CRÓNICA: PERSISTÊNCIA FAMALICENSE QUASE RESULTOU NO EMPATE
Jogo importante no Estádio de Alvalade para ambas as equipas: o FC Famalicão podia carimbar a passagem à Final Four da Taça da Liga em caso de vitória, e o Sporting CP precisava de vencer para ter boas hipóteses de chegar a essa fase.
O jogo começou com um domínio verde e branco que se materializou em golo logo aos oito minutos: Ugarte ganhou espaço no meio-campo e desferiu um remate forte que, aliado a um desvio em Pickel, entrou na baliza do Famalicão.
Os leões motivaram-se e ao aplicarem uma pressão intensa roubaram muitas bolas aos visitantes; aos 15 minutos, o jogo estava controlado. Contudo, a garra dos famalicenses sempre foi evidente, o que lhes permitiu manterem-se na luta pelo resultado.
O Sporting chegava à área adversária muito através de cruzamentos, que raramente assustaram Júnior. Já o Famalicão, até ao final da primeira parte, e muito através de Bruno Rodrigues, criou um ligeiro ascendente e foi-se aproximando da baliza leonina, sem, no entanto, incomodar João Virgínia.
Com a entrada de dois novos avançados, o segundo tempo começou com um Famalicão mais perigoso, tendo dois remates de Ivo causado alguns calafrios aos adeptos sportinguistas.
Até que ao minuto 60, contra a corrente do jogo, o Sporting marcou: uma jogada de insistência resultou numa defesa incompleta de Júnior, tendo Nuno Santos aproveitado para faturar.
O Famalicão nunca virou a cara à luta e teve mais tempo de posse, mas as melhores oportunidades neste período pertenceram ao Sporting, sobretudo através do recém-entrado Pedro Gonçalves.
E em cima dos 90 minutos, Pablo desmarcou-se e rematou para uma boa intervenção de Virgínia, mas a bola sobrou para Heri, que atirou a contar. Dois minutos depois, o Famalicão voltou a abanar as redes adversárias, mas o golo foi anulado por fora de jogo.
Apesar do susto final, o Sporting acabou por vencer de forma justa.
A FIGURA
Nuno Santos – Criou jogo, foi eficaz a defender, movimentou-se bem e teve um bom entendimento posicional com Sarabia. Para além disso, marcou o segundo golo do Sporting, que ajudou (e muito) a consumar a vitória para os leoninos. Ótima exibição.
O FORA DE JOGO
Pêpê – Jogando como um médio mais recuado, o português teve um jogo apagado, quer do ponto de vista ofensivo como defensivo. Depois, com o decorrer do jogo e as entradas de novos jogadores do Sporting em campo, a fadiga física também se fez notar.
ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP
O Sporting alinhou no seu habitual 3-4-3, com os alas bem abertos nos flancos e com Sarabia e Nuno Santos a trocarem várias vezes de posição entre avançado-esquerdo e ponta de lança. Jovane partiu sempre da direita.
Os jogadores mostraram ter boas dinâmicas nas suas movimentações e nas trocas de bola, que muitas vezes aliviaram a pressão dos visitantes. Quando não tinha bola, o Sporting aplicou várias vezes uma pressão alta que deu muitos frutos.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
João Virgínia (6)
Feddal (7)
Luís Neto (7)
Gonçalo Inácio (7)
Rúben Vinagre (7)
Matheus Nunes (8)
Ugarte (7)
Ricardo Esgaio (6)
Nuno Santos (8)
Jovane (6)
Sarabia (7)
SUBS UTILIZADOS
Pedro Gonçalves (7)
Matheus Reis (6)
João Palhinha (6)
Paulinho (6)
Tabata (-)
ANÁLISE TÁTICA – FC FAMALICÃO
No processo defensivo o Famalicão alinhou em 4-5-1, com um médio habitualmente a subir para ajudar Marcos Paulo na pressão inicial, e apresentou um bloco compacto que procurava impedir a construção de jogo pelo meio do terreno.
Quando tinha bola, o Famalicão jogava num 4-3-3 e muitos dos seus jogadores movimentavam-se constantemente à procura de baralhar a defesa adversária.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Júnior (5)
De La Fuente (6)
Riccieli (6)
Penetra (6)
Rúben Lima (6)
David Tavares (7)
Pickel (5)
Pêpê (5)
Ivo (7)
Bruno Rodrigues (6)
Marcos Paulo (6)
SUBS UTILIZADOS
Pedro Brazão (6)
Heri (7)
Iván Jaime (7)
Pablo (7)
BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
Sporting CP
Não foi possível colocar questões ao treinador do Sporting CP, Rúben Amorim.
FC Famalicão
BnR: Fez três mudanças ao intervalo, fazendo entrar Iván Jaime, Heri e Pedro Brazão; pergunto-lhe o que pretendia trazer de novo ao jogo com essas mudanças e se estas tiveram o efeito pretendido?
Ivo Vieira: Na primeira parte tivemos pouca bola, tivemos quase zero oportunidades de golo, não encarámos a baliza do adversário e na segunda já o fizemos mais.
Chegámos ao último terço, tirámos alguns remates, alguns cruzamentos, metemos mais gente na zona ofensiva. Essa era a pretensão e tentar no mínimo igualar o resultado ou inverter, mas não o conseguimos. Mérito também do Sporting, que ganhou porque fez dois golos, nós só fizemos um e ajusta-se aquilo que foi o resultado.