O João Rocha já conheceu melhores dias | Sporting CP

    Sempre que entramos numa competição, e admitindo que vai ser disputada de uma forma justa, teremos sempre que considerar cinquenta por cento de hipóteses de a vencer e outros cinquenta de a perder. Isto tendo em consideração o logaritmo do resultado final uma vez que só pode haver uma de duas hipóteses. Já se a equação considerar o número de equipas que se propõem a ganhar cada competição, a percentagem diminui para cada um dos pretendentes. O mesmo se aplica ao Sporting CP.

    Tudo isto para dizer que, quando entramos na luta não é garantido que ganhes, e muito menos que ganhes sempre. E é até importante que outros vão ganhando para dar valor às nossas conquistas, quando as conseguimos. Ou seja, devemos jogar sempre para ganhar, mas estando preparados e conscientes que podemos perder.

    Ainda assim, num mundo perfeito, se fossemos nós a mandar, ganharíamos sempre, e é difícil aceitar quando não o conseguimos.

    Este ano, para os Sportinguistas está difícil encontrar muitos motivos para sorrir. E se durante anos, apesar do futebol, conseguíamos manter-nos orgulhosamente otimistas com as vitórias nas várias modalidades, nesta época desportiva que termina, nem a isso nos podemos agarrar.

    Falando especificamente das modalidades de pavilhão, e considerando as principais (Andebol, Hóquei em Patins, Voleibol, Futsal e Basquetebol), a época de 2017/2018 foi a mais produtiva, em que ganhámos o título de campeão nacional em todas (Sim, já sei que virão os do “Cashball” fazer piadas, mas de certeza que, mais dia menos dia, alguém irá aparecer num “Ultima hora” de um qualquer canal de “informação” para “dar a conhecer” um qualquer movimento de bastidores que um amigo lhe contou, para desvalorizar as vossas conquistas recentes). Daí para a frente temos vindo a perder alguma força, incluindo quando jogamos no João Rocha.

    O culminar dessa queda é a época desportiva que está a terminar, em que ainda não conseguimos conquistar nenhum titulo de campeão nacional, tendo inclusive perdido dois em nossa casa.

    Independentemente de ser por motivos externos ou por incompetência, em Basquetebol e Hóquei em patins não conseguimos fazer do Pavilhão João Rocha a nossa fortaleza e isso obrigou os adeptos do Sporting a terem de emprestar a sua quadra para a festa de terceiros. E estou a falar de equipas principais para isto não ficar mais depressivo, porque no último fim de semana ainda tivemos de ver o nosso adversário festejar no nosso pavilhão, na modalidade de futsal, a contar para o campeonato de sub17.

    Zicky Té Futsal
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Eu entendo a depressão que muitos Sportinguistas demonstram por termos os nossos adversários a festejar campeonatos no nosso pavilhão, mas o que me deprime mesmo é cada derrota das equipas leoninas independentemente do lugar onde aconteçam. E o que preocupa mais nem é perdermos um campeonato, é termos perdido em todas as modalidades que aqui estamos a falar, ficando apenas a faltar o Futsal. Ou seja, mostra que não é um acaso, mas um indicador preocupante transversal a todas (ou quase) modalidades de pavilhão.

    O que podemos retirar de menos mal deste cenário é o facto de, por termos visto tantas decisões de campeonatos no João Rocha, o Sporting ainda ter demonstrado competência e qualidade para lá ter chegado (Já o dizia um mestre da táctica), mas já não é suficiente. Ficou a faltar o resto.

    Agora temos que nos concentrar no que faltou e melhorar muito, porque os nossos adversários, mesmo os que nos ganharam, vão tentar ficar melhores. Portanto, antes de pedirmos competência dentro da quadra, teremos de pedir competência aos dirigentes para montarem equipas com qualidade suficiente para voltarem a trazer títulos para as estantes já recheadas do Museu de Alvalade.

    Depois é Esforço, dedicação, devoção e Glória. Viva o Sporting!

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    Nuno Almeida
    Nuno Almeidahttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no seio de uma família adepta de um clube rival, criou ligação ao Sporting através de amigos. Ainda que de um meio rural, onde era muito difícil ver jogos ao vivo do clube de coração, e em tempos de menos pujança futebolística, a vontade de ser Sporting foi crescendo, passando a defender com garras e dentes o Sporting Clube de Portugal.