Assim que Jorge Jesus se veio gabar, dizendo que aquela equipa não seria nada sem o mentor, toda a “scuderia” se juntou e motivou para mostrar ao “mestre” das corridas, que o mérito não seria do condutor, mas dos “cavalos”. Depois foi o que se viu e se sabe.
Por tudo isso, quando ouvi o nosso treinador, há uns dias atrás, dizer que agora a vantagem está do lado do Sporting, porque pode jogar com dois resultados, arrepiei-me de cima a baixo, criando-me uma sensação má, de “dejá-vu”, que espero não se concretizar no dérbi.
Bem sei que, contra estas máquinas de comunicação e estes gabinetes de crise, é muito complicado mantermo-nos calados, até porque segundo se sabe, vêm aí noticias bombásticas sobre o Sporting (como se não estivéssemos já bem servidos de noticias bombásticas sobre assuntos do rival) e sobre “doping” nos nossos jogadores (só se for como aquelas pessoas cujo café os acalma, que a ver pelo ritmo dos nossos jogadores, aquele “doping” estava estragado), tentando criar mais ruído, tanto para desestabilizar os nossos jogadores, como para obrigarem os responsáveis do Sporting a reagir (incluindo o presidente, que como sabem, jurou não usar mais face. O que eles têm forçado para que ele volte.) e poderem motivar-se com criticas e respostas que possam vir do nosso lado (porque eles são e serão sempre as vitimas), mas por favor, tentemos manter-nos em silêncio, pelo menos até domingo. Depois disso, respondam, critiquem, postem, mandem bombas, mostrem os relatórios médicos deste e daquele jogador.
Entretanto, mantenhamo-nos em silêncio, concentrados, focados, e joguemos o dérbi, com raça e vontade de ganhar.
Foto de capa: Sporting CP