O palco da Liga dos Campoões parece ofuscar a realidade da Liga Europa, questionando o seu verdadeiro prestígio. Mas uma taça Europeia – sendo aquilo que realmente é: uma taça -, deve merecer o seu respeito. E é com esta noção que imagino a prestação do Sporting na Liga Europa. A Taça das Taças de 1964, embora contemplada num outro modelo de competição, é a pérola europeia do Palmarés Sportinguista. Juntar-lhe um outro troféu seria coroar em comprovação a demanda de José de Alvalade, representando a participação do Sporting na presente edição da Liga Europa a perseguição a esta consolidação.
Mas antes disso há que carimbar passaportes na Polónia e, também, perceber o impacto que essa possível participação terá nos restantes ramos da época. Se recuarmos ao ano fatídico da derrota caseira, o Sporting esteve perto de registar uma época de sonho. A prestação na antiga Taça UEFA conjugada com a boa campanha interna culminaram no paradoxo de não conquistar nada. Embora sejam questionáveis o desgaste, o esforço físico e a necessidade de diligenciar atenções de estudo para equipas do outro lado do Continente, há sempre uma ideia clara: a dinâmica da equipa é outra estando, ou não, numa competição externa. E sendo igualmente clarividente o facto de uma grande equipa ter que estar preparada para jogar a este nível, é preciso colocar nesta balança a principal prioridade leonina, interpretando o peso dos lados e retirando as ilações possíveis.