Sporting CP 3-1 Casa Pia AC: Alvalade volta a sorrir

    A CRÓNICA: SEGUNDA PARTE CONVINCENTE VALEU TRÊS PONTOS

    Um Sporting CP em crise (com três derrotas nos últimos quatro jogos) recebia a equipa-sensação da I Liga, o Casa Pia AC, que chegava ao Estádio José Alvalade como a defesa menos batida do campeonato (a par do SL Benfica) e no 4.º lugar, com 17 pontos, mais um do que o Sporting.

    Os leões queriam dominar na sua casa e alcançaram esse objetivo inicialmente. Os jogadores combinavam bem, chegavam à área e apenas as mãos de Ricardo Batista (e um falhanço imperdoável de Edwards) impediram o balançar das redes.

    No entanto, quando se aliviava da pressão do Sporting (que chegou a ser sufocante), o Casa Pia conseguia chegar à área contrária, muito graças a Clayton (que segurava o jogo e chegou a rematar ao poste) e a Godwin (sempre a atacar as costas da defesa com a sua rapidez).

    Perto do intervalo, Morita quase marcou, mas Batista fez nova grande intervenção. Pouco depois, abriu-se um buraco na defesa leonina, para o qual Godwin fez um passe de primeira para isolar Clayton.  O brasileiro fugiu a Marsà e, no um-para-um, bateu Adán. Este foi, por isso, o sétimo jogo consecutivo em que o Sporting sofreu um golo.

    A equipa da casa entrou na segunda parte com a vontade renovada e mal deixou o Casa Pia respirar. Pote fez um remate que passou muito perto do poste e Trincão acertou mesmo no ferro. Os visitantes só reagiram com um disparo de Godwin, mas estava a cheirar a golo sportinguista.

    Este chegou após um remate forte de Porro, que Batista defendeu, com a bola a sobrar para um cabeceamento fulminante do recém-entrado Paulinho. O empate estava feito… e pouco depois, a reviravolta também – Porro cruzou para Nuno Santos fazer um golaço num remate de primeira.

    O Sporting não tirou o pé do acelerador e após Paulinho recuperar a bola no meio-campo, passou para Edwards acelerar para a área, onde foi travado em falta por Eteki (que entrara pouco antes). Na conversão do penálti, Pote fez o seu sexto golo no campeonato.

    O Casa Pia estava completamente amarrado, não conseguia sair do seu meio-campo e dar uma resposta. O Sporting venceu com mérito, sendo a primeira equipa, nesta época, a marcar três golos aos gansos.

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Nuno Santos (Sporting CP): Autor do golo que consumou a reviravolta no marcador, foi um autêntico motor no corredor esquerdo. Raramente errou e foi uma força vital por trás da exibição dos leões.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Yan Eteki (Casa Pia AC): Entrou no decorrer da segunda parte (para o lugar do lesionado Baró) e pouco antes do Sporting marcar três golos em oito minutos, tendo ele cometido a falta para o penálti que originou o segundo tento leonino. Errático no passe, a equipa caiu de rendimento após a sua entrada.

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    Partindo do 3-4-3, o ataque móvel composto por Edwards, Pote e Trincão voltou a iniciar uma partida, com os três a trocarem muitas vezes de posição e baralhando (com algum sucesso) as marcações adversárias.

    A equipa investia muito na exploração entrelinhas, procurando a superioridade numérica em relação ao meio campo do Casa Pia.

    Sem bola, os leões procuravam recuperá-la rapidamente e defendiam à zona.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Adán (6)

    Gonçalo Inácio (6)

    Marsà (5)

    Matheus Reis (6)

    Pedro Porro (7)

    Morita (6)

    Ugarte (6)

    Nuno Santos (7)

    Edwards (6)

    Pedro Gonçalves (7)

    Francisco Trincão (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Chico Lamba (6)

    Paulinho (7)

    Arthur Gomes (6)

    Mateus Fernandes (6)

    Nazinho (6)

    ANÁLISE TÁTICA – CASA PIA AC

    Começando em 3-4-3, os casapianos tentavam sair a jogar desde trás, com os alas Lelo e Lucas Soares a serem importantes na progressão no terreno, assim como o médio Baró. Quando tal não era possível, Clayton e Godwin recebiam bolas longas, atacando as cosas da defesa.

    Por vezes, Kunimoto colocou-se atrás de Clayton, numa tentativa de explorar o espaço entrelinhas, mas tal não surtiu efeito.

    A equipa defendeu em 5-4-1 na primeira parte, mas dava muito espaço no meio-campo, tendo passado a defender em 5-3-2 no segundo tempo. No entanto, não conseguiram proteger as suas alas, de onde surgiram os primeiros dois golos do Sporting.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ricardo Batista (7)

    João Nunes (5)

    Vasco Fernandes (5)

    Fernando Varela (5)

    Leonardo Lelo (5)

    Romário Baró (5)

     Afonso Taira (4)

    Lucas Soares (5)

    Kunimoto (4)

    Saviour Godwin (6)

    Clayton (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Neto (5)

    Yan Eteki (4)

    Rafael Martins (5)

    Vitó (5)

    Bolgado (-)

    BNR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    SPORTING CP

    Não foi possível colocar questões ao treinador do Sporting CP, Rúben Amorim.

    CASA PIA AC

    Bola na Rede: Ao intervalo, saiu Kunimoto para a entrada de Neto e pergunto-lhe se o objetivo dessa substituição era passar a defender com três médios mais centrais (Neto, Taira e Baró) para dar menos espaços no centro do terreno, e se acha que isso acabou por conceder mais espaço aos alas do Sporting?

    Filipe Martins: Eu acho que controlámos melhor os corredores. O nosso objetivo era também saltar com os três da frente nos três centrais do Sporting, no entanto, devido ao desconforto que estava a acontecer com os movimentos entrelinhas acabámos paulatinamente por começar a baixar os nossos extremos, principalmente o Kuni, que lá por ter saído ao intervalo não quer dizer que não estivesse a ser competente.

    Nós queríamos apanhar aquelas trocas posicionais do Sporting, em vez de estarmos a correr da frente para trás, queríamos apanhá-las de frente e além disso, controlar os movimentos do Morita, que estava a saltar para a frente porque também não estávamos a ser agressivos com os centrais do Sporting.

    Foi essa a ideia, como é obvio, as substituições e as mudanças, já diz o velho ditado, são como os melões. Acabámos por ter, não digo a infelicidade, o Sporting acabou por fazer o golo na segunda parte num momento em que nos estávamos a adaptar e acho que estávamos até a conseguir ter sucesso, até à lesão do Baró. Quando o Baró saiu, começámos a ter muitas mais dificuldades. Optei por não mexer na estrutura do meio-campo e tentar que o Eteki fizesse o mesmo trabalho, só que também não é fácil entrar num jogo com este ritmo e com esta intensidade e ele teve algumas dificuldades em entrar no jogo.

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    Afonso Viana Santos
    Afonso Viana Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Desde pequeno que o desporto faz parte da sua vida. Adora as táticas envolvidas no futebol europeu e americano e também é apaixonado por wrestling.