Todos ralham…

    Outro problema da comunicação é o facto de uns poderem e outros não. Porque os árbitros podem usar “alhos e bugalhos” contra os jogadores, obrigando-os a cumprir as suas premissas, e pedem depois respeito por parte dos mesmos. Respeito esse que é ainda mais difícil de alcançar quando se mente. É que expulsar um jogador por palavras é normal, o que já não é normal é acrescentar palavras ao discurso de um jogador para justificar essa mesma expulsão. Porque será que sentiram necessidade de inventar e mentir sobre essa situação? Não se estariam a sentir seguros sobre a acção que tomaram?

    Todos ralham e todos perdem a razão a determinada altura. E para que isto termine e não se passem ainda mais os limites, teria que haver um intermediário, fosse ele federação ou estado. No entanto, a federação está refém dos clubes, e se a sua direção se quiser manter em funções não pode confrontar certos poderes, e o estado está dependente de eleições que serão ganhas por eleitores que estão bem mais preocupados se o seu clube é prejudicado do que se os seus interesses como cidadãos são assegurados. Porque como alguém dizia, se “abrem a boca, logo aparece um exército atrás de si”.

    No futebol, a comunicação é hoje usada como uma força para o mal, que é apenas evocada para destruir algo ou alguém, ou usar para proveito pessoal, e assim, no fim, todos irão sair a perder. E os órgãos de comunicação, que deveriam servir apenas para informar, decidem tomar partido, e a partir daí ficamos sem um lado bom da força para lutar contra tudo o resto.

    Infelizmente, todos sabemos que o futebol não se decide apenas dentro das quatro linhas Fonte: Sporting CP
    Infelizmente, todos sabemos que o futebol não se decide apenas dentro das quatro linhas
    Fonte: Sporting CP

    Bem sei que não é fácil viver num ambiente de desinformação e contra-informação, mas peço aos dirigentes do meu clube que tentem promover o seu clube, e esqueçam outros que vivem apenas para destruir. E que não sejam daqueles que pedem para se preocupar apenas com o seu clube quando depois as ações demonstram o contrário. Sejam efectivos e sejam apenas por um Sporting mais forte.

    O resto é paisagem, apesar de neste momento não ser algo bom de ver e sentir, ainda mais quando também nos tentam destruir. Mas alguém tem que parar isto, tomando o primeiro passo, e que seja o Sporting. Não digo que deixe de trabalhar para limpar o futebol, mas pelo menos que o consiga fazer com menos “petardos” para o ar.

    Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    Nuno Almeida
    Nuno Almeidahttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no seio de uma família adepta de um clube rival, criou ligação ao Sporting através de amigos. Ainda que de um meio rural, onde era muito difícil ver jogos ao vivo do clube de coração, e em tempos de menos pujança futebolística, a vontade de ser Sporting foi crescendo, passando a defender com garras e dentes o Sporting Clube de Portugal.