No primeiro dia do mês de outubro, a equipa do Sporting CP proporcionou aos adeptos leoninos momentos de vergonha e humilhação. Falo, obviamente, da goleada frente aos austríacos do LASK Linz, por 1-4, que ditou o afastamento dos comandados de Rúben Amorim da Liga Europa.
Esta derrota não só é negativa para o prestígio internacional do Sporting, que ainda há pouco tempo recebia colossos mundiais em Alvalade, como exigirá ao plantel leonino menos competitividade e rotatividade. Para além deste fator, a visibilidade dos jogadores do Sporting CP vai ser reduzida, visto que estes apenas irão poder demonstrar o seu futebol dentro das fronteiras portuguesas.
Com as consequências acima descritas, vêm também obrigações. Devido ao facto de só ter as três competições nacionais por disputar, exige-se à equipa do Sporting CP que faça uma temporada positiva, algo que permita o crescimento do clube. Com isto, obviamente, refiro-me à qualificação para a UEFA Champions League, algo que é imperial para que o clube de Alvalade volte a estar perto de SL Benfica e FC Porto, quer seja ao nível do orçamento ou das soluções no plantel. Só desta forma é possível ambicionar o tão desejado título de campeão nacional, nas próximas temporadas. Ainda assim, infelizmente, é um objetivo que parece ser cada vez menos realista. Competir pelos troféus da Taça de Portugal e Taça da Liga é algo também obrigatório.
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— Sporting Clube de Portugal (@Sporting_CP) October 1, 2020
É facto que o Sporting CP parece ter um plantel com mais qualidade do que o do ano passado. Adán trouxe experiência e competição para Maximiano, Pedro Porro e Feddal entraram de caras no onze, as contratações de João Mário e Pedro Gonçalves, juntamente com os regressos de João Palhinha e Daniel Bragança vieram dar mais qualidade ao meio campo, e o ataque tem também mais opções, com Tabata e Nuno Santos a juntarem-se aos restantes. Já Eduardo Quaresma, Nuno Mendes e Tiago Tomás são os jovens provenientes dos sub-23 que deverão ter mais minutos.
Não há desculpas. Com o investimento feito, quer no treinador ou nos novos reforços, o Sporting CP tem a obrigação de fazer um bom campeonato, para que na próxima temporada possa voltar aos grandes palcos europeus. Embora ache que a direção presidida por Frederico Varandas não tenha condições para continuar (sobretudo com o chumbo da última AG), esta temporada é a derradeira oportunidade para compensar a trapalhada que estes dois últimos anos têm sido.
Artigo revisto por Mariana Plácido