Na última jornada, António Adán vestiu a capa de super-herói e garantiu mais três pontos para a equipa leonina. Chegou no início da época a Alvalade, a custo zero, vindo do Atlético de Madrid e assumiu a titularidade da baliza verde e branca. Tem sido um dos elementos mais constantes do plantel do Sporting CP e exibe-se sempre a bom plano. Saiba mais sobre António Adán.
O espanhol foi formado em Madrid, no Real. Passou pelos vários escalões de formação e por todos passou com distinção e com muitos minutos acumulados. No entanto, quando ascendeu à equipa sénior dos Los Blancos a sua carreira sofreu uma estagnação. Nas cinco temporadas que realizou pela equipa principal, fez apenas 18 jogos e foi na última época, com José Mourinho, que fez mais partidas pelo clube, foram oito partidas, em 2012/13, a defender as redes madrilenas.
O relacionamento entre o jogador e o clube não estava saudável e, no fim dessa mesma época onde jogou mais, acabou por rescindir o contrato com o Real. Seguiu-se a primeira aventura fora de solo espanhol, no Cagliari. Chegou a Itália no início de dezembro, jogou dois jogos e voltou a sair. Uma curta passagem por Itália que terminou no mercado de janeiro, com o regresso a Espanha.
De novo em terras de “nuestros hermanos”, desta vez para representar o mais modesto Real Bétis. Foi nos verde e brancos de Espanha que o guardião, na altura com 27 anos de idade, alcançou a titularidade que sempre quis. Ao todo, em cinco épocas, foram 165 jogos com o símbolo do Bétis ao peito. As boas exibições do guardião permitiram ao clube ascender na tabela e conseguir chegar aos lugares que dão acesso ao futebol europeu. Como os bons jogos não passavam despercebidos a ninguém, despertaram o interesse aos olheiros do Atlético de Madrid.
Se antes era suplente de Iker Casillas, passou a ser suplente de Jan Oblak, ou seja, a situação, para Adán, não melhorou muito. Outros dois anos em que, apesar de ser uma opção de confiança quando saltava do banco, o jogador não era uma opção regular e só fez sete jogos.
Até que o Sporting CP entra em cena. Os leões procuravam um bom guarda-redes, experiente e com provas dadas e Adán, para além de preencher todos estes requisitos, era apenas suplente e procurava mais tempo de jogo. Juntou-se o útil ao agradável e o casamento entre leões e Adán acabou por se concretizar.
Agora, Adán volta a fazer uma temporada onde é a escolha habitual e está a desempenhar um papel fundamental no Sporting CP, apresentando-se como um dos melhores guarda-redes do campeonato português. A temporada ainda não acaba e o espanhol já conta com 32 jogos, 19 partidas sem ter de ir buscar para falar ao fundo das redes (menos golos sofridos) e com 2880 minutos.
Como já foi possível verificar, Adán é extremamente forte entre os postes, pois apresenta sempre elevados índices de concentração e tem grandes reflexos. Para além disto, sente-se bastante confortável nos ares, quando sai a cruzamentos. Apesar dos seus 33 anos, mesmo contando apenas o curto espaço de tempo que esteve em Alvalade, nota-se evolução nas suas prestações. Por fim, é também um elemento importante sobretudo na passagem de conhecimento e de experiências para as gerações mais novas de guarda-redes de Alcochete.
Em suma, apesar de, às vezes, nem se dar por ele e não ser o principal foco, Adán é uma das figuras desta caminhada sportinguista. Com muita experiência, traz o que uma equipa jovem como o Sporting precisa, ou seja, segurança e eficiência.