobretudo, de Bruno Fernandes.

    O Sporting CP não conseguiu “agarrar” o jogo e tivemos mesmo que esperar 18 minutos para assistir ao primeiro lance de perigo da formação lisboeta: o protagonista foi Raphinha que troca os olhos a Sequeira, puxa o esférico para a quina da grande área bracarense e faz um remate venenoso para a baliza defendida por Marafona. Estava dado o primeiro aviso da formação verde e branca.

    A equipa minhota ia fazendo incursões ofensivas pelo seu lado esquerdo contando com um triângulo letal formado por Sequeira, João Novais e Diego Souza, este descaindo várias vezes para essa zona do campo no sentido de auxiliar nas tarefas de construção atacante. O Braga apresentou excelentes trocas posicionais, mostrando que os seus processos ofensivos e defensivos estavam muito bem oleados, enfim, que a máquina minhota estava a trabalhar como deve ser. A máquina leonina, por seu turno, esteve “perra” nesta primeira parte, os setores comunicavam pouco e o jogo não saia fluído aos pupilos de Keizer. De vez em quando a máquina lá desemperrava um pouco e eis que, ao minuto 32, após um excelente vólei de Bruno Fernandes para a grande área bracarense, Raphinha se vê nas costas dos centrais do Braga mas desperdiça a oportunidade.

    O início da segunda parte conheceu a primeira substituição da noite: entra André Pinto para o lugar de Mathieu, que se ressentiu fisicamente durante o primeiro tempo. O ex-Braga fez uma segunda parte tranquila, sem erros, encontrando-se bastante sereno nos desarmes efetuados. Mas o Sporting ia-se mantendo apático e sem garra. Foi um segundo tempo menos emocionante do que o primeiro, é facto, com ambas as equipas a jogarem um futebol prudente e cauteloso.

    O golo anulado a João Novais, no início do segundo tempo, gerou muita polémica
    Fonte: Liga Portugal

    Ao minuto 63 entrou Paulinho para o lugar de Wilson Eduardo, ocupando a mesma posição do brasileiro. Ao minuto 69 saiu a aposta fracassada de Keizer para esta partida, Luiz Phillipe, que cede o lugar a Bas Dost. Os leões tinham esperança que o holandês fizesse mais do que aquilo que o brasileiro fez quando esteve em campo mas pouco mais fez do que aquele. Ao minuto 71 surgiu uma contrariedade na equipa minhota: o lateral esquerdo Sequeira sai lesionado e ficou Ricardo Esgaio na sua posição.

    O minuto 74 gelou o Municipal de Braga: bola parada bem executada por João Novais que Renan sacode para pontapé de canto. No seguimento do canto, cabeceamento do central bracarense Raúl Silva na área e a bola bate com estrondo na barra. O SC Braga encontrava-se novamente por cima no encontro.

    Chegados ao minuto 90, o árbitro deu seis minutos de compensação e o resultado estava ainda empatado a uma bola. As pernas de jogadores e adeptos de ambas as equipas tremiam pois sabiam que um golo da formação contrária valia o afastamento imediato da competição. No tempo suplementar, o Sporting CP arriscou mais, incomodou várias vezes a baliza de Marafona, encostando o Braga “à parede”. Mas as equipas terminariam mesmo os 96 minutos empatadas a uma bola tendo que se decidir o finalista na lotaria das grandes penalidades.

    Nessas lotarias, destaque para os guarda-redes que defenderam quase tudo o que havia para defender. Mas nesse particular, Renan Ribeiro acabou, mesmo assim, por levar a melhor e defender o remate final que colocou o Sporting na final da Taça da Liga desta temporada.

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

    SC Braga: Marafona; Marcelo Goiano, Bruno Viana, Raúl Silva e Sequeira (Murilo, 72′); Esgaio, Claudemir, Ryller e João Novais (Ricardo Horta, 84′); Wilson Eduardo (Paulinho, 63′) e Dyego Sousa

    Sporting CP: Renan; Ristovski, Coates, Mathieu (André Pinto, 45′) e Acuña (Jeffersom, 81′); Wendel, Gudelj e Bruno Fernandes; Raphinha, Phellype (Bas Dost, 69′) e Nani.

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    Simão Mata
    Simão Matahttp://www.bolanarede.pt
    O Simão é psicólogo de profissão mas isso para aqui não importa nada. O que interessa é que vibra com as vitórias do Sporting Clube de Portugal e sofre perante as derrotas do seu clube. É um Sportinguista do Norte, mais concretamente da Maia, terra que o viu nascer e na qual habita. Considera que os clubes desportivos não estão nos estádios nem nos pavilhões, mas no palpitar frenético do coração dos adeptos e sócios.                                                                                                                                                 O Simão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.