Viktor Gyokeres, o deus nórdico de Alvalade | Sporting CP 3-1 Gil Vicente FC

    Viktor Einar Gyokeres, ou simplesmente Gyokeres. É este o nome do deus nórdico convertido em ponta-de-lança sueco que tem estado a encantar Portugal, não só pelos dados estatísticos que cria durante o jogo, mas sobretudo pela forma de jogar e a relação que tem criado com os adeptos do Sporting CP.

    Foi descoberto no início desta temporada. Militava num humilde Coventry City do Championship (segunda divisão inglesa), onde em duas épocas efetuou 40 golos e 17 assistências. Números que espantariam qualquer especialista, mas que acrescentando o facto de vir de um clube não primo-divisionário, não convenceriam a 100 por cento.

    Além disso, o elevado custo que significou aos cofres dos leões (20 milhões de euros que podem chegar aos 26 milhões) serviu para densificar as dúvidas que pairavam sobre o jogador. Por um lado, os leões necessitavam de mais um elemento viável na área para servir de alternativa a Paulinho, por outro, este foi o reforço mais caro da história do clube, algo que podia significar um custo demasiado alto para uma equipa não habituada a contratações de valores tão elevados.

    Gyokeres foi o segundo melhor marcador do Championship com 21 golos apontados, apenas atrás de Chuba Akpom, do Middlesbrough, que fez o gosto ao pé por 28 vezes. Além disso, o ponta-de-lança sueco foi elementar na campanha do Coventry City que só foi eliminado na final do play-off de acesso à Premier League, ao ser derrotado na grande final de Wembley pelo Luton Town, no desempate por grandes penalidades, depois do resultado ter ficado em 1-1 depois dos 120 minutos.

    O público português estaria longe de adivinhar o que estaria reservado para o avançado sueco no futebol português.

    Victor Gyokeres Sporting
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Gyokeres representa um tipo de avançado cada vez mais raro de encontrar no panorama futebolístico atual. Alto e robusto (1,87m e 87 kg), tem no seu físico a melhor arma. Mas desengane-se aquele que pensar que por ser corpulento, o jogador nada mais tem para dar. Além da componente física, Gyokeres junta uma qualidade fora do normal quer no que diz respeito à finalização, quer no controlo da posse de bola. A forma como ganha a bola em duelos aéreos e depois, aliado à sua capacidade de aceleração e técnica, faz com que consiga deixar para trás vários adversários, impressionado cada vez mais quem vê o Sporting CP de 2023/24.

    No último encontro frente ao Gil Vicente, em casa, para a Liga Portugal, o avançado sueco foi a grande figura do jogo ao apontar dois golos, sendo que fez mais dois, mas foram anulados por fora de jogo.

    Em temporada de estreia ao serviço do Sporting CP, Gyokeres já tem 15 golos em 17 jogos (média de quase um golo por jogo), sendo que apontou um hat trick frente ao Farense na vitória por 4-2, bem como mais três bis, contando com os golos apontados no último encontro.

    É, neste momento, o segundo melhor marcador do campeonato português, com nove golos, apenas atrás de Simon Banza do SC Braga, que já apontou 11 tentos.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Gil Vicente FC

    BnR: No início da segunda parte, o Sporting CP entrou muito forte e acabou por marcar dois golos. De seguida, o Gil Vicente fez duas substituições. O que estava a falhar tacticamente e como procurou resolvê-lo?

    Vítor Campelos: «Sofremos dois golos. O primeiro, sentimos que podia ter sido falta. Achámos isso e creio que nesse momento isso desconcentrou a nossa equipa. É algo que não pode acontecer, porque temos de respeitar as decisões do árbitro. Devemos estar logo focados e concentrados e geralmente, se estiverem atentos, quando há situações que possam ser dúbias ou um lance em que há um cartão ou expulsão são momentos em que os jogadores baixam os níveis de concentração. São aspectos que falamos muito durante os treinos. Devemos ter logo âncoras para ficarmos logo concentrados. O que é facto é que depois do 2-1, sofremos logo o 3-1 de rajada e a situação ficou muito mais difícil. Ainda assim, tentámos trocar o Maxime Domínguez e o Miguel Monteiro que já tinham dado aquilo que esperávamos deles. O Maxime está com quatro cartões amarelos e também tínhamos de gerir a sua situação e por isso achamos que foram as melhores soluções para aquele momento».

    Sporting CP

    BnR: O Sporting CP começou o jogo a dominar. Eis que o Gil Vicente marcou o golo contra a corrente do jogo. O Sporting CP acaba por empatar antes do intervalo. Quão importante foi o golo do empate ter sido ainda antes do intervalo?

    Rúben Amorim: «É sempre importante. Não são quinze minutos em que os jogadores vão para o balneário e estamos em desvantagem. Teríamos a mesma ideia e crença de dar a volta ao resultado, mas obviamente que ir para o intervalo nestas condições é diferente, até as bancadas são diferentes. Começa o jogo e sabemos que só temos um golo para chegar à vantagem. Ou seja, é mais confortável para os jogadores e para os adeptos, e tudo se torna mais fácil. Foi o que aconteceu, tornámos o jogo mais fácil».

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