Estamos em semana de dérbi, e encontramo-nos numa posição que não esperaríamos há duas ou três semanas. Ainda assim, não é a posição ideal que todos os sportinguistas ansiariam.
Não sendo a situação ideal, estamos no limiar do menos mal. Ou seja, o segundo lugar ainda é, em termos financeiros, quase tão vantajoso como o primeiro, apesar de faltar esse “quase” difícil. Para podermos chegar a esse “quase” temos de ganhar o próximo jogo (sim, ganhar. Porque ficamos com vantagem sobre um rival directo e temos menos pressão para o último jogo em campo muito difícil.), sem pensar em gestão de esforço ou tentar controlar o jogo.
É que o facto de se tentar controlar um jogo contra uma equipa que sempre tem a “sorte” de uma qualquer bola caída do céu, nem que seja no último minuto (e estou a falar em anos que eles foram campeões), sendo a nossa o cúmulo da Lei de Murphy, terá tudo para correr mal. E quando digo isto, quero também expandir para o pré-jogo, ou seja, o discurso antes do jogo.
Em outros anos, muito do que se falou (e se fez, mas deixemos isso para os tribunais) influenciou bastante o desenrolar dos jogos e campeonatos. É que ninguém me tira da cabeça que se Jorge Jesus não tivesse caído no engodo de se ir valorizar para as conferencias de imprensa, colocando em causa a qualidade de um outro “condutor” de homens, e dos conduzidos, o Ferrari não teria passado da primeira curva. Hoje, talvez, o actual campeão de “poles” (pelo menos nos últimos dois anos) não tivesse passado de um condutor de Fórmula 3.