TRIBUNA VIP é um espaço do BnR dedicado à opinião de cronistas de referência para escreverem sobre os diversos temas da atualidade desportiva.
Nota prévia: O texto foi escrito no dia 5 de Maio de 2021, sendo publicado hoje, dia 6.
Em Maio de 1977 o mundo conheceu o Star Wars! A luta entre o bem e o mal, personificada em sabres coloridos e no lado certo da força.
Ontem, dia 4 de Maio, foi o Dia Mundial do Star Wars e eu já tinha um texto preparado no qual falava da “Aliança Rebelde”, do futebol português, contra o “Império Galáctico”! Da forma como a Ordem Jedi conseguiu atrair o jovem Rúben Skywalker e como este enfrentou o maléfico Darth Vader.
Em resumo, Jedi Rúben era visado pelas forças do Mal e sempre que queria dizer “presente”, numa batalha, era suspenso. O jovem Jedi Rúben teve de juntar todas as suas forças, mas foi confrontado com uma verdade que o poderia abalar para sempre: “Rúben, I am your father!”, disse Vader! Jedi Rúben vacilou mas não “caiu”, destruindo a primeira Estrela da Morte, uma gigantesca “máquina” complexa, com capacidade para destruir o futebol.
Em breve a minha 3 Crónica de @BolaNaRedePT “Jedi Rúben ou A Vida de Amorim”
Rio Ave 0 – 2 Sporting CP
(Já posso dizer… Ok Ok! Eu digo mais para a frente) pic.twitter.com/A2O1itq2F9— Bruno de Carvalho (@BrunodC72) May 5, 2021
Mas, afinal, o jogo é hoje, dia 5 de Maio, e não faz sentido fazer esta crónica com base nessa trilogia de episódios eternos. E a minha mente foi para o ano de 1979 e os geniais Monty Python’s. A vida de Bryan! A história de um judeu que nasceu no mesmo dia, mas no celeiro ao lado de Jesus. Uma vida paralela com “Três Homens Espertos” que o levam da “fama” à cruz.
E assim nasce a sinopse de “A Vida de Amorim”. Nascido no celeiro ao lado de Alvalade, todos o olhavam de lado. Um “Homem Esperto”, o rei mago Mendes, levou Amorim para a manjedoura do Leão, com a esperança que isso lançasse o caos eterno.
A luta de Amorim não se adivinhava fácil até porque, no celeiro da Luz, tinha havido o milagre da ressurreição e o respectivo regresso de Jesus.
Como acaba este filme ainda não sabemos mas hoje, na Vila do(s) Conde(s), o Leão voltou a mostrar porque é o Rei!
Iniciou o jogo e Rúben Amorim estava no banco! Eu dei por mim a gritar: “Assim se vê a força d(a) PC”! Em duelo, de Condes e Viscondes, o ferro voltou a ser determinante. Ao minuto seis, Coates, de cabeça, enviou a bola ao poste e, ao minuto 14, foi a vez de Palhinha.
O jogo só dava leões e a mensagem subliminar chegava ao minuto 12 (número dos adeptos): sete a um em ataques! A vitória estava garantida!
Ao minuto 28, Paulinho ameaçou: Kieszek defendeu um primeiro remate de Pote e Paulinho não conseguiu dar o melhor seguimento ao lance.
O árbitro marcou penálti a favor do Sporting ao minuto 29. Vi e revi e para mim não foi penálti. Pote não perdoou e marcou o um a zero. Paulinho ameaçou novamente, ao minuto 43, mas o guardião vila-condense não facilitou.
O treinador do Rio Ave arriscou, ao minuto 46, e trocou o defesa Pedro Amaral pelo avançado Carlos Mané. Rúben Amorim queria marcar mais golos e refrescou o ataque, trocando Nuno Santos por Matheus Nunes, ao minuto 54.
O Sporting continuava a dominar o jogo e Paulinho demonstrou que à terceira é de vez. Minuto 63 e grande golo de Paulinho. Remate do meio da rua e estava feito o 2 a 0 (Rúben chorou, eu chorei, tu choraste!)
O Sporting controlou o jogo até ao apito final, mas tenho de destacar Palhinha, que voltou a estar gigante, demonstrando que é um grande “pulmão” da equipa leonina.
Cada vez está mais próximo, mas enquanto os Leões acreditam, ainda mais, na festa, ao fundo ainda se ouve o coro de Pilatos a cantar “Always look on the bright side of Life“.
Texto da autoria de Bruno de Carvalho,
antigo Presidente do Sporting Clube de Portugal
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão