Outro problema da comunicação é o facto de uns poderem e outros não. Porque os árbitros podem usar “alhos e bugalhos” contra os jogadores, obrigando-os a cumprir as suas premissas, e pedem depois respeito por parte dos mesmos. Respeito esse que é ainda mais difícil de alcançar quando se mente. É que expulsar um jogador por palavras é normal, o que já não é normal é acrescentar palavras ao discurso de um jogador para justificar essa mesma expulsão. Porque será que sentiram necessidade de inventar e mentir sobre essa situação? Não se estariam a sentir seguros sobre a acção que tomaram?
Todos ralham e todos perdem a razão a determinada altura. E para que isto termine e não se passem ainda mais os limites, teria que haver um intermediário, fosse ele federação ou estado. No entanto, a federação está refém dos clubes, e se a sua direção se quiser manter em funções não pode confrontar certos poderes, e o estado está dependente de eleições que serão ganhas por eleitores que estão bem mais preocupados se o seu clube é prejudicado do que se os seus interesses como cidadãos são assegurados. Porque como alguém dizia, se “abrem a boca, logo aparece um exército atrás de si”.
No futebol, a comunicação é hoje usada como uma força para o mal, que é apenas evocada para destruir algo ou alguém, ou usar para proveito pessoal, e assim, no fim, todos irão sair a perder. E os órgãos de comunicação, que deveriam servir apenas para informar, decidem tomar partido, e a partir daí ficamos sem um lado bom da força para lutar contra tudo o resto.
Bem sei que não é fácil viver num ambiente de desinformação e contra-informação, mas peço aos dirigentes do meu clube que tentem promover o seu clube, e esqueçam outros que vivem apenas para destruir. E que não sejam daqueles que pedem para se preocupar apenas com o seu clube quando depois as ações demonstram o contrário. Sejam efectivos e sejam apenas por um Sporting mais forte.
O resto é paisagem, apesar de neste momento não ser algo bom de ver e sentir, ainda mais quando também nos tentam destruir. Mas alguém tem que parar isto, tomando o primeiro passo, e que seja o Sporting. Não digo que deixe de trabalhar para limpar o futebol, mas pelo menos que o consiga fazer com menos “petardos” para o ar.
Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal
artigo revisto por: Ana Ferreira